Capítulo 21

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Por Callie

Essa aqui, no nosso baile de formatura. 

Arizona diz e aponta para uma das milhares de fotos penduradas ali, vou até ela e olho para a foto. É impossível não sorrir ao ver a versão mais nova minha e de Arizona juntas, na foto eu estou sentada de lado em seu colo, Anahí está com a cabeça recostada em meu colo, seus olhos estão fechados e ela sorri. Meu sorriso na foto não é menor que o dela, parecemos felizes.

— Nós fomos juntas?

— Sim. — Continuo olhando para a foto, tento forçar minha mente para me lembrar desse dia, mas nada acontece. — Eu aluguei uma limusine gigante, você quase enfartou quando viu. 

Ela conta e gargalha, olho para ela e sou contagiada pelo som de sua risada. Sua cabeça sendo balançada de um lado para o outro, Arizona morde o lábio inferior e olha para baixo.

— Isso é a sua cara. — Ela levanta a cabeça ao ouvir meu comentário. — Me lembro bem do quão exagerada você era no colégio, acha que me esqueço daquela sua moto gigante?

— Ela nem era tão grande assim.

— Era sim. O dia que você me deu carona, eu quase morri, eu pensei que sairíamos voando com aquele troço. 

— Que exagero, amor. — Mordo os lábios e dou um pequeno sorriso ao ouvi-la me chamar daquele jeito. — E-eu... Saiu sem querer. 

Olho para ela que está com as bochechas coradas, junto as sobrancelhas confusa.

— O quê?

— Eu te chamei de amor... Foi sem querer. 

Esclarece e a expressão em meu rosto suaviza, hesitante dou um passo para mais perto dela. Arizona me olha quase sem piscar, e se mover. Nem sei dizer se ela está respirando, mas acho que não. Aproximo meu rosto do seu e quando estou prestes a juntar nossos lábios, o celular dela começa a tocar. Saltamos uma para longe da outra por causa do susto. 

— Jesus! 

Exclamo levando uma mão até meu peito, Arizona solta uma risadinha nervosa e busca pelo aparelho em seus bolsos, quando ela finalmente o acha logo atende a ligação. 

— Oi, pai. — Me recupero do susto aos poucos. — Não, eu vim dar uma volta com a Callie... Sim, nós viemos aqui no sítio. — Ela me olha e sorri enquanto ouve o que seu pai diz. — Já estamos indo, okay. 

— Vamos embora?

É impossível não notar a decepção na minha voz, e com certeza Arizona notou.

— Sim, mas nós podemos voltar amanhã ou quem sabe dormir aqui... 

— Aqui?

— Não aqui na casa da árvore, mas na casa lá na frente. — Ela explica apressadamente e eu acabo sorrindo de seu jeito meio afobado. Arizona se afasta da parede e ajeita suas roupas. — Vamos? 

Me chama e apenas concordo com a cabeça, estamos quase saindo da casa quando eu a seguro pelo pulso. Arizona me olha sem entender e antes que ela possa falar algo, seguro seu queixo com minha mão livre e selo nossos lábios. Ela suspira com força, o ar batendo contra meu rosto. Sinto Arizona apertar minha cintura e então aprofunda o beijo. Nossos lábios se movendo lentamente, como se estivéssemos dançando uma valsa. 

— Só para deixar claro, eu gosto quando me chama de amor. 

Confesso após pararmos o beijo, me afasto um pouco de Arizona e a vejo abrir um enorme sorriso. Por Deus! Que sorriso mais perfeito ela tem. Eu acho que tenho uma queda por ele. 

Amnésia (versão calzona)Onde histórias criam vida. Descubra agora