Ómega Lúpus

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Os passarinhos chilreiam do lado de fora da janela anunciando mais um lindo dia e os raios de luz penetravam por entre as brechas das cortinhas e iluminavam o escuro quarto revelando um pequeno ômega encolhido no meio da espaçosa cama num sono profundo e pacífico.

A sua pele clarinha e lisa e os seus cabelos rosa pastel bem cuidados e direitinhos apesar de estar a dormir destacam-se no meio do quarto tão neutro e com falta de cor.

Estava tudo em completo silêncio, só se ouvindo a suave e calma respiração do ômega. Isto é, pelo menos até a porta do seu quarto ser aberta com tamanha rapidez e forma que causou um barulho altíssimo que acordou o ômega de susto.

"Toca a acordar docinho!" – A omma do pobre coitado do ômega praticamente gritou com um grande sorriso no rosto assim que entrou. – "Se arranje pra ir para a escola, o pequeno-almoço tá pronto." – Dizia em voz alta à medida que se ia indo embora.

O ômega ainda permanecia com os olhos arregalados do susto e com a mão no coração. Apesar de lidar com isto todos os dias de manhã todos estes anos, ele continua a não conseguir habituar-se com a força exagerada e barulhenta com que a sua omma o acorda.

Um dia desses a porta ainda vai a voar com tamanha a força que ela usa. Com a força que aquela mulher tinha nem parecia uma ômega e por não falar da sua atitude. Não que se pudesse queixar da segunda pois ele havia ido buscar isso á sua omma.

Pegou o celular que se encontrava ao lado da sua almofada e viu que eram 7 da manhã.

"Sério essa merda?" – O ômega reclamou em voz baixa. Teria aulas apenas ás 8:25 e morava relativamente perto de onde estudava, mas nunca entende por que a sua omma insiste em acordá-lo tão cedo. Já houve uma altura em que questionou a sua omma sobre tal, mas acabou não entendendo nada do que começou a falar e desistiu. A sua omma sempre fora muito energética, exagerada, barulhenta, um pouco louca e com uma personalidade forte.

A contragosto, o pequeno ômega levantou-se, não, arrastou-se da cama para fora e foi em direção ao banehiro tomar uma ducha rápida, tratar do cabelo e escovar os dentes. Pelado mesmo, por que tava naquilo a que chamava o seu 'território', foi até ao seu guarda-roupa e começou a escolher as suas roupas para o dia.

Hoje sentia-se de bom humor então estava com vontade de usar algo mais ousado e atrevido.

Decidiu pegar uma calça preta bem justa para destacar as suas cochas e bunda fartas e uma camisa branca bem soltinha de mangas um pouco compridas que quem vê de primeira pensa que é por ser uns tamanhos acima do seu e talvez fosse, mas o pequeno ômega adorava a sensação de quase poder nadar dentro da roupa larga que vestia.

O ômega lúpus Park Jimin tem 18 anos e apesar de não ser muito 'ômega' tanto em estilo como em personalidade pois tudo o que para ele é fofo é o seu rosto e o seu cabelo rosadinho, Jimin é um dos ômegas mais desejados onde estuda e também o mais inalcançável.

Jimin é como qualquer outro ser, possui segredos e um passado que não se orgulha de falar. Na verdade, esse passado lhe causa dor.

Possui tantos segredos e uns dos maiores é o de ser um ômega lúpus. Ele não pode sair por aí falando o que é sendo que ômegas lúpus quando 'descobertos' acabam todos por cair para o lado mais nojento e sujo da sociedade. Passam a meros escravos sexuais sem qualquer outra função se não essa, sendo vendidos a alfas sujos e agressivos.

Até hoje os únicos que sabem deste seu segredo são a sua omma e o seu appa. Todos os dias o ritual é o mesmo para disfarçar o seu cheiro tão adocicado. Desde que se descobriu o Jimin seria, os seus pais foram arranjando um perfume que ameniza o seu forte odor para se assemelhar ao de um ômega normal.

Troublesome Guy - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora