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AVISOS E ETC: a capa e o titulo estão diferentes porque ainda não me decidi. me AJUDEM pfv

espero que não existam plots idênticos á esse que pensei, eu nunca vi um igualzinho, me baseei nos contos de natal :) mas se tiver um idêntico não foi intenção, apenas me avisem, e esperem um pouco, porque ao decorrer da história pode ser que nem seja! me falem o que acharam, eu quero muito fazer essa, já tenho toda planejada até o fim!



Jungkook dirigia seu 4x4 em alta velocidade voltando de sua casa, irritado naquela véspera de natal, com sua família, amigos e vida em geral. O pé no acelerador pisava fundo, enquanto uma música natalina irritante soava no rádio, as sobrancelhas tentando se unir numa expressão de raiva, os cabelos castanho escuro sendo balançados pelo vento que entrava pela janela semiaberta.

O tilintar dos sininhos da música ecoava fundo em seus ouvidos, enquanto seu coração amargurado discutia aos gritos com sua mente. Estava cansado daquela família, de seus amigos. Eles aceitavam tudo, eram um bando de idiotas que o mundo lá fora não hesitaria em esmagar, e Jungkook se achava ciente disso, no dever de protegê-los. Mas tudo fugiu de seu controle naquela noite.

Seu irmão mais velho se assumiu gay justo na véspera de natal, na frente de todos, incluso a irmãzinha mais nova deles. Avós, tios, os pais, pessoas que certamente não gostariam de ouvir aquilo, assim como Namjoon e Hoseok, seus amigos de longa data que vieram para a sua casa celebrar com ele.

Estava nervoso e irritado, e depois de gritar com o irmão e o namorado dele, saiu de casa, batendo a porta e deixando todos para trás. Ninguém agiu como ele, como não se indignaram com algo que ninguém sequer suspeitava? Ele foi o único a se levantar, irritado afastando a cadeira e olhando para o irmão esperando que ele falasse que era mentira ou algo do tipo.

Na mente de Jungkook, ele estava correto em tudo que fez. Mas a realidade era outra, a qual ele nem se incomodava em enxergar. E nem se incomodaria.

Se... Seu destino não tivesse sido traçado naquele instante.

Ele, um jovem de vinte e quatro anos, formado, mas sem interesse real em achar um emprego, tinha toda uma vida pela frente.

_Droga... Que inferno...

A música continuava irritante enquanto ele corria pelo asfalto liso que começava a ficar úmido com a chuva que se iniciou.

_Merda! _Esbravejou, esticando a mão para mudar o rádio. Mudou a frequência, e outra música começou, mas segundos depois ela voltou para a mesma de antes.

_Que? _Voltou a regular, mas o rádio voltou á mesma faixa irritante. Ele olhava entre o rádio e a estrada, ainda indeciso entre gritar com o parelho ou simplesmente prosseguir pela estrada, em rumo á qualquer lugar.

O rádio não só voltou á aquela música, como ficou mais alto. Jungkook esmurrou o painel e voltou a estender o braço, tentando regular a música.

_Que inferno, caralho! Que vida de merda, se for pra ser assim... _Antes que terminasse sua frase, sentiu uma pressão sobre seus lábios, apesar de não existir nada ali, era como uma mão com dedos pressionando o local o impedindo de terminar sua frase. Com o som alto da música diabolicamente irritante, a estrada molhada e sem conseguir xingar todos os palavrões que queria, entrou em desespero.

Saindo da estrada.

A última coisa que sentiu, foi o carro capotar, diversas vezes, a visão fronteira do carro girando e batendo na ladeira que o veículo descia, despencando.

Há uma teoria que afirma que nos últimos minutos, ou segundos de vida, seu cérebro para de registrar corretamente a passagem de tempo, tudo desacelera, e o que te resta são seus pensamentos, coisas boas ou as que você se arrepende. Mas no caso de Jungkook... Nada veio. Nem coisas boas, nem cosias ruins, apenas um vazio, um vácuo silencioso e sua mente em branco, sem mostrar nada, sem lembrar de nada. Aquilo sim doeu como o inferno, muito mais do que qualquer machucado que pudesse ter aberto em seu corpo, com o impacto. Ele só queria morrer. Vida de merda, gente de merda. Nada valia á pena.

Fechou os olhos, desistindo aos poucos, sentindo a respiração enfraquecer, até sua consciência sumir.



Jungkook acordou assustado, olhando em volta, notando estar num ambiente escuro, tentando fazer sua visão se acostumar com isso. Sua respiração estava muito acelerada, e ele não conseguia enxergar muita coisa em volta, apenas sentia um tecido macio sob si, ciente de que estava sobre uma cama ou coisa do gênero. Aos poucos foi ganhando mais visão, enquanto tentava regular sua respiração. Ele não conhecia aquele lugar aparentemente, mas parecia um quarto.

Aos poucos sua mente foi se ativando, e sua última memória veio á tona. Seu acidente. Estava num hospital? Aquilo não parecia um. De qualquer maneira, ele se recordava da gravidade do que sofreu, não tinha chance alguma de estar inteiro, era pra ter partido dessa pra melhor, aquilo era um absurdo, tinha certeza que tinha garantido sua passagem para o outro lado, e queria saber dela!

Tentou se levantar, de forma abrupta, mas sentiu uma forte dor de cabeça, que o fez tontear e ficar parado, sentado na cama, de frente para a grande janela com cortinas que começaram a esvoaçar com o vento que lentamente adentrava o quarto. Sua visão estava turva, mas era efetiva o suficiente para enxergar o que estava na janela.

Uma figura humana, escorada contra ela, de braços cruzados, olhando para si, com olhos azuis brilhantes e cabelos claros, usando roupas brancas leves e sapatos da mesma cor. Jungkook até teria voz para perguntar quem era.

Se a criatura não tivesse um par de asas que se mexiam, acopladas ás costas.



A sua primeira reação foi abrir a boca num "o" perfeito, arregalando os olhos escuros para aquela visão maluca. Em seguida, foi pensar que estava sonhando, e deveria acordar o mais rápido possível para descobrir onde realmente estava.

_Acorda! _Disse a si mesmo, começando a se beliscar a estapear levemente o próprio rosto, ainda se sentindo tonto.

_Moleque, para com isso! _Ouviu a voz do ser, e notou que os olhos pararam de brilhar. Era uma voz melodiosa e mais fina, realmente diferente das milhares que já tinha ouvido antes na sua vida. Muito mais que as asas e olhos faiscantes, a voz chamou a atenção de Jungkook.

Mas um fio de medo e desconfiança crescia dentro de si, o alerta de perigo ativado ao máximo piscando como neon em sua mente, foi quando tentou se levantar da cama para fugir, mas ainda estava incapacitado de fazê-lo, então apenas foi caindo em direção ao chão.

Mais rápido que a lei da gravidade, o outro se aproximou numa velocidade sobre-humana, mas se embaralhou com as pernas na cortina branca e longa, se enroscando e caindo bem em frente á Jungkook, que já tinha caído de encontro ao chão de madeira.

Bem de perto, apesar do escuro, a luz da janela deu ao rapaz claridade suficiente para ver o outro erguer o rosto delicado, enquanto as asas tinham um movimento suave quase imperceptível. Seus olhos se encontraram, e aquele olhar fazia Jungkook estremecer por dentro, por mais que nunca fosse admitir, e por mais que o outro por um instante lhe parecesse um idiota que não sabia andar direito sem cair.

Mas bem, ele não estava numa situação muito diferente...

_Mas que droga, eu estava planejando uma entrada triunfal, sabe as dos filmes? Ou as de série, Supernatural, por exemplo. _divagou distraído, suspirando._ Prazer. Eu sou seu Anjo da Guarda. _finalizou, em meio á um sorriso travesso que surgiu entre seus lábios grossos e rosados, que fez com que seus olhos praticamente fechassem.

Jungkook queria muito que a dor de cabeça parasse que acordasse daquele sonho esquisito com aquele maluco desastrado e descobrisse o que diabos de fato aconteceu com a sua vida, ou com a sua morte.




CONTINUA??????

My dear Guardian Angel - JikookWhere stories live. Discover now