capítulo 3 - finalmente o conheci

2.6K 251 4
                                    

Kay

Fui pra sala onde atendo os pacientes e mandei o agente Lima chamar o tal "fera". 

Ele entrou de cabeça baixa e se sentou a minha frente ainda algemado. 

_ Tá fazendo o que aqui ainda?  Pode saindo _ falei para o agente. 

Agente Lima : não posso deixar você sozinha com ele,  é um perigo. _ justificou

_ algemado?  Pelo amor de Deus,  deixa eu fazer o meu trabalho,  qualquer coisa eu grito,  Pode sair. 

Ele se retirou. 

_olá Igor,  posso lhe chamar assim?  _ Perguntei a ele. 

_ não vou dizer nada. _ disse ele

_ você já disse,  já é um grande começo. _olhei para ele que ainda estava de cabeça baixa.

FERA NARRANDO

Carcereiro Lima : O fera vão logo,  aproveita que agora tem psicóloga nova,  uma gostosinha,  anda logo so. 

Me algemou e me levou até a sala,  chegando la teve uma breve discussão com a doutora la mas momento algum olhei para ela, ja disse que não qiero participar de psicóloga nenhuma,  não sou doido eu em.

Doutora : posso lhe chamar de Igor ou não?

_não,  pra tu é fera _ acabei olhando pra ela e puta que te pariu,  a mulher era bonita mesmo,  na seca que eu to também tudo ta bom.

_ okay,  Me fala sobre você então,  ja vi que não é de conversa mas olha estou aqui pra lhe ajudar,  ce me ajudar posso ate tentar uma saidinha pra voce,  sua irma iria ficar muito feliz.  _ disse ela convicta de si.

Como essa desgraçada sabe da minha irmã,  que porra é aquela? 

_  ja vi que não vai me responder,  então vamos fazer assim eu pergunto e você responde pode ser? _ mulher chata que não para de perturbar. Quando ela levantou pra pegar alguma coisa na garrafa olhei para ela é que corpo viu,  só imagino ela sentando na minha vara.  Também reparei que ela tinha um lobo tatuado nos braços. 

_ gostei da sua tatuagem _ comentei

Logo ela reparou e assustou,  se sentou e olhou dentro dos meus olhos. 

_ gosta de lobos?  _ perguntou

_ não,  so gostei da tatuagem,  tem como me levar para cela? 

_ não,  vamos cara,  conversa comigo.  _ insistiu

Logo pensei na proposta da saidinha,  vou falar o básico pra ela,  quem sabe consigo sair daqui.

_ eu falo mas você tem que conseguir essa saidinha belê? 

_trato feito _ disse ela. 

Ficamos nos olhando até que minha barriga roncou,  esqueci que não almocei,  fome do caralho.  Ela logo olhou pra min. 

_ está como fome?  _ olhou de canto. 

_ comi hoje não,  proibiram porque ficamos jogando truco até mais tarde.

_ porra meu,  pode isso não. _ quando a doutorazinha viu que falou palavrão ja olhou pra min com olhos arregalados e pediu desculpas. 

_ aí perdão,  desculpas,  falei sem perceber.  _ até corou,  porra ficou mais linda a mulher. 

_ suave tia,  pergunta logo. 

_ não sou tia de ninguém me chama de Doutora Kaylanne. 

- jae Kayrani _ acenti

- Kaylanne e não kayranne. _ olhou e revirou os olhos. 

- jae. 

Ela ficou perguntando umas coisas e eu apenas prestava atenção,  Logo nosso tempo acabou,  pelo menos ela não era aquela velha chata que falta a dentadura cair,  mulher até baba,  que nojo. 
A morena disse que vai tentar liberar o rango,  so força.

Kaylanne NARRANDO

Fiquei conversando com meu paciente até chegar em umas conclusão, fui bem extrovertida com ele para ver se ele se abria mas vi que ali tudo vai ter troca,  vou começar mandando o almoço deles,  assim ele confia cada vez mais e conta as coisas. 

Fui direito ao meu diretor. 

_ licença,  olha senhor hoje conversei com meu paciente e ele foi bastante fechado,  mas conseguir ver que se eu conseguir a confiança dele,  ele começa me contar as coisas. 

_ parabéns pelo primeiro dia com ele Kaylanne,  espero que continue assim,  mas qual foi o problema em tudo isso ao ponto de vir até minha sala.  _ foi grosso.

_ como vocês  não dá comida a uma cela?  Já imaginou o estado ver isso e chegar até as televisões?  Não vocês não pensaram nisso, a imagem dessa cadeia vai ir pra água a baixo. _ eu tive que dizer,  odeio gente com fome,  ja passei e sei que não é legal. 

_ está certo,  não estava sabendo disso,  obrigada por me informar,  por isso confio em você,  pensando grande como sempre,  vou mandar as comidas pra lá nesse momento. _ disse e levantou a mão para min o cumprimenta. Apertei sua mão e me despedi. 

Bati o ponto e fui para minha casa,  dia longo.

Cheguei em casa e encontrei minha cria,  coisa linda da mamãe. 

- Oi meu amor,  mamãe demorou?  Você ficou quietinha?  _ Perguntei preocupada. 

_ sim mamãe,  aninha ficou muito quietinha, comi o biscoito que mamãe deixou la no armário e o suquinho tabom?  _ apertei meu neném e coloquei desenho pra ela assistir. 

Minha rotina e a seguinte,  acordar 5 horas,  arrumar café,  me arrumar e arrumar Anaju,  colocar ela na van 6:30 AM e ir direto pro serviço pra chegar 7:30.  Fico lá até as 5:00 da tarde.  Aninha sai da escola as 5:20 pois fica horário integral.  Me espera até umas 6:30 sozinha em casa,  ensinei ela como abrir e fechar a porta,  deixo comida e tudo mais,  sei que ela é novinha, tem apenas 5 anos,  mas eu não posso deixar de trabalhar,  tenho que sustentar ela,  nossa casinha e seus mimos, Deus cuida da gente! 

... 

FERRA NARRANDO. 

_ faz fila ai bando de vagabundo. _ disse o agente Teixeira.  O mais gente boa até agora,  ta no lado do crime e não dá lei,  fichinha aqui dentro. 

Deu uma bagunça pra sair uma fila ja que a cela ra lotada,  até os rato fez fila. Lugar podre. 

Cada um saindo da fila com uma marmita achei até estranho,  logo lembrei das palavras da doutora. 

" pra tu ver que to do seu lado?  Vou mandar um rango pra tu hoje,  e até pros seus amigos "

Todos pegou a marmita e matou fino,  matando o que tava nos matando a fome. 

_ como será que conseguimos esse rango em?  Eles tão bonzinho demais,  até carne tem, deve ter veneno ce ta doido. _ falou piolho

_ cooe piolho,  foi a doutora ze,  Nova psicoloca. _ disse cobra

_ quem te disse isso?  _ Perguntei

_Teixeira disse,  doutora mo dahora,  vou pedir pra me trocar de Doutora ze,  Teixeira disse que ela é gostosa,  fala aí Fera,  tu sabe,  foi a sua doutora foi não?  _ falou novamente cobra comendo a carne até babando.

_ ela é bonita,  mas fala pra caralho,  não rendi pra ela não,  só qier saber da nossa caminhada. _ falei e fui comer. 

Os caras ficou comentando imaginado a doutora,  bando de cuzao,  eles nem me pergunta muito,  não gosto de render conversa e geral sabe. 

NO PRESÍDIO Onde histórias criam vida. Descubra agora