Por Callie
Essa aqui, no nosso baile de formatura.
Arizona diz e aponta para uma das milhares de fotos penduradas ali, vou até ela e olho para a foto. É impossível não sorrir ao ver a versão mais nova minha e de Arizona juntas, na foto eu estou sentada de lado em seu colo, Anahí está com a cabeça recostada em meu colo, seus olhos estão fechados e ela sorri. Meu sorriso na foto não é menor que o dela, parecemos felizes.
— Nós fomos juntas?
— Sim. — Continuo olhando para a foto, tento forçar minha mente para me lembrar desse dia, mas nada acontece. — Eu aluguei uma limusine gigante, você quase enfartou quando viu.
Ela conta e gargalha, olho para ela e sou contagiada pelo som de sua risada. Sua cabeça sendo balançada de um lado para o outro, Arizona morde o lábio inferior e olha para baixo.
— Isso é a sua cara. — Ela levanta a cabeça ao ouvir meu comentário. — Me lembro bem do quão exagerada você era no colégio, acha que me esqueço daquela sua moto gigante?
— Ela nem era tão grande assim.
— Era sim. O dia que você me deu carona, eu quase morri, eu pensei que sairíamos voando com aquele troço.
— Que exagero, amor. — Mordo os lábios e dou um pequeno sorriso ao ouvi-la me chamar daquele jeito. — E-eu... Saiu sem querer.
Olho para ela que está com as bochechas coradas, junto as sobrancelhas confusa.
— O quê?
— Eu te chamei de amor... Foi sem querer.
Esclarece e a expressão em meu rosto suaviza, hesitante dou um passo para mais perto dela. Arizona me olha quase sem piscar, e se mover. Nem sei dizer se ela está respirando, mas acho que não. Aproximo meu rosto do seu e quando estou prestes a juntar nossos lábios, o celular dela começa a tocar. Saltamos uma para longe da outra por causa do susto.
— Jesus!
Exclamo levando uma mão até meu peito, Arizona solta uma risadinha nervosa e busca pelo aparelho em seus bolsos, quando ela finalmente o acha logo atende a ligação.
— Oi, pai. — Me recupero do susto aos poucos. — Não, eu vim dar uma volta com a Callie... Sim, nós viemos aqui no sítio. — Ela me olha e sorri enquanto ouve o que seu pai diz. — Já estamos indo, okay.
— Vamos embora?
É impossível não notar a decepção na minha voz, e com certeza Arizona notou.
— Sim, mas nós podemos voltar amanhã ou quem sabe dormir aqui...
— Aqui?
— Não aqui na casa da árvore, mas na casa lá na frente. — Ela explica apressadamente e eu acabo sorrindo de seu jeito meio afobado. Arizona se afasta da parede e ajeita suas roupas. — Vamos?
Me chama e apenas concordo com a cabeça, estamos quase saindo da casa quando eu a seguro pelo pulso. Arizona me olha sem entender e antes que ela possa falar algo, seguro seu queixo com minha mão livre e selo nossos lábios. Ela suspira com força, o ar batendo contra meu rosto. Sinto Arizona apertar minha cintura e então aprofunda o beijo. Nossos lábios se movendo lentamente, como se estivéssemos dançando uma valsa.
— Só para deixar claro, eu gosto quando me chama de amor.
Confesso após pararmos o beijo, me afasto um pouco de Arizona e a vejo abrir um enorme sorriso. Por Deus! Que sorriso mais perfeito ela tem. Eu acho que tenho uma queda por ele.
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Amnésia (versão calzona)
RomanceO que você faria se sua vida mudar da noite para o dia. Se você dormir com os seus dezesseis anos e acordar com vinte sete. Que a garota que você mais ideia no colégio, aparecer no outro dia dizendo que é sua mulher é que você é casada com ela. O...