may the lights will guide our way

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05 de Dezembro de 2018, 20:35

A noite poderia terminar da forma mais perfeita possível. Isso, é claro, se uma rena gigante de natal não tivesse caído na cabeça de Draco. Ele estava prevendo que aquilo aconteceria desde o momento em que Ronald insistiu para que pendurassem o objeto no pilar da praça para parecer que estavam voando. Agora o que eles tinham era uma rena de isopor estatelada no chão e Draco ganhara um belo galo na cabeça. Ponto para Ronald. Ginny com toda a certeza os mataria.

- Foi você que não conseguiu segurar direito, eu estava fazendo tudo certo. - o ruivo resmungava enquanto os dois ajuntavam os pedaços de isopor da neve.

- Você que ficou todo distraído quando viu a Granger passar do outro lado da praça e deixou o negócio cair em mim!

- O que está acontecendo aqui?

A briga dos dois foi interrompida pela garota ruiva.

- Lembre de nunca mais me deixar para trabalhar junto com o seu irmão quando inventar de colocar seus amigos para decorar a praça da cidade. - Draco diz em tom de brincadeira e Ron empurra o seu ombro de lado.

- Não sei por quê, mas eu sabia que isso aconteceria. - Ginny colocou as mãos na cintura e deu uma pequena risada de descrença. Ela se abaixa e recolhe o que sobrou do enfeite. - Draco, você pode ajudar a pendurar as luzes na árvore? Acho melhor separar vocês. - Ron revira os olhos e o rapaz loiro caminha prontamente em direção ao grupo que está montando as luzes.

O Natal é a época favorita de Draco, e naquele ano tudo parece estar mais especial. Ele havia conhecido pessoas incríveis, sua floricultura estava começando a decolar e pela primeira vez estava morando sozinho em um apartamento em que ele mesmo bancava tudo.

Draco ainda se lembrava de como era passar o natal na mansão em Chicago com os pais. Era tudo muito frio, sem carinho ou abraços, apenas presentes caros e decorações feitas por empresas contratadas. Mas em Salisbury as coisas eram bem diferentes. A família Weasley morava na casa ao lado do prédio em que o Draco havia comprado, foram gentis com ele desde o início, e já ao final daquele ano Draco sentia-se como parte da família.

Ele observou Ginny dando as ordens e sorrindo aos ajudantes. Aquela menina era muito especial. Draco sentia-se imensamente grato por ter feito aquela amizade durante aquele ano. Ginny tinha um coração enorme, era quem estava ao seu lado para secar suas lágrimas e quem ria junto com ele, a sua companheira de piadas internas. Draco nunca acreditou que poderiam existir melhores amigos, mas depois que conheceu a garota ruiva ele finalmente entendeu o que ter um melhor amigo significava.

Depois de duas horas que passaram com todos cantarolando canções natalinas e Ron tentando acertar bolas de neve em Draco, finalmente tudo estava pronto.

- Uau. Ficou incrível - Ginny diz com admiração e Draco passa o seu braço ao redor dos ombros da garota.

Está tudo lindo, ela tem razão.

O coreto da praça esta todo rodeado por pisca-pisca coloridos, há uma grande árvore de natal no centro dele cheia de enfeites confeccionados pelos alunos da creche da cidade. Ao redor, os bancos foram todos enfeitados com laços vermelhos e dourados, grandes bengalas coloridas foram colocadas sobre a neve criando um pequeno caminho entre os bancos. Tinham luzes penduradas em todos os lugares. A praça estava pronta para receber o natal.

Quando chegou em casa, Draco tirou as luvas pesadas e as botinas sujas de neve e deixou ao batente da porta, retirou o casaco mais grosso e pendurou no cabide, logo em seguida acendeu a lareira e preparou um chocolate quente. Horácio, seu gato, descansava na poltrona em frente a lareira. Tudo estava em seu devido lugar.

Hearts Full Of LanternsOnde histórias criam vida. Descubra agora