"Não fique acordado por muito tempo.
Não vá para a cama.
Vou fazer uma xícara de café para a sua cabeça
Eu vou levantar você e sair da cama."
Onde a família de Zhong Chenle morre, e o garoto entra em depressão, sem querer sair da sua cama.
Mas Park...
A voz de Jisung soava no mesmo tom atencioso e calmo de sempre por cada um dos cômodos da imensa casa do chinês.
Ele, como sempre, não possuía pressa alguma, e esperaria todo o tempo do mundo apenas para ter Chenle consigo outra vez. O de fios azulados sentia tanta falta de como o melhor amigo era antes do acidente e de todas as outras coisas que vieram a acontecer.
Os doces sorrisos, as atitudes gentis, os momentos ingênuos, as risadas escandalosas, as tardes que dividiam no fliperama da cidade, ou até mesmo aquelas cujo eles se matavam de estudar para ir bem em alguma prova extremamente difícil.
Jisung sabia que aqueles momentos gostosos estavam mortos e sepultados em suas lembranças, mas tudo o que ele queria era poder viver cada um daqueles momentos outra vez.
E, de repente, se lembrou de um dos seus momentos favoritos ao lado do Zhong.
A vez em que foram até Jeju visitar os pais de Haechan.
O cheiro salgado da maresia invadindo suas narinas lentamente, e sorriso pequeno que se formava em seus lábios de modo quase que automático.
E, é claro, a animação de Chenle. O garoto nunca havia ido até o litoral, e estava extremamente animado e empolgado por estar ali junto à Jisung, Haechan, Mark, Jeno e Renjun.
Jisung se lembrava perfeitamente de cada uma das reações de Chenle. Desde o momento em que pisaram no aeroporto local, até o primeiro carangueijo que viram na beira-mar. Dos incansáveis banhos na água salgada do mar, até a despedida do local que havia se tornado tão querido para o chinês.
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Tudo o que ele queria fazer era poder tirar cada pingo de sofrimento de dentro do amigo, nem que ele mesmo tivesse que carregar todo aquele peso. A felicidade e o sorriso do seu Chenle eram recompensa o suficiente para si. Seria eternamente feliz por ver o outro sorrir livre e espontaneamente, sem precisar fazer nenhuma gracinha.
— Mochi? Hey, Jisunggie!
O Park despertou de seus devaneios sem fim ao ouvir a voz de Chenle o chamar, e balançou a cabeça espantando todos aqueles desejos, focando apenas em fazer o outro feliz no presente momento.
— Oi Le, me perdoa, estava pensando em algumas coisas sem muita importância. Vou fazer um café quentinho para você.
— Não precisa fazer outro café, Jisunggie! Deixe de ser perfeccionista, seu cabeça de vento!
Jisung estava se virando para fazer outro café para o amigo, mas ao ouvir o insulto virou na direção dele com as sobrancelhas arqueadas.
