CAPITULO 1-Sacrifices We Make

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"Você tem certeza que quer fazer isso?"

Minha assexuada melhor amiga me perguntou pelo que parecia ser a milionésima vez desde que eu atravessei as portas da boate onde ela trabalha - e jogava - a vagabunda. Dez era a minha rocha. Ela me segurou quando a vida ficou muito séria, e era mais que sério o momento. Dez é abreviação para Desdêmona, que traduzido livremente significa "do diabo". Ela mudou seu nome no dia em que completou dezoito anos, só porque seus pais se recusaram a deixá-la fazer isso antes. Sério, seus pais haviam chamando-a Princess

quando ela nasceu, mas se alguém lhe tentasse chamar assim, era uma briga de bar feita. Dez, era loucamente bonita, o tipo de gata peituda que você lê sobre em todos os romances: alta, cabelo preto sedoso, figura de ampulheta, pernas que vão por dias, e o rosto de uma deusa. O único problema era que ela se comportava como uma mina de motociclista. Ela também gostava de experimentar todos os modelos. Como eu disse, vagabunda.

Mas eu a amava como se fosse minha própria carne e sangue. E considerando o que eu estava disposta a fazer para a minha carne e sangue, isso diz muito.

"Não, eu não tenho certeza. Dez, mas tenho que fazer. Então pare de me perguntar antes de me fazer mudar de ideia e eu sair correndo daqui, como um gato medroso que (nós) duas sabemos que eu realmente sou". Eu respondi para ela.

"E você está realmente disposta a desistir de seu V-card. Com um completo estranho?

Sem o romance?

Sem vinho, sem jantar, sem 69?" Seu incessante questionamento irritou até meu último nervo, mas eu sabia que era porque ela me amava e queria ter certeza de que eu tinha considerado tudo. Tínhamos ido sobre todos os prós e contras com um pente de dentes finos, e eu realmente não acho que tínhamos perdido nada. Mas a parte do 'estranho' era o que me preocupava mais.

"Em troca da vida da minha mãe? Num piscar de olhos". Eu disse enquanto a seguia pelo corredor escuro que levava as profundezas da Foreplay, o clube onde ela trabalhava.

Foreplay: Era aí que minha vida mudaria. Era o ponto de não retorno. Minha mãe, Faye, estava em estado terminal. Ela sempre teve um coração fraco, e tinha progressivamente piorado ao longo dos anos. Ela quase morreu ao dar à luz a mim, mas tinha conseguido voltar disso e inúmeras outras operações e procedimentos. Não houve retorno agora. Sua luz estava desaparecendo inteiramente demasiado rápido. Ela estava tão fraca e frágil nesta fase que ela estava de cama, mas não antes de estar dentro e fora dos hospitais tanto que meu pai, Mack, acabou perdendo o emprego. Ele se recusou a deixá-la sozinha em nome de ajudar alguma fábrica estúpida atender seus números de produção. Eu nunca o culpei por isso. Ela era sua esposa, e ele tomou o seu dever como marido muito a sério. Ela era sua para cuidar, assim como ela teria se importado com ele se os papéis fossem invertidos. Mas nenhum trabalho significava nenhum seguro de saúde. Também significava que fomos forçados a viver por conta das escassas economias que meu pai tinha conseguido arrumar nos seus anos dourados. Logo, acompra de seguro de saúde era um luxo meus pais não podiam pagar. Situação fantástica, não é? As coisas ficaram ainda pior. A doença de Faye tinha progredido ao ponto de que um transplante de coração era essencial para que ela continuasse viva. Esse pouco de notícia tinha tomado um estrago em todos nós, mas nenhum mais do que Mack. Eu vi meu pai dia após dia. Ele tinha perdido peso, a sua principal preocupação para a sua esposa ofuscando seu próprio cuidado. E os anéis escuros sob seus olhos vermelhos tornou óbvio que ele não estava tendo tanto sono como ele deveria ter também. Seja como for, ele sempre colocou uma cara de bravura para minha mãe. Ela tinha aceitado sua morte iminente, mas o meu pai... ele ainda tinha esperança. O problema era que sua esperança foi diminuindo. Ele estava matando sua própria alma para vê-la morrer um pouco mais a cada dia. Eu acho que uma parte dele foi com cada pedacinho dela. Eu tinha andado sobre ele uma noite depois que minha mãe tinha caído dormindo. Ele estava caído sobre a sua cadeira, a cabeça entre as mãos, ombros arfando de seus soluços desanimados.Ele não tinha a intenção que todos pudessem vê-lo dessa forma. Mas eu tinha. Nunca o tinha visto tão desanimado. Havia essa sensação incômoda puxando meu coração constantemente que me disse que quando minha mãe morresse, meu pai não estaria muito atrás. Ele literalmente choraria até a morte. Não havia nenhuma dúvida em minha mente.

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