Capítulo 1

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Fury: Ele pode acordar a qualquer momento.

Hill: Ele não é o Capitão América? Porque precisa de toda essa escolta? Do que eu saiba, ele é do bem, altamente pacífico.

Coulson: Tem razão, pelo que eu sei e eu sei tudo sobre esse cara, ele não é de briga. Tudo que citaram sobre ele era que sempre foi gentil com todos. Só entra numa briga se for convidado. Na marra.

F: Se vocês imaginarem que foram congelados há 70 anos e agora está de volta numa sociedade totalmente diferente, uma cidade modernizada, com uma cultura bem diferente, como reagiriam?

Hill e Coulson ficaram em silêncio, pensando numa resposta.

H: Eu acho que não iria acreditar, ia achar que era alguma pegadinha.

C: Eu não sei, eu acho que também não ia acreditar, e ficaria irritado, achando que estão tentando me enganar.

F: Sim, pensei nessas e outras possibilidades, caso ele fique agressivo, já vimos vídeo desse cara lutando, não vamos querer arriscar.

C: Eu só acho que manter homens armados vão dar motivo para ele ficar agressivo.

F: O que sugere, então Coulson?

C: Eu sugiro que façamos ele acreditar que nada mudou. Montamos um cenário e vamos contando a realidade aos poucos.

F: É uma boa ideia.

H: De qualquer jeito, mantemos uma equipe tática fora do cenário, pronta para conter ele, caso seja necessário.

F: Okay. Se não conseguirem, usamos o plano B.

C: Plano B?

Fury sorriu e se retirou, Maria Hill seguiu Fury. Coulson ficou e começou a providenciar um cenário fictício.

Quando Steve Rogers finalmente acordou, estava numa cama de enfermaria. Nada sugeria que o tempo tinha passado demais. Ele se sentou na cama e olhou em volta, tentando lembrar o que aconteceu para ele estar ali. Tudo ainda era um borrão na mente dele.

Depois de ter certeza que se tratava de um quarto de hospital, os outros sentidos de Rogers foram aflorando, ele parou para ouvir o que tinha em volta, ele olhou para a mesinha ao lado e o rádio narrava um jogo de basebol.

Steve ficou duas horas ouvindo o rádio, ao terminar o jogo, começou a tocar músicas da época, ele pôde ouvir um apito fino e o jogo reiniciou, narrando exatamente os mesmos acontecimentos de antes. Steve franziu a testa e se sentou mais para a beira da cama.

F: Droga! Quem está encarregado da programação do maldito rádio?

Fury, Coulson e Hill o observavam através do espelho. Para Steve que estava dentro do quarto, era espelho, mas para Coulson, Fury e Hill era como um vidro. Fury não sabia, mas a acústica do quarto não estava ativada, então Steve ouviu ele falando. Steve olhou na direção do espelho, se levantou e ficou observando.

C: Senhor... Eu acho que...

F: Shhh...

Steve virou o rosto na direção do ouvido e se aproximou lentamente.

Fury colocou o dedo na boca, indicando para fazer silêncio, mas infelizmente um grupo de agentes passou por eles, conversando e rindo. Steve agora estava mais desconfiado, ele socou o espelho com força e sua mão atravessou facilmente, agarrando o pescoço de Hill. Fury usou o cotovelo para golpear o pulso de Steve, mas parecia não ter efeito. Hill tossiu e ficou com o rosto vermelho, quase roxo, ela não conseguia respirar.

Steve soltou o pescoço de Hill, quando o vidro quebrou todo e ele viu que era uma mulher. Ele ficou surpreso e olhou para Fury e Coulson e toda aquela instalação ultra moderna. Fury assoviou e os agentes vieram cercar o cenário. Steve ficou furioso, acho que era algum experimento da HIDRA ou coisa do tipo, ele socou e quebrou todo o cenário.

F: Não atirem. Precisamos dele viv...

Steve socou a cara de Fury e parou quando ouviu barulho de arma sendo engatilhada próximo a cabeça dele. Steve soltou Fury e ergueu as mão no ar, em sinal de rendição.

Coulson estava estatelado na parede, com um sorriso idiota na cara, não conseguia acreditar. Ele estava com inveja de Fury e Hill que apanharam do Capitão, era tudo que ele queria agora.

- Capitão, mãos aonde eu posso ver.

Steve ainda estava com as mãos no ar e se virou lentamente.

- No chão! No chão, Capitão!

Steve deu um pequeno sorriso, rapidamente abaixou a mão, segurou a arma do agente e a ergueu fazendo a arma atingir a cara do agente. O agente caiu desmaiado. Outros agentes vieram pra cima de Steve e ele atirou em dois, mas logo o seguraram por trás, o fazendo soltar a arma.

Steve parecia dominado, mas ele facilmente ergueu os guardas com os braços e os girou no ar, os jogando com toda força contra o chão. Steve correu até os próximos guardas, que tentaram disparar armas não letais contra Steve, mas ele não parou, correu e os derrubou como pinos de boliche.

Fury apertou o dispositivo no ouvido, que ativava os comandos para todos os agentes.

F: Plano B.

Steve derrubou todos os agentes e viu um corredor livre para poder escapar, ele não pensou duas vezes, correu pelo corredor e pôde avistar uma grande janela de vidro, ele iria atravessar aquela janela, não importa que andar ele esteja, ele não será refém!

Steve parou há cinco metros da janela, ele achou ter ouvido algo. Steve olhou para trás e ninguém o estava seguindo, quando ele tornou a olhar pra frente, viu um vulto descer do teto e se agachar no chão.

Steve notou o cabelo vermelho chamativo da agente que estava na frente dele, ela ficou de pé e o encarou.

- Olá, soldado!

Steve olhou pra trás novamente, ao ver um grupo bem maior de agentes correndo na direção dele, armados. Steve se virou pronto pra lutar, uma mulher não seria páreo pra ele, mais fácil ele lidar com todos esses homens antes. Steve respirou fundo e os olhou com raiva, ele ergueu o pé para correr na direção dele, mas todo seu corpo foi paralisado.

Steve não sabia o que estava acontecendo ou o motivo de todo seu corpo estar tremendo. Ele sentiu algo gelado, irradiando uma onda elétrica pelo corpo dele, ele colocou a mão nas costas e retirou um disco, ele olhou pra trás e a agente lançou outro disco, diretamente na cabeça dele, ele caiu no chão imediatamente e se tremeu mais do que antes.

Steve não conseguia mais se mexer, apenas sentia dor no corpo e principalmente na cabeça. A mulher se aproximou dele e o olhou nos olhos bem de pertinho, ela mascava um chiclete, fez uma grande bolha de goma, estourou e sorriu discretamente. Steve perdeu a consciência.

F: Romanoff!

H: Você o matou.

C: Não!

F: Era só para conter ele.

N: Foi o que fiz.

Coulson checou a pulsação de Steve.

C: Ele está vivo. Levem ele pra enfermaria,

Natasha ergueu os ombros, fazendo pouco caso.

Os agentes se aproximaram e pegaram o corpo de Steve.

F: Ficou louca?

N: Coulson vive dizendo que ele é super forte, que ele é diferente. Estou testando.

F: Tentando mata-lo?

N: Se tivesse morrido, já saberíamos que foi uma perda total de tempo esperar ele acordar.

Natasha caminhou pelo corredor.

F: Aonde você vai?

N: Trabalhar.

Before Memories - Romanogers FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora