Capítulo 18

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liberdade (substantivo feminino) 1. condição daquele que não é cativo ou que não é propriedade de outrem; 2. estado daquilo que está solto, sem qualquer empecilho tolhendo os seus movimentos.

música: there you are; zayn

CAPÍTULO 18

"Tire este grande idiota sangrento de cima de mim, por favor, babe

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"Tire este grande idiota sangrento de cima de mim, por favor, babe."

Foi o que eu ouvi a sua voz grave e rouca, levemente irritada, dizendo para mim. Suspirei aliviada. Eu não conseguia dizer nada compreensível no momento, então apenas empurrei o corpo de Rummage de cima dele, tomando cuidado para não sujá-lo com seu sangue nojento, e estendi minha mão para ajudar Harry a se levantar.

Ele resmungou um pouco e praguejou alguns palavrões ao erguer seu corpo, provavelmente em função da dor. Seu rosto estava menos machucado do que eu escreva estar depois dessa luta horrível. Mas mal tive tempo de checar sua saúde, pois Bryer apareceu ao nosso lado.

"Seu idiota!" eu gritei na cara dele, que recuou um pouco quando empurrei seu peito. "Você podia ter acertado o Harry!"

Bryer bufou, e se aproximou, levantando as mãos em rendição. Suas sobrancelhas escuras estavam franzidas e seus lábios apertados um contra o outro.

"Mas não acertei. Eu o salvei, Anna." sua voz foi sussurrada, com um pouco de irritação e ofensa. "Devia estar agradecida por eu ter salvo a vida do seu namoradinho."

Bufei, apertando os punhos de cada lado do meu corpo. Ignorei a parte do "namoradinho" e estendi minha mão para pegar a arma de Harry, que ele ainda segurava entre seus dedos. Apenas a peguei e apontei para o homem no chão, disparando uma única vez. Eu não podia correr o risco de deixarmos o serviço mal feito, algum de seus aliados o podia achar a tempo de salvá-lo. Preferi não arriscar o certo pelo duvidoso, e Rummage era apenas o segundo nome riscado da minha lista.

Atrás de mim, Harry pegou a arma da minha mão quando percebeu que eu tremia e encarava o corpo inerte e sangrando do homem no chão. Resisti por algum curto período de tempo, até ouvir a voz de Harry murmurando em um suspiro no meu ouvido "me dê a pistola, Ann." Cedi aos poucos, deixando as mãos caírem livres. Engoli em seco, desviando os olhos para a parede cinzenta e deteriorada.

"Você o conhece?" Harry perguntou, sua voz era baixa e me tirou do meu estranho transe.

Eu soube que ele estava falando de Bryer.

Eu disse "não" ao mesmo tempo que meu conhecido de infância disse "sim." Lhe olhei com olhos semicerrados, fulminando-o com meus olhos escuros.

"Pode explicar isso, por favor?"

Eu girei meu pescoço para o rapaz tenso e desconfiado atrás de mim, notando que ele fitava o guarda intensamente. Se olhares matassem, certamente Bryer estaria morto agora.

the damage within us • COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora