Capítulo 38

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Depois de ver que todos estavam bem, que o Noah estava vivo, que o meu bebê ainda estava com vida, fiquei mais tranquila em relação a tudo, mas claro, com a exceção de que a Amy ainda estava à solta.

Isso me deixa preocupada, mas tento pensar em outras coisas, já que os policiais estão por todos os cantos da cidade procurando por ela. Eu tinha a certeza que não a encontrariam, mas eu estava em segurança. Peter pediu que os polícias tomassem conta de mim, do Noah e que ficassem de olho no nosso apartamento.

Todos que vieram me visitar já haviam ido para a casa, apenas o meu pai estava esperando por mim. Eu já havia recebido alta e já podia ir para casa, eu gostaria de ir com o Noah, mas ele precisaria de mais um dia para os médicos terem certeza de que nada daria errado se ele voltasse para casa.

Termino de arrumar a bolsa que alguém havia trazido com alguns pertences meus e espero que a Marta venha me avisar quando eu poderia sair. Como eu não teria ninguém para me ajudar em casa, já que o Noah estava impossibilitado, a Gracie trabalhava e o meu pai não tinha condições emocionais para fazer isso, a Marta iria ficar comigo como a minha enfermeira por algum tempo. O médico pediu que eu ficasse de repouso, eu e o meu bebê já havíamos passado por sufoco demais e merecíamos descanso.

– Melissa, está pronta? – ouço a Marta perguntar quando entra na sala e viro-me para a porta. Ela estava me fitando com um sorriso amigável.

– Sim. Já podemos ir? – pergunto e ela assente.

– O seu pai nos levará para o seu apartamento. – Marta entra no quarto e pega a minha bolsa. – Vamos. – ela estende o braço para mim e me apoio nela.

Eu já estava bem e não sentia dores que me impediam de andar, mas como tudo que eu precisava fazer era limitado, eu estava aceitando toda a ajuda que me ofereciam.

– Se sente melhor? – a minha enfermeira pergunta.

– Sim. – respondo. – Acho que a minha preocupação maior era o meu bebê e o Noah e como já sei que os dois estão bem, me sinto melhor. – sorrio ao me lembrar da minha conversa com o Noah mais cedo.

Eu já havia me despedido dele e disse que só o veria no outro dia, ele entendeu. Por uns dias, a Marta ficaria comigo no apartamento até que eu em sentisse segura de me cuidar sozinha e não precisar mais dela para me ajudar com algumas coisas.

O Peter havia me visitado e pediu desculpas pela loucura da Amy várias vezes, ele disse que nunca imaginaria que a ex esposa chegaria a tal ponto, mas que já era tarde demais para pensar no que a Amy era capaz e começar a se preocupar com o que mais ela poderia fazer depois do acidente que causou no Noah e em mim.

Eu ainda não estava psicologicamente preparada para o que viria a seguir, porque se de uma coisa eu tinha certeza, era de que a Amy ainda não havia parado. Não sabia se ela iria querer mesmo me matar ou se ela quis apenas me dar um susto, mas seja lá qual o plano dela, eu queria que acabasse de vez, eu não aguentaria mais passar por isso.

– Pronta para ir para casa, filha? – o meu pai pergunta assim que chego à sala de espera com a Marta.

– Sim, vamos logo porque eu preciso da minha cama, a do hospital é horrível. – digo e Marta ri.

– Tenho que concordar. – ela diz.

Nós três fomos para o carro e em poucos minutos no trânsito, chegamos ao apartamento. Meu pai não abriu a boca uma única vez se quer para falar sobre qualquer coisa que havia acontecido há poucos dias, mas se ele ou qualquer um envolvido nessa história estiver pensando que eu ficarei calada e não vou querer respostas para tudo o que a Amy havia me contado, eles estão muito enganados. Minha mente ainda estava uma confusão com toda a história e eu queria respostas logo.

Casamento Forçado [Concluída/Revisando]Onde histórias criam vida. Descubra agora