🌸-chapitre six-🌸

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Marinette ainda estava trancada em seu quarto, afogada em lágrimas, tentava parar de chorar mas não conseguia, Adrien tinha machucado seu coração, tinha o despedaçado e isso doía muito.
Alya tentara falar com a azulada, mas a única coisa que ela queria era ficar sozinha. Tikki havia conversado com a mestiça, ela parou de chorar mas continuava triste, por sorte nenhum akuma apareceu, ainda.

[Na mansão Agreste]

Adrien estava com a consciência pesada, não devia ter falado com Marinette daquela maneira, mas estava tão estressado... Ele não podia ficar se desculpando consigo mesmo, tinha de falar com a azulada, ela era sua amiga, e por mais que ele não queira admitir, ele nutri um pequeno sentimento além de amizade por ela.
O loiro estava deitado em sua cama, com o rosto sobre seu travesseiro, e seu kwami estava comendo queijo sobre o criado mudo ao lado de Adrien.
-Você não pode ficar deitado o dia inteiro! - indagou Plagg - Vai falar com ela logo!
-Eu não posso Plagg! Ela não vai querer falar comigo... - respondeu Adrien com a voz abafada por conta do travesseiro.
-Mas eu conheço alguém que pode! - o kwami diz terminado de comer seu camembert.
-Boa ideia! Plagg mostrar as Garras! - após dizer isso, o loiro voi envolvido por um brilho, e logo se transformou em seu álter ego... Chat noir.
Já era tarde, a lua brilhava no céu estrelado de Paris. Chat noir pulava de prédio em prédio, com ajuda de seu bastão, até a casa de uma certa azulada.
Estava rezando mentalmente para que ela não estivesse dormindo. Logo, chegou em um prédio ao lado da varanda da mestiça, conseguira ouvir alguém fungando, Chat supôs que seria Marinette.
Assim que pulou na varanda da azulada, a mesma se assustou, o gato negro se desculpou, e logo se sentou na grade da varanda e Marinette apenas ficou olhando a lua. Continuaram em silêncio, apreciando a vista de Paris, aquela cidade linda, a cidade do amor.
-Então... - Chat quebrou o silêncio - Por que minha princesa estava chorando?
-E-eu não estava chorando... - diz Marinette com uma voz chorona.
  -Princesa, não minta para mim. - disse o Noir - Acha que eu não a vi chorando?
-Tá! - a azulada se rendeu - Você ganhou! Eu estava chorando, mas... Por que você está aqui?
-Er... Eu... É... - não estava conseguindo pensar em uma desculpa decente - Estava na ronda noturna e te vi chorando.
Chat suspirou aliviado por ter conseguido inventar uma desculpa rapidamente.
-Uhm, sei! -  Marinette arqueou uma sobrancelha, claramente duvidando- Mas então...
-Princesa... - o gatuno ronronou em seu ouvido - Por que está chorando? - sua voz agora soava séria.
-É que... Q-que... - tentou segurar, mas lágrimas teimosas começaram a sair e descer por seu rosto - E-e-ele... M-me rec-recu... ELE ME RECUSOU CHAT!
Depois disso Marinette caiu no choro, Chat Noir a abraçou e ela e sussurrou em seu ouvido...
-Chore o quanto precisar princesa, estarei aqui para te proteger, nenhum akuma a pegará, eu te prometo!
Após Chat ter falado isso, a azulada passou a abraçar ele de volta e ele a abraçava de um modo protetor. Os dois ficaram assim por um bom tempo, Marinette em lágrimas molhando o ombro de Chat, mas ele não se importava, tudo o que ele pensava era que precisava proteger sua princesa.

[...]

Depois de muito tempo, horas se me permite dizer, Marinette parou de chorar, ela estava mais calma agora, tinha se livrado de todas as lágrimas que tinha segurado a tarde toda, mas por outro lado, estava exausta.
-Está cansada princesa? - perguntou chat bocejando.
-Estou exausta! Vem vamos descer para o meu quarto, está frio aqui fora! - diz Marinette já descendo.
Chat a seguiu até seu quarto, a azulada foi ao banheiro e lavou o rosto, que estava vermelho e inchado por conta de tanto chorar.
O gatuno se sentou na cama da mestiça, ficou seguindo a mesma com os olhos.
Marinette, após lavar seu rosto, se sentou na cama ao lado de Chat, os dois estavam completamente cansados, mas para "melhorar" o dia (ou noite, como queiram) começou a chover, e dar fortes trovoadas acompanhadas de raios.
No instante que Chat ouviu o primeiro trovão, começou a chorar e abraçar as próprias pernas. Marinette não estava entendendo o motivo.
-O que foi gatinho? - pergunta a azulada preocupada.
-E-eu t-t-tenho medo d-de tempestades... - falou chat com voz chorosa ainda abraçado a suas pernas.
-Mas, por que?
Chat começou a contar...

-Flashback on-

Adrien era pequeno, estava na sala com sua mãe e começou uma tempestade. O loiro morria de medo de raios e trovões. Foi correndo abraçar sua mãe, a a mesma o pegou no colo e o envolveu com seus braços.
-Calma, meu anjo. - Falava Emilie calmamente - São apenas trovões, eu vou te proteger, ok?
-Tudo bem, mamãe!

-Triiiin triiiiin-

O celular da loira começa a tocar e ela atende.
-Alô? Sim... O que?! Gabriel desmaiou? Estou indo para ai agora!
Naquela noite, Gabriel, pai de Adrien, tinha escorregado em alguns papeis em seu escritório e batido a cabeça, não foi nada grave, mas foi o bastante para ele desmaiar.
-Filho, a mamãe vai ter que sair, mas eu prometo que volto logo.
-Mas, por que você vai ter que sair, mãe? - perguntou Adrien preocupado, não queria ficar sozinho naquela noite tempestuosa.
-É... Que seu pai teve problemas, e a mamãe tem que ir ajuda-lo, mas a Nathalie vai ficar aqui com você. - falou Emilie pegando sua bolsa.
-Vai rápido, mamãe!
-Prometo que volto o mais rápido possível, filho! - a loira dizia já saindo.
Mas o que ninguém sabia, era que, naquele dia, um caminhão descontrolado bateria de frente com o carro que Emilie estava.
Ela foi levada para o mesmo hospital que Gabriel estava, e quando o mesmo acordou e recebeu a notícia de que sua esposa tinha sofrido um acidente, saiu correndo para a sala que ela se encontrava. Infelizmente ela estava com graves ferimentos.
Foi naquele dia que Emilie Agreste, morreu.
A notícia abalou todos em Paris, principalmente Gabriel Agreste.
Adrien era muito novo para entender essas coisas, por isso ninguém falou nada a ele, mas o mesmo, foi até onde o pai estava e perguntou...
-Papai, onde está a mamãe? E por que ela não voltou ainda, ela disse que seria rápido! E-ela me... Ab... abandonou?
-Não, ela não te abandonou... Ela apenas... - Gabriel respondeu cabisbaixo, não sabia o certo o que falar ao filho, não podia simplesmente dizer que Emilie havia morrido - Sabe filho... - ele puxa Adrien para seu colo - Nem sempre as coisas saem como queremos... a mamãe... foi morar lá com o papai do céu...
-Uou! Que legal! Eu também queria ir para o céu! - Adrien dizia entusiasmado pois não entendia direito o que aquilo significava - Será que um dia podemos ir visitar a mamãe?
-Ainda não está na sua hora de visitar ela... Um dia veremos ela de novo, agora ela precisa descansar com os anjinhos. - explicava ele, tentando conter suas lágrimas.

-Flashback off-

Chat noir estava chorando mais ainda, Marinette rapidamente o abraçou, ele logo retribuiu. A azulada o abraçava da mesma forma que ele a abraçara um pouco mais cedo, de um modo protetor.
Depois de um tempo, Chat adormeceu no ombro da mestiça, a mesma estava com muito sono, então somente deitou delicadamente o gatuno em sua cama para não acorda-lo, e ela apenas se deitou junto a ele. Os dois dormiram de conchinha, ambos nem perceberam por conta do cansaço.

[Na manhã seguinte]

Já era cedo, e Chat noir continuava dormindo abraçado com Marinette.
Alya tinha vindo para ver como a amiga estava, a azulada tinha deixado uma copia da chave de sua casa, caso precisasse de algo, ou como nessa ocasião, "Marinette estar trancada no quarto e Alya precisar cuidar dela".
A ruiva entrou na padaria dos Dupain Chengs e subiu a escada que dava de encontro com o quarto da mestiça. Bateu três vezes no alçapão mas ninguém abriu, pensou que sua amiga estivesse dormindo (e ela estava), então Alya entrou no quarto silenciosamente e foi ver se Marinette estava na cama.
Foi quando viu a azulada deitada na cama, dormindo como ela havia previsto, mas com alguém...

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Olha a coincidência, eu tava escrevendo esse capitulo e começou a chover yey

[edit 2020]


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