E mais uma semana se inicia. Sabe, a única coisa que eu gosto nas segundas é a chance de você reiniciar de alguma maneira.
Saio da minha cama e vou colocar uma roupa, porque sim, eu durmo sem roupa, e saio do quarto.
Mais uma vez ouço a mamãe e o papai brigando na sala por um motivo, no momento, desconhecido por mim.
Continuo andando pelo corredor imenso até chegar ao quarto da minha irmã pequena. A Angel tem 5 anos.
– Bom dia Sofi. – Minha irmã fala assim que eu entro no quarto e fecho a porta para ela não ouvir as porcarias que nossos pais falam.
– Bom dia meu anjo.– Pego ela de sua cama e dou abraços e beijos nela.
– Mamãe e papai estão brigando de novo? – Fala olhando para mim com aqueles olhos grandes e verdes tão inocentes com curiosidade.
– Não meu amor, eles... eles só estão conversando um pouco alto.
– Vamos blincar de esconder? – Pergunta sorrindo, não tem como não amar essa bebê linda. Eu assenti. – Então eu me escondo e você conta, tá bom?
– Tá bom.
E assim foi, eu me escorei em um lugar e comecei a contar enquanto ela se escondia.
– SE VOCÊ SAIR DESSA CASA, EU MATO ELA! – Era a voz do meu pai.
Um tiro.
Sai correndo o mais rápido possível do quarto. Outro tiro.
Quando cheguei na sala minha mãe e minha irmã estavam no chão repletas de sangue. Elas tinham morrido.
Eu abri a boca e olhei para o meu pai, incrédula e surpresa por ele ter feito isso.
– QUE MERDA VOCÊ FEZ? VOCÊ MATOU MINHA MÃE, SUA MULHER E SUA FILHA. – Ele ainda estava lá, paralisado.
Sabe, naquele momento eu quis rir, porque ele só percebeu a merda que ele tinha feito quando eu comecei a bater nele.
A única coisa boa de ter aprendido lutas foi que nesse momento eu pude descontar minha raiva, mas a tristeza começou a me pegar por inteiro.
Quando eu terminei de descontar minha raiva nele, eu fui até minha irmã e minha mãe. Eu chorei, elas eram a única coisa que eu tinha.
Peguei a arma dele e dei o último tiro. Ele morreu.
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RandomJamais apague seus erros, pois deles também foram escrito todos os seus recomeços.