O Festival do Vinho (Parte 2)

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Henrique

Foram longos dias até chegar a Ébano e digo isso pelas tempestades que enfrentamos. Mas quando finalmente coloquei meus pés aqui senti a enorme diferença entre meu lar e esse lugar, o frio em Alvani é devastador, já aqui o sol dava o ar de sua graça muitas vezes mesmo eu achando que essa altura  o inverno se fizesse presente, com força total.
Conseguimos ajuda de grupos que conspiram contra o rei Carlos, eles não tem muita força quando se revoltam já que a nobreza os silencia, por isso vivem na floresta e estão nos ajudando, já estamos a dias escondidos aqui, planejando cada movimento e meus aliados sabiam cada movimento que o rei iria praticar se tivesse uma invasão, mas o que ele não sabia era que meus homens se infiltraram em sua guarda pessoal, suas estratégias já estavam corrompidas e o castelo do norte onde ele se esconde em situações assim já era meu, mas eu quero mais do que o seu território, quero ver em seus olhos o desespero, quero que ele veja o quanto sou poderoso.
E finalmente hoje será possível, depois de tanta espera. O Festival do Vinho marcará para sempre Ébano.

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O Festival já acontecia, as pessoas estavam muito felizes e sorriam, eu e meus homens observavamos tudo atentos para atacar no momento ideal e depois de um longo tempo de espera, os soldados já estavam bêbados e todos distraídos.
Dei o sinal e meus homens saíram correndo e colocando fogo nas barracas, montei em meu cavalo e fui em direção de onde estava a família real. Mas algo me chamou atenção, uma moça de vestido azul e cabelos enormes castanhos estava parada sem reação alguma sobre a cena que acontecia ao seu redor, alguma coisa me chamava para ela, tinha algo naquela mera camponesa que me chamava com força, fui em sua direção sem que ela percebesse e puxei seus cabelos com força. Seus olhos se encontraram com meu e neles não tinha medo, mas sim um ódio gigantesco, sua beleza era algo nunca visto antes, uma mistura entre o selvagem e ao mesmo tempo delicado, sua pele morena  e suada parecia reluzir, seus cabelos castanhos são enorme e seus olhos são de um castanho tão escuro que me faz querer desvendar tudo que a neles.
Num momento de distração meu, ela me puxa com tanta força que acabo me desequilibrando e quase caindo do cavalo, a mesma aproveita para correr, mas sou mais rápido e a pego pelos cabelos novamente, dessa vez ela acaba me mordendo com força e acabo a soltando, mas eu sabia que a veria novamente, afinal de contas ela é minha presa e eu sou seu caçador.

- Meu rei- um dos meus soldados me chama me tirando de meus desvaneios

- Sim?

- A Família real fugiu

- Não se preocupe meu caro, eles estão em minhas mãos

-Parece que o senhor conheceu a filha mais nova do rei- Walter um dos meus informantes  diz se aproximando

- Qual o nome dela?

- Catarina - ele diz enquanto faz uma reverência

- Catarina- repito- Combina com ela

Um sorriso involuntário se forma em meus lábios já que em breve voltaremos a nos ver.

Medieval: Entre O Amor E Nação Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora