Little Cat

Melt

O quarto estava extremamente desorganizado, a bagunça de meias e livros espalhados pelo chão se estendia por todo o cômodo.
A luz cintilava através das cortinas de renda, incomodando o sono do loiro, que acordava vagarosamente.
Abrindo os olhos verdes, Meliodas pôde ter a visão exata de um "anjo", ao olhar para a garota abraçada a si.
A híbrida dormia tranquilamente, com os cabelos prateados um pouco rebeldes e a boca entreaberta, mantendo sempre a expressão angelical.
Ele sorriu fraco, percebendo que Elizabeth estava em cima de si, o usando como uma espécie de travesseiro, completamente despreocupada.
Com cuidado e delicadeza para não acorda-la, Meliodas se levantou lentamente, segurando a gatinha em seus braços e a colocando devagar na cama.
Já de pé, ele observou a maneira fofa de como ela resmungou inconciente, se agarrando ao travesseiro da mesma forma como estava abraçada a ele.
As orbes esmeraldinas percorreram de forma rápida pelo corpo da gatinha, parando exatamente nos seios fartos, o que lhe fizeram lamber os lábios de maneira provocativa.

_ Não... _ ele sussurrou para si mesmo, movendo a cabeça em negação. _ Ela é uma híbrida, não posso...

Foi em direção ao banheiro, na intenção de tomar um banho frio e demorado.
Antes, deu uma olhada no relógio: nove horas.
Bom, para ele isso era bem tarde, já que sempre costumava acordar às seis, no máximo sete horas.
Se banhou demoradamente, lavou os cabelos e os penteou – não adiantou muita coisa, seus fios rebeldes continuaram arrepiados e bagunçados.
Saiu do banheiro apenas com uma toalha branca enrolada na cintura, deixando boa parte do corpo musculoso descoberta.
Assim que abriu a porta, viu a felina sentada na cama, esfregando os olhos, sonolenta.

_ Bom dia. _ ele disse, com um sorriso no rosto.

_ Bom dia... _ Elizabeth respondeu desanimada, escondendo um bocejo.

Assim que a gatinha desviou o olhar para ele, corou imediatamente, vendo que o mesmo estava praticamente nu, tendo apenas uma toalha lhe cobrindo as partes de baixo.

_ MELIODAS! _ ela desviou o olhar, envergonhada.

Ele riu da timidez dela, era engraçado e fofo ao mesmo tempo, não tinha uma definição exata.

_ Desculpa! _ ele disse, em meio suas risadas. _ Pensei que ainda estivesse dormindo!

Com o rosto ruborizado, a gatinha abaixou as orelhinhas felpudas, enquanto esfregava nervosamente as suas garras.

_ A Elizabeth p-pede desculpas. _ sussurrou.

_ Ah, relaxe. _ ele revirou os olhos, novamente indo até o guarda-roupa.

Retirou dali uma bermuda jeans clara e uma regata preta, indo se vestir no banheiro.

(...)

_ Droga, será que isso é comestível? _ Meliodas se questionava, observando os ovos queimados na frigideira.

Agora o loiro estava na cozinha, tentando preparar alguma coisa decente para o café da manhã, o problema é que nunca foi muito bom com culinária.

_ Meliodas? _ a voz suave o chamou.

_ Hm? _ se virou para trás, vendo a híbrida um tanto acanhada no canto. _ Ah, o café está quase pronto, Ellie!

_ Ellie? _ tombou a cabeça de lado.

_ É um apelido carinhoso. _ deu de ombros. _ Posso te chamar assim, né?

_ Claro! _ ela sorriu, com as bochechas rosadas.

Meliodas pôs iorgute e frutas na mesa, puxando a cadeira para ela sentar em seguida.

_ Sente-se.