azul & cinza

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Alex é azul.
Maggie é cinza.

O azul de Alex não era tranquilo, não era sereno e nem sequer existia harmonia.
O cinza de Maggie não existia estabilidade, apenas a neutralidade, a imparcialidade.

Alex ainda estava se recuperando do seu péssimo relacionamento com Maxwell Lord quando conheceu ela.

Maggie ainda tinha pensamentos sobre Kate Kane, a ex-noiva. Era difícil esquecer a pessoa que você pensava ser o amor da sua vida.
Mas quando ela conheceu Alex, as coisas mudaram.

Alex entendia o universo de cores dentro de Maggie, entendia aquela palheta de cores que existia ali. Maggie era uma pintura abstrata, as pessoas tinham várias interpretações dela mas Alex era a tal que havia entendido a verdadeira intenção do autor com a obra. Ela simplesmente a entendia.

Maggie entendia o céu dentro de Alex, as tempestades em sua cabeça, entendia cada vez que o sol nascia e ia se pôr, entendia os corvos que vinham e iam. Alex era o céu, acordava azul e assim ficava até o combinação de cores chegar, o roxo, rosa, laranja, amarelo.

Sozinhas aquelas cores poderiam significar sozinhas muito mas quando estavam juntas, significavam muito mais.

Alex antes de Maggie era uma escritora que estava em seu pior bloqueio criativo e tinha medo de nunca sair dele.
Maggie antes de Alex era uma pintora  que tinha medo das cores, das pessoas nunca entenderem suas obras.

Quando se juntaram, Alex pode voltar a escrever, a escrever sobre tudo que lhe dava inspiração, bastava olhar para aquela que fez o seu azul combinar com outra cor novamente.
Maggie pode tocar nas cores novamente, pode fazer obras que retratavam as complexidades do universo.

No final, o azul e cinza que sempre eram vistos como tristes, se tornaram felicidade.

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