II

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Louis

Ele tinha concordado em me ver, agora, tudo que tenho que fazer é entrar por aquela porta. Fico chocado. Parte de mim tinha esperado que ele me dissesse para ir embora.

Quando entro em seu escritório, não estou preparado para o golpe súbito de excitação que corre pelo meu corpo enquanto olho para o meu padrasto. Ele não é mais meu padrasto. Minha mãe já esta com outro homem há muito tempo.

"Oi Harry" digo, movendo-me em torno da mesa.

Tinha me esquecido como grande é seu escritório. Sinto-me intimidado, apesar de já não ser mais nenhuma criança. A última vez que entrei nesse ambiente tinha sido acompanhado da minha mãe. Mas eu não estou indo para mergulhar nesse tipo de merda. Não estou aqui para pensar no passado, só acerca do futuro.

A porta se fecha atrás de mim, e eu olho para trás para ver se estamos sozinhos.

"Lou, tem sido muito tempo desde que te vi", diz ele colocando as mãos no bolso da calça, não resisto e observo o volume do seu pênis sob a calça. Rapidamente, desvio o olhar. O que diabos há de errado comigo? Harry nunca ficaria interessado em mim.

"Eu sei. Desculpe-me..."

Droga, esta sendo mais difícil do que eu pensava que seria.

"Qual é o problema? Acredito que não seja uma visita social".

"É, e não é. Quer dizer, não é. Não, não é uma visita social." Posso sentir meu rosto ficando cada vez mais vermelho e não me atrevo a olha-lo.

"Bem, então a que devo o prazer de ver meu enteado?"

Estremeço. Será que sempre teremos que colocar um título sobre o que somos um para o outro? Não temos lanços sanguíneos; mas porque me sinto tão sujo por deseja-lo?

Merda!

"Estava me perguntando se você poderia emprestar algum dinheiro."

Levanto o olhar para vê-lo me encarar curioso. "Emprestar?"

"Sim, um empréstimo, teria como?"

Ele puxa suas mãos para fora dos bolsos da calça e cruza os braços, olhando um pouco divertido com a minha pergunta. "Tenho que admitir, estou um pouco chocado."

"Um choque do tipo bom?" Espero que seja um bom choque. Eu não quero que seja um choque ruim, né? Ate na época que ele foi casado com minha mãe, eu nunca lhe pedi nada. Quando saíamos, Harry sempre oferecia coisas caras, e eu nunca aceitei. Por isso, fazer tal pedido a ele é tão embaraçoso.

"Eu não sei. Por que você precisa do dinheiro, Louis?"

Mordo meu lábio inferior, e tento não estremecer ainda mais do que já estou. Não quero dizer-lhe o motivo.

"Eu fui às compras e..."

Ele bufa de novo me cortando. "Tente de novo."

Parece que continuo não sabendo mentir para Harry.

Harry

Estou um pouco assustado com a mudança no corpo de Louis. Há muito tempo desde que o vi, e nesse percurso ele ganhou algumas curvas. Apesar de já fazer mais de seis anos desde que me divorciei de sua mãe, sempre mantive um olho em Louis. Ele não parece mais um menino; e sim um homem. Eu sempre amei a mãe dele, mas de uma hora para outra tudo mudou. A mulher com quem havia me casado não era mais a mesma, ela tinha se tornado outra.

Mas não é esse o motivo pelo qual me divorciei, não nem de longe.

Com Louis, no entanto, eu não estou tendo problemas em ficar duro como uma rocha. Estou precisando de cada grama de controle para manter o olhar só em seu rosto e não desviar para baixo pelo seu corpo delicioso. A bunda foi o que mais me chamou atenção numa calça skinny preta.

Foda-se, pagaria um milhão de dólares apenas para vê-lo nu diante de mim.

Rango os dentes, e tento lembrar-me de que não devo ter esses pensamentos sujos sobre meu enteado. Não importa o quanto me diga isso. Eu o desejo, ele esta no topo da porra do meu menu de foda.

"Eu gastei todo o meu dinheiro em farras e compras."

"Você esquece que te conheço, Lou. Você não dá a mínima para compras. Sempre reclamava quando tinha que acompanhar sua mãe e nunca gostou de me pedir nada. Agora, por que você precisa do dinheiro?"

"Eu estou quebrado, ok? E eu não posso obter um empréstimo do banco. Eu só... Pensei que você poderia me ajudar."

Ele começa a caminhar para a porta, com a cabeça baixa parecendo humilhado, mas eu não o deixo sair.

"Pare, Louis William." Durante todo tempo em que fui casado com sua mãe, nunca usei esse tom com ele. Sempre fui gentil, porque via Louis como uma criança doce e frágil. Mas agora ele é um homem e tê-lo tão perto me excita ainda mais.

Ele não se vira, e acho bom porque não quero que veja a evidência do seu efeito sobre mim, meu pau dói contra o tecido da calça. Não estou pronto para isso. Ainda não.

É errado o querer como quero? Querer que ele me desejasse?

Será que sua bunda é tão suculenta e apertada quanto imagino? Ele é inexperiente ou experiente na cama? Terá fodido muitos caras ao longo dos anos? 

Esse último pensamento me deixa possesso de raiva...

Louis tem o tipo de beleza que deixa os homens loucos. Suas curvas, seu sorriso, e o jeito doce dele é irresistível, ele é como a luz para as mariposas.

E não gosto da ideia de outros homens perto ou dentro dele. Porra, por mais que seja errado o quero só para mim.

Colocando os braços sobre seus ombros, viro-o, e ele olha para mim com aqueles olhos grandes cheios de lascívia.

Todo esse tempo eu pensei que eu era um doente, mas o olhar que ele me da é inegável.

Louis me quer tanto quanto eu o quero.


Taboo (Larry) (Taboo #4)  ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora