o cemitério

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heyheyhey! essa fanfic foi feita com base no conto de mesmo nome, escrito por lygia fagundes telles. obviamente eu mudei coisas relacionadas ao conto original, e eu recomendo (muito mesmo) que vcs leiam o conto original e os outros contos da lygia, pq olha, que mulher!!!

atenção: essa fanfic fala sobre suicídio e insanidade. se isso te deixa desconfortável, recomendo não ler.

espero que gostem! boa leitura, anjinhos

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Parou o carro na rua debaixo. Nenhum carro deveria ser capaz de subir aquilo. O de olhos azuis subiu a rua esburacada, tomando muito cuidado para não cair. Encontrou o mecânico em frente a um muro com a tinta descascada, mostrando partes dos tijolos. O de olhos castanhos sorriu, um sorriso entre a malícia e a inocência.

— Senti sua falta, Ste.

O sorriso insano de Stark não abandonava o rosto do mesmo. Flashes de loucura passaram por seus olhos. Steve Rogers estava mais preocupado em olhar em volta do que perceber que aquela era a maior burrada de sua vida.

— Tanto faz. Não poderia ter escolhido um lugar melhorzinho pra um último encontro?

Desdenhou do outro. Steve já começara a sentir os calafrios se espalhando pelo corpo.

— Você sabe, nós sempre gostamos do sol. Aqui tem o melhor pôr do sol que já vi. Bem aqui, onde estão minhas raízes.

— Francamente, Stark. Um cemitério? E eu achava que não tinha como você ficar pior. Se eu quisesse ver a droga do pôr do sol, iria para uma montanha, uma praia. Não para um cemitério!

O mais novo estava nervoso. Não admitiria nunca para Tony que estava com medo, não era um homem que dava o braço a torcer facilmente.

— Você sabe, não podemos correr o risco de seus pais, amigos ou sua namoradinha nos ver juntos. Imagina se ela dá um ataque? Um dos motivos de amar ser gay é que não preciso aguentar chiliques femininos.

— Ela não dá ataques. Só é ciumenta, igual eu sou com ela. Respeite minha noiva, Styles. Foi só pra isso que me chamou aqui?

O mais velho encarou os olhos azuis de Steve. Aquele par de tanzanitas* sempre foi a parte que mais encantava o mesmo. Mesmo depois de tantos meses sem vê-los ainda conseguia sentir a mesma excitação que sentia ao encará-los quando namoravam. Tony sorriu, ignorando a carranca de Steve.

— Vamos entrar, Ste. Logo, você verá que não estou errado sobre o pôr do sol.

Stark empurrou as barras de metal escuro enferrujado que compunham o portão. O barulho provocado pela abertura só causou mais arrepios em Steve. Tony entrou, com o outro atrás. Novamente o barulho foi ouvido, Tony fechou o portão.

Olhando em volta, o local parecia um cenário de um filme de terror. Estátuas de anjos destruídas pelo tempo, lápides, fotos antigas e amareladas. Árvores que faziam uma sombra escura no caminho, que era cheio de plantas mortas, secas e contorcidas. Vez ou outra, era possível ver ratos correndo de um lado para o outro. Steve tremeu.

— Porra, Stark. Vamos embora daqui. Se você quer conversar, vamos em algum restaurante, lanchonete, ou, pelo menos, em algum lugar mais bem cuidado. Se o problema for dinheiro, pode deixar, eu pago. - Ironizou para o bilionário.

— Com medo, Steve?

O mais novo nunca assumiria. Fez sua melhor cara de bravo e encarou o bilionário, que o olhava.

— Psst, claro que não. Só que... Esse não me parece um bom lugar para se ter uma conversa. Veja só, quanta sujeira, quantos ratos! Se formos rápido, podemos chegar à praia a tempo do pôr do sol. Além do mais, quem garante que não haverá algum enterro enquanto estivermos aqui? Cruzes, eu odeio enterros, você sabe. Não gosto do clima de tristeza presente nessas ocasiões.

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⏰ Última atualização: May 30, 2019 ⏰

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