Capítulo 1

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Giulia

Meu nome é Giulia, e a única coisa que eu sei, é que tenho que sumir daqui o mais rápido possível.

A minha cabeça não para de rodar, a ânsia de vomito aumenta cada vez mais, acho que vou vomitar, não, não, não, acho que vou desmaiar mesmo. Não acredito que aquele cretino fez isso comigo, como ele pode fazer isso, depois que jurou seu amor por mim, depois de três anos de casados, ainda não acredito que ele fez isso. 'Calma Giulia, você precisa se acalmar' dizia meu subconsciente pra mim. 'Nem tudo que se vê é realmente o que se parece.'

Noto que Robert vem com um copo de água com açúcar e me entrega.

– Beba Giulia, isto vai te acalmar pelo menos por enquanto, mas agora me diga o que foi que te aconteceu para você ficar desse jeito.

Só de lembrar começo a passar mal de novo, e então me deitando e apoiando meu corpo no seu confortável sofá eu deixo vir as lagrimas que tanto venho segurando. E começo a relembrar e explicar o que aconteceu a Robert.

"Eu estava passeando com meu marido o Marcos o canalha que me deixou nesse estado de nervos, estávamos dando uma volta no bosque já no fim da tarde como sempre fazíamos aos finais de semana, levando nosso labrador o Brutus para um passeio, até que em dado momento me bateu uma vontade imensa de tomar um sorvete e como o Brutus corria para um lado e para o outro fiquei com dó de chama-los e falei:

– Amor, vou ali comprar um sorvete pra mim, você também vai querer?

– Sim meu bem trás de baunilha pra mim, vai lá que eu vigio o Brutus, não demora viu minha gostosa.

(Nessa hora fiquei vermelha com a careta e cara de desdém que Robert fez, quando acabei de pronunciar como o Marcos me chamava.)

"Continuando os fatos, quando estava voltando com o sorvete, não acreditei no que meus olhos viam, aquela desgraçada da Mônica dando em cima descaradamente do Marcos, dando em cima não beijando ele, e o canalha não fez nada para afasta-la, meus olhos encheram de lagrimas e sai desesperada ao ver a cena, corri em meio aos carros sem olhar para os lados, quase fui atropelada umas duas vezes, e então avistei a festa em que Robert estava".

– Como você pode perceber a minha urgência de sair era enorme, ainda bem que você me encontrou e não deixou que eu subisse na moto daquele desconhecido.

– Ainda bem mesmo Giulia, como você pode sair assim pegando carona com que você nem conhece!

– Ai Robert, eu estava desesperada só queria sumir dali, aliás eu quero é sumir do mundo e ao mesmo tempo eu quero matar o MARCOS, ai que ódio, como ele pode fazer isso comigo. "bufo e caio mais uma vez no sofá fechando meus olhos, só queria que este dia nunca tivesse acontecido".

– Então Giulia eu preciso ir para a Boate, você me entende né o comércio não funciona direito sem seu dono por lá, mas pode ficar à vontade, tem toalhas limpas no banheiro, se quiser vestir uma camiseta minha fica à vontade tá, a casa é sua. Eu preciso mesmo ir, qualquer coisa me liga.

E nisso ele se vai deixando um beijo na minha testa. E agora Giulia o que você vai fazer da sua vida, voltar pra aquela casa com aquele safado é que eu não vou, mas tadinho do meu neném como vou ficar sem o Brutus, 'calma respira, você vai sair dessa, você só precisa de um banho e uma noite de sono depois você vê o que faz da sua vida' novamente meu subconsciente dizia, e ele estava certo, eu precisa me acalmar. Fui em direção ao banheiro tirei minha roupa e tomei um banho na água morna para limpar minha alma, novamente não resiste e cai no choro lembrando daquela cena e de tudo o que tinha vivido até ali, eu não acredito que ele fez isso comigo. Depois do banho fui até o quarto de hospede peguei uma camiseta do Robert, a vesti e fui dormir após uma nova rodada de choro.

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