Capítulo IV

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O sol estava incrivelmente brilhante naquela manhã, um brilho que estava doendo meus olhos, minha cabeça não parava de doer e , apesar de ter acabado de acordar, senti meu corpo cansado.

Que merda eu fiz ontem a noite? Era o que eu perguntava pra mim mesma enquanto tentava me levantar da cama.

Tomei um banho para tentar amenizar o desconforto que estava sentindo mas foi em vão, não adiantou.e desanimei mais ainda quando me lembrei que teria que pensar em um look bem bonito para o dia de hoje. Mas tive uma ideia e mandei mensagem para a Emily.

Lou: Preciso de você!!!!
                                  Vem aqui me ajudar

Myli: O que foi amiga?

Lou: Não sei o que vestir
                  E estou muito debilitada pra  pensar em algo

Myli: Já estou acabando e vou para sua casa, Ok

Lou: Ok

Por fim me joguei na cama e esperei por ela. Eu estava com a sensação estranha, nunca havia me sentido assim... Acho que exagerei na bebida.

Depois de alguns longos minutos, Emily entrou em meu quarto, me assustando com a velocidade e força que ela passou pela porta.

- Como você está?_ perguntou sentando-se a meu lado na cama.

- Péssima! Não está vendo!?_ disparei em cheio.

- Ei! Estou aqui para te ajudar, tá legal._ esbravejou,_ Mas se quiser vou embora... Sem problemas._ e se levantou.

- Não! Me desculpe._ me esforçei para sentar e abri os olhos para vê-la. Como é que ela poderia estar tão bem enquanto eu estava destruída? Bem não! Radiante, dentro da sua saia plissada preta e um cropped salmão com flamingos e é um sapato de salto rosa.

- Tudo bem._assentiu sorrindo,_ Então... Vamos ver o que você vai vestir hoje..._ e começou a vasculhar meu armário.

Tirou de lá um vestido preto tubinho, que não via a bastante tempo, e uma bomber florida, pegou também um tênis - dizendo que no meu estado eu não conseguiria andar de salto. Me fez vestir essas roupas e depois me maqueou, arrumou meu cabelo e em seguida descemos.

Tentei ir até a cozinha para tomar café mas ela não deixou,e me empurrou para fora de casa me obrigando a gritar tchau para meus pais da sala mesmo.

- Quer que eles percebam o quanto você está mal?_ me empurrou até seu carro, eu neguei com a cabeça e entrei, logo em seguida ela entrou e se sentou ao meu lado no banco do motorista._ Na real... você está destruída!_ e começamos a rir.

Meu corpo ainda continuava pesado e minha cabeça ainda doia muito...

- Vamos passar no Starbucks primeiro, depois seguimos para a escola... Quem sabe com um milkshake você melhore._ e deu partida em seu Rolls Royce branco com cheiro de lavanda e recém lavado.

Emily dirigiu cantarolando uma música qualquer ao invés de colocar uma música no som do carro. Assim que parou o carro em frente ao Starbucks eu disse que não iria descer e pedi que ela trouxesse o de sempre. Depois de alguns minutos ela voltou segurando um copo transparente com o conteúdo rosa e algumas linhas azuis. Podia jurar que meus olhos brilhavam no instante em que eu olhava para ela caminhando com o copo na mão. Emily me entregou o copo pela janela do carro e deu a volta.

- Já estamos atrasadas._ disse ao dar partida com o carro.

Continuamos o trajeto ruma a escola em silêncio. Bom. Eu estava em silêncio apenas tomando meu frappuccino, já Emily continuou cantarolando.

Ela mal estacionou o carro e já havia saído e pegado sua mochila e a minha.

- Vai ficar aí mesmo né._ disse ela ironicamente.

Desci do carro e ela o trancou. Emily  tinha razão, estávamos mesmo atrasadas. Tive essa certeza pois não havia mais nenhum aluno do lado de fora do prédio da escola.

Para nossa sorte,a professora da primeira aula já era nossa antiga conhecida -Terrence de álgebra, portanto, ela não se queixou por termos nos atrasados, só disse que ficou chateada por não termos levado um milkshake para ela.

Passei o dia todo evitando Emily e os amigos de Anthony ou cruzar com a Eleanor e suas amigas no corredor. Passei os intervalos escondida na biblioteca e na saída liguei para meu pai e pedi a ele que me buscasse na escola. Mas antes que ele chegasse verifiquei se estava com a aparência  boa.

Quando meu pai estacionou o carro no portão de entrada da escola, ouvi Emily me chamar, mas fingi não ter ouvido nada e continuei andando até o carro.

- A que devo a honra?_ brincou ele.

- Só preciso de carona._ puxei o cinto de segurança e o coloquei.

- Também te amo, filha!_ e deu um sorriso amarelo.

- Sei disso, pai..._ e afaguei o rosto dele.

Meu pai apenas sorriu e ligou o carro. Ficamos calados até chegar em casa, nos despedimos, depois ele seguiu para o trabalho.

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Por Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora