Capítulo 2

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Me enrolando na toalha me dirijo ao enorme closet do meu quarto.

- Laur - me chama entrando no quarto e eu coloco a cabeça para fora do closet - Oi amor, como foi seu dia? - me comprimenta com um selinho e vira de costa começando a tirar a gravata sem esperar minha resposta - Meu dia foi maravilhoso, fechei contrato com uma grande empresa hoje, se tudo der certo nós vamos poder fazer aquela viagem que você tava querendo.

- Parabéns, Brad. - respondo sem muito entusiasmo - Eu fui ver a doutora Montgomery hoje.

- Verdade, era hoje, me desculpa por não de acompanhar. - se vira já sem camisa me abraçando - Já podemos tentar outra vez, quem sabe comemorando meu novo negócio, o que me diz hã? - fala contra meu pescoço me distribuindo beijos no mesmo.

- A gente precisa conversar. - o empurro pelos ombros para olhar em seus olhos - Sairam os resultados dos exames.

Ele nota minha postura mais séria e me puxa pela mão me guiando pra sentarmos na cama.

- O que dizem os exames? Está tudo certo né?

- Não, eu não posso tentar engravidar de novo. - desfio o olhar pro chão.

Ficamos em silêncio por uma grande quantidade de tempo até ele quebrar o silêncio.

- Oh amor, não é fim do mundo apenas uma pequena mudança nos planos. Muitos casais não tem filhos e... - o interrompo.

- Eu quero um filho Brad, é o meu sonho, sempre foi, você sabe disso. - meu olhos já estão marejados - podemos tentar de outra forma, uma que eu não precise engravidar.

- Laur meu amor, a gente já conversou sobre adoção, minha mãe jamais aceitaria isso, e eu também não sou muito a favor dessa ideia de criar uma criança que não é minha. - se levanta passando a não nos cabelos - Podemos, sei lá, adotar um cachorro. Isso um cachorro você sempre quis um, eu posso começar um tratamento antialérgico e pod...

- Brad, cala a boca, só cala a porra da boca, por favor. - digo entredentes - Você pode me deixar sozinha por um estante. Eu ainda não me acostumei com a ideia, seria bom pensar nisso sem você falando absurdos pra mim.

Entro no closet e fecho as postas sentando no chão e chorando baixinho com a cabeça entre os joelhos.

Um cachorro, ele só pode está brincando com a minha cara, eu dizendo que não posso ter filhos e ele quer me dá um cachorro no lugar.

Não sei quanto tempo fiquei trancada no chão do closet, mas quando sai já estava escuro e Brad estava em um ligação no seu escritório. Rumei pra cozinha para começar a fazer o jantar. Só descongelei uma lasanha pronta, mesmo Brad odiando esse tipo de comida, não está no clima para cozinhar.

- O janta está pronto. - digo da porta do escritório.

- Já estou indo, amor. - responde sem tirar os olhos do computador.

Sento em meu lugar a mesa e começo a me servir de um pouco de vinho.

- Não tive muito tempo. - digo ao notar sua cara ao vê a lasanha na mesa.

- Lasanha é perfeito.

Começamos a comer em silêncio, só se ouvia o som dos talheres que hora ou outra batiam nos pratos.

- Laur, eu queria me desculpar. - diz assim que terminamos - Desculpa por ser insensível e tentar te comprar com um cachorro, não foi certo da minha parte.

- Tudo bem. - digo simples.

- Só tudo bem? - me questiona confuso - Não vai sugerir mais nada?

Barriga De AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora