18 - Jung Hoseok

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— ˗ˏˋ ♡ ˎˊ˗ —

- Por favoooor!!

- Eu já falei que não Hoseok!

Ele se jogou no chão abraçando minhas pernas e começou a berrar fingindo que estava chorando.

- Você prometeu que iria comigo! Não me deixe passar por esse horror sozinho!

- Se você prometeu tem que ir! - Minha mãe gritou da cozinha.

Bufei me sentando no sofá com o Hoseok ainda grudado em minhas pernas fazendo um biquinho.
Eu e Hoseok somos amigos desde criança. Éramos aquele tipo de criança que quando moram perto não se desgrudam por nada e, depois de crescidos, continuamos assim.

Entramos a pouco tempo em uma faculdade de dança e para se enturmar melhor, Hoseok queria fazer parte de uma das Fraternidades. Para entrar ele teria que fazer algo simples, como passar a noite em um cemitério. E como eu sei que meu querido amigo é muito medroso para fazer isso sozinho, eu disse que iria com ele.

- Esta bem.

- Ahhh! Você é a melhor! - disse pulando no meu pescoço.

×××

- Estamos reunidos aqui hoje para introduzir esses dois jovens em nossa Fraternidade! - um garoto ruivo disse.

- Introduzir kkkk - ri baixo.

- Se eu não tivesse me cagando de medo riria disso com você - Hobi sussurrou pra mim.

Eles abriram os portões e caminhamos até o meio do cemitério. Durante o caminho, Hoseok segurava minha mão apertando-a com força. Ele tentava parecer que não estava com medo, mas eu podia sentir que ele estava tremendo todo.

- Voltaremos aqui amanhã de manhã para ver se passaram no teste - o garoto ruivo disse. - Boa sorte, vocês vão precisar.

Os outros membros riram nos deixando sozinhos. Olhei ao redor procurando um ponto onde não tivesse tanta neblina e lápides para dormirmos.
Hoseok estava encolhido perto de uma árvore tremendo tanto, que parecia que teria um ataque do coração a qualquer momento.

- Oppa - me aproximei dele que pulou em cima de mim me abraçando com força.

- Eu sou um idiota! Por que fui inventar essa história de Fraternidade?

- Vai ficar tudo bem, oppa. Juntos, vamos terminar isso.

- Desculpe ter arrastado você pra cá - disse escondendo o rosto nas mãos. - Eu sou um péssimo amigo!

- Não diga isso, oppa!

Ele deu um leve sorriso me encarando.

- Gosto quando você me chama de oppa.

Senti meu rosto queimar.
Por sermos muito amigos eu raramente chava ele de oppa, mas já fazia um tempo que eu chamava ele assim com mais frequência. Eu meio que sentia algo pelo meu melhor amigo.

Eu não soube o que lhe responder, então apenas fiquei quieta e comecei a arrumar onde íriamos dormir.

×××

Já passava da meia-noite. Estavamos deitados um do lado do outro olhando o céu através dos galhos da árvore.

- (S/N)?

- Hobi?

- Não estou mais com medo.

- Quer explorar o território e zuar com os difuntos?

Fez-se um longo silêncio antes dele me responder.

- Você é muito corajosa... É o que eu mais gosto em você, sabia? - Ele se virou pra mim me fazendo encara-lo, nossos rostos a apenas alguns centímetros de distância. - Talvez você me odeie depois que eu disser isso e deixe de ser minha amiga, mas eu preciso ter coragem pelo menos uma vez e te dizer isso:... Eu gosto de você, não só como amiga. Eu gosto de você muito mais do que o seu pai gosta da sua mãe.

Dei uma gargalhada e acariciei seu rosto.

- Está mesmo se declarando pra mim no meio do cemitério?

Ele arregalou os olhos como se tivesse lembrado da onde estava. Sorri dando um beijinho na ponta de seu nariz.

- Eu também gosto de você... oppa - sussurrei.

Ele foi aproximando mais seu rosto do meu, e quando estava prestes a me beijar, uma coruja passou voando assustando Hoseok que pulou em cima de mim.

- É melhor esquecer essa história de Fraternidade!

- Também acho! - falei tentando tira-lo de cima de mim.

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