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— Não acredito que você ainda está vivo — disse Wonwoo, ao ver Seungcheol sentado em sua cama.

— Vaso ruim não quebra tão cedo, e além disso, ele cuidou de mim — respondeu, olhando para Jeonghan, que sorriu tímido.

— Muito lindinho, mas saibam que temos problemas, e precisamos sair da cidade. Está todo mundo feito louco procurando por vocês — disse Mingyu. — Parece que o velho era amado por todos, e ninguém vai perdoar alguém que mata seu querido amigo do bairro assim de uma hora pra outra. Por sorte não desconfiam da gente, então podem ficar por aqui por enquanto.

— Obrigado, de verdade. Não sei o que faríamos sem vocês — agradeceu Jeonghan.

— Olha, nos dando parte da grana seria um agradecimento e tanto...

— Wonwoo! Não seja indelicado! — Repreendeu Mingyu.

— Não, não! Ele tem razão! Vocês nos ajudaram, não seria justo. Espera aí.

Jeonghan pegou a mochila e despejou todo o conteúdo em cima da cama. Eram cédulas e mais cédulas, o suficiente para bancá-los por alguns longos e fartos meses. Eles dividiram o dinheiro igualmente, e mesmo assim era dinheiro que não faltava mais.

— Quem diria que aquele velho teria tanta grana assim. Se eu soubesse teria assaltado ele antes — disse Seungcheol.

— Ah, claro. E quase morrer antes também — retrucou Jeonghan.

— Bom, nós vamos ver o que está acontecendo por aí. Enquanto isso, Seungcheol, descanse — Mingyu deu um pequeno tapa nas costas de Seungcheol, e saiu junto com seu namorado.

— Sabe, eu estava pensando em ir pra capital. Alugar algum apartamento, arranjar algum emprego, sei lá — disse Seungcheol.

— Casar? Ter filhos? — Ironizou Jeonghan, arrumando o dinheiro em pequenas pilhas.

— Ai, não! Nem me vem com essa história de filhos, Hannie! Pensa em como eles ficarão traumatizados ao verem seus pais completamente chapados pagando boquete um pro outro, coitados.

— Meu Deus Seungcheol, você é um idiota mesmo — respondeu Jeonghan, rindo.

Rapidamente, Seungcheol pegou Jeonghan pela cintura e o colocou em seu colo, espalhando todo o dinheiro pela cama e pelo chão. Ele não sentia mais dor alguma na ferida, pois as drogas o anestesiaram, temporariamente. Jeonghan riu diante de seu ato, a mesma risada leve e gostosa que Seungcheol gostava tanto de ouvir.

— Olha, casar e ter filhos eu não posso prometer, mas prometo ficar com você a minha vida inteira. Nem que pra isso eu precise tomar mais cem tiros.

— Credo, Cheollie! Não fala isso nem brincando! Você não faz ideia do sufoco que eu passei e...

Jeonghan foi interrompido com um beijo intenso de Seungcheol. Era como se seus lábios nunca tivessem se tocado antes, como o primeiro beijo que você espera tanto receber de alguém especial. Eles se sentiram como na primeira vez em que se beijaram: nervosos e estranhos, porém completamente apaixonados um pelo outro.

— Você fica lindo preocupado, sabia?

— E sabia que essa frase é muito clichê? — Riu Jeonghan. — Será que transar em cima de dinheiro dá sorte?

— Quer descobrir?

— Mas é claro.

Seungcheol precisava de Jeonghan, e Jeonghan precisava de Seungcheol. Pois, de uma maneira estranha, eles se completavam.

robbers - yjh. + csc.Onde histórias criam vida. Descubra agora