O Contrato

65 9 0
                                    

Era uma noite aparentemente comum, pessoas indo de um lado para o outro, a vida correndo normalmente. Um senhor, de 63 anos, caminhava pacientemente pelas ruas de Florença, até sentir que estava sendo seguido. Imediatamente, ele acelera o passo, entra em ruas e becos para tentar despistar o perseguidor, porém, dá de frente num beco sem saída. Ele avista um homem encapuzado entrando no mesmo beco e sacando uma arma, o senhor pensa em gritar, mas já era tarde demais, havia sangue espalhado por todo o chão, o homem encapuzado tira um lenço de seu casaco e encharca-o com o sangue do cadáver e vai embora.

O homem encapuzado entra numa casa nobre e é recebido pelo mordomo, ele o cumprimenta e vai até o escritório do dono da casa. O dono da casa o recebe com grande prazer e diz:

-Giovanni! Bom te ver! Concluiu o serviço que lhe solicitei?

-Mas é claro! Eu nunca falho em serviço.- respondeu Giovanni, o homem encapuzado, entregando o lenço encharcado com o sangue da vítima.

-Viu? É como eu disse: jogo rápido. Aqui está sua recompensa. Seu grupo também terminou os trabalhos que lhes foram solicitados, já passaram aqui e colheram suas recompensas.- disse o dono da casa.

-Agradeço-lhe.- disse Giovanni, e pôs-se a retirar.

Giovanni estava agora voltando para sua casa, onde era aguardado por sua esposa e filha. Chegando lá, elas o recebem com um imenso prazer.

-Oh! Vejo que chegaste, meu querido.- disse Angela, esposa de Giovanni, cumprimentando-lhe com um beijo.

-Sim, sim. Hoje o dia foi cheio, queria poder descansar um pouco. Vou tomar um banho e vou me deitar.

-Papai, papai! Olhe o que eu fiz!- disse Serena, filha de Giovanni, mostrando-lhe uma boneca de pano.

-Que legal, querida! Ficou, de fato, muito bom. Obra de uma excelente artista!

-Obrigada, papai.- disse Serena estampando um sorriso enorme em seu rosto.

Giovanni dirigiu-se ao banheiro de sua casa, tomou um banho, trocou as roupas e se deitou. Algum tempo depois, sua esposa foi ter com ele, querendo saber sobre como havia sido seu dia.

-Foi normal, igual à todos os outros.- disse Giovanni.

-Descreva "normal", afinal, seu trabalho não é normal.- disse Angela com um tom sarcástico.

-Amor, olha, combinamos que não falaríamos mais sobre meu trabalho, lembra? Mas, emfim, e o seu dia, como foi?

-Ah! Nada fora do normal, Serena ficou brincando o dia todo, até se cortou, mas já está tudo bem. Fora isso, nada demais.

-Hum... Entendo. Acho que vou falar com a Serena, dar um "boa noite" pelo menos.

-Pode ir, amor.- disse Angela dando-lhe um beijo.

Giovanni foi ao quarto da filha, e encontrou-a chorando, e perguntou preocupado:

-Por qual motivo você está chorando, minha filha?

-Nada demais, papai, é só que sinto sua falta quando você sai, queria poder passar mais tempo com você.

-Oh, minha filha, papai está aqui, não está? Por mais que eu esteja longe, sempre estarei com você, bem aqui.- disse Giovanni apontando para o coração de Serena, que deixou escapar uma risada.

-Eu sei, papai, mas eu sinto medo... medo de você não voltar mais pra casa, por conta do seu trabalho.

-Está tudo bem minha filha, papai sempre vai voltar pra você, não importa o que aconteça, é uma promessa. Tome! Fique com isto.- disse Giovanni entregando-lhe um cordão com um cadeado como medalhão- Ele é muito importante para mim, e quero que você use todos os dias. Agora, cadê aquele sorriso que eu amo, hein?

Serena abriu um largo sorriso. Giovanni deu-lhe um beijo de boa noite, apagou as luzes e se retirou. Ia voltando para o seu quarto para deitar-se com sua mulher quando ouviu o barulho de alguém batendo na porta. Ele foi conferir, havia um homem desconhecido trajado de preto, parado em frente à porta. Giovanni abriou-a e o homem disse:

-Giovanni Barone de Florença, o assassino de aluguel?

-Tome cuidado com o que fala, mas sim, sou eu, em que posso ajudar?- respondeu Gionvanni.

-Tenho um serviço para você e sua equipe, o pagamento é bom.

-Me dê os detalhes.

-Certo. Amanhã, às 9 da noite, no depósito no centro de Florença, haverá um homem que já faz muito tempo está atrapalhando minha equipe, preciso que você e sua equipe eliminem-o.

-Certo. E quanto é o pagamento?

-20 mil liras. Está bom pra você?

-Sim, sim, está ótimo, faremos o serviço.

-Obrigado e boa noite! Ah, nesse papel está contido as informações de que vocês irsm precisar.

Giovanni cumprimentou-o com a cabeça e o homem pôs-se a retirar. Giovanni foi pro seu quarto deitar-se em sua cama, ao lado de sua mulher, fechou os olhos e dormiu. Na manhã seguinte, levantou-se cedo e foi até o local onde estavam seus companheiros de equipe, e passou-lhes as informações do novo contrato, e todos concordaram.

-Partiremos às 8 e meia.- disse Giovanni- Alguma objeção? Ótimo!

O grupo de assassinos de alugueis de Giovanni era constituído por 6 pessoas: Clarie, que tinha cabelos loiros, olhos castanhos claros, 1,60 de altura, era extrovertida e a estrategista do grupo; Jacob, que tinha cabelos negros, ohos marrom escuro, 1,80 de altura, era recluso e tinha uma queda por Clarie, era estrategista junto à mesma; Will, que já tinha cabelos grisalhos, olhos azuis, 1,84 de altura, era alegre e introsado e, por ser o mais experiente, era o contador de histórias; Piper, a mais jovem de todos, cabelos longos e negros, 1,61 de altura, extrovertida e contadora de piadas; Megan, a psicopata, cabelos ruivos, roupas vermelhas, representando o sangue, 1,70 de altura, andava sempre com um punhal preso à sua perna por uma bainha; e Giovanni.

-Mal posso esperar para ver o sangue da nossa próxima vítima espalhado pelo chão.- disse Megan, com um sorriso demoníaco.- Será que vou poder esfolá-la depois de terminarmos?

-Claro que não!- repreendeu Will. -Onde está sua humanidade?

-Haha! Vocês me fazem rir.- disse Jacob.

-Mas, enfim, qual é o nome do nosso alvo?- perguntou Clarie.

-É verdade!- concordou Piper. Vamos matar o homem sem nem saber o nome dele.

-Parece que o nome do sujeito Anto Reis.- disse Giovanni verificando o papel que recebera do homem na noite passada.

-O que será que ele fez pra merecer a morte?- indagou Will.

-Isso não nos interessa, só fazemos o que somos pagos para fazer.- disse Giovanni, encerrando a conversa.

Dito isto, todos se retiraram e foram fazer seus deveres e se preparar para o serviço.

A Vingança de GiovanniOnde histórias criam vida. Descubra agora