Somos finitos, passageiros, distantes e próximos aos horrores que habitam o universo. O quão insignificantes somos em ligeira vida? Poderia eu abrandar a dor da morte? Afinal, chegaremos um dia lá. Nada mais justo que antecipar e poupar o sofrimento.
Eu posso fazer isso. Agora eu sei.
Eu sei que tentaram e me fizeram esquecer. Tudo foi inútil na cegueira que todos tem na beleza de meu feito.
Não há mais luz aqui. O sol engolido foi pelo ser que no lago habitava. Sinto-me agora mais próximo às estrelas e da presença que nela caminha pelo espaço.
Vejo o reflexo deles em mim. Eu os sinto com toda a minha alma. Eles me dão sabedoria e entendimento sobre as a coisas, pois eles são antigos e sabem do verdadeiro significado: Tudo tem um fim.
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Obscuro
Short StoryOnde jaz lucidez e pressuposto, a dualidade se estabelece sob a verdade oculta. Aos olhos desatentos, o horror imposto revela-se, e culpa e percepção afloram em acusação. Alheios, seguem em sua jornada no torpor. Alheios, seguem viagem ao passado di...