O Inferno de Um Curador

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Harry abriu os olhos e imaginou se tinha ficado cego. O mundo à sua volta estava completamente escuro. Então ele percebeu que havia luz vindo de algum lugar abaixo e longe - por debaixo de uma porta, talvez?

Ele estremeceu e gemeu quando sentiu suas mãos presas firmemente acima de sua cabeça com cordas grossas.

- Tem alguém aí?

A cabeça de Harry chicoteou para cima ao que ele ouviu a voz amedrontada. - Sr. Hanawalt? - ele chamou, achando que reconhecera a voz.

- Sim. - a mesma pessoa outra vez. - Sr. Potter?

- Eu mesmo. - Harry disse. - Você está bem?

Era um tanto incômodo, não ser capaz de se ver a pessoa com quem se está falando, mas ao menos ele sabia que o Sr. Hanawalt estava bem o bastante para estar acordado e falando.

- Um pouco dolorido, e eu acho que estive desmaiado por um tempo. - o Sr. Hanawalt respondeu. - Mas eu estou bem.

- Bom. - ele falou. Um momento depois perguntou: - Você sabe onde estamos?

- Eu estava esperando que você pudesse me dizer isso.

- Que ótimo... - Harry murmurou.

Ele tentou montar uma idéia das redondezas tanto quanto podia. Eles pareciam estar presos a uma parede de pedra, provavelmente em algum subterrâneo, já que a parede era fria e úmida. O chão não era muito melhor, e Harry estava ouvindo água gotejando em algum lugar.

- Você viu mais alguém? - ele perguntou.

- Não, não desde que acordei. - o sr. Hanawalt disse. - Mas os caras que invadiram a loja estava usando roupas pretas e máscaras... como uma versão do Klux Klux Clan ou coisa assim. Estavam com cassetete nas mãos.

Harry estava surpreso com o quanto que o sr. Hanawalt se recordava do rápido ataque; ele próprio mal tivera tempo pra registrar a presença dos Comensais da Morte. Claro, o sr. Hanawalt não fazia idéia do que as pessoas mascaradas eram. E, "cassetetes"? Varinhas, era o que eram, não cassetetes.

Ele se amaldiçoou por ser tão estúpido de deixar sua guarda baixar enquanto estava na loja. Se ele estivesse atento às coisas ao seu redor, provavelmente não estariam ali agora. Ele tinha uma coisa pra fazer, e falhara.

Falhara completamente.

Harry continuou a rastrear as sensações das suas cercanias, antes de começar a lutar contra as cordas, rezando pra que elas se lacerassem só um pouquinho pra que pudesse se soltar. O mínimo a fazer seria tentar tirar o sr. Hanawalt daquela confusão o mais rápido possível.

- Inútil. - uma nova voz soou, que definitivamente não pertencia ao sr. Hanawalt. Ela era fria, baixa, quase como um murmúrio letal. - São cordas mágicas e não vão afrouxar nem que você as corte.

- Quem é você?! - Harry rosnou.

- Oh, me desculpe, - a voz disse em tom escarninho. - mas eu não posso te contar. Pelo menos não agora. Meu Mestre não gostaria nadinha se eu não obedecesse suas ordens.

Harry gostaria de ter sua varinha em mãos no momento, então ele poderia ao menos iluminar o lugar e enxergar a nova pessoa. Seria um pouco melhor.

O sr. Hanawalt permaneceu quieto no outro lado da câmara, Harry ficou grato em perceber. Não faria absolutamente nenhum bem ao homem se ele começasse a falar.

- Então quais são suas ordens? - Harry perguntou, esperando mantê-lo falando. Ele queria informações, ele queria entender porque o sr. Hanawalt fora capturado e, mais do que tudo, ele queria permanecer vivo.

Tempo fora de lugar - Drarry - FINALIZADA Onde histórias criam vida. Descubra agora