SUMMER IN MIAMI - Fillie

the party can't stop

ೊ┊Millie's pov┊ೊ

- Filha, sua carona tá esperando!!!

- SÓ UM SEGUNDO, EU JÁ ESTOU DESCENDO. - Disse pegando minha bolsa de mão.

Lilia, Sadie e Maddie vieram me buscar para irmos para a festa que Sophia está dando para celebrar o último dia de aula. Desço as escadas com certa pressa, mas com o salto que Maddie me emprestou, tropeço descendo dois degraus de uma vez.

- Meu. Deus. - falei pausadamente segurando o coração dentro do peito. Nem cheguei na festa e já estou com o pé torcido. Azar.

- Tchau mãe.

- Volte até às 1h

Fui até o carro me recuperando aos poucos do tropeço. Lilia já tinha aberto a porta pra mim.

- Olá meninas.

- Hey Millie! - Maddie disse, enquanto ligava o carro. Lilia e Sadie me comprimentaram com um beijo na bochecha.

- Maddie, seu salto é muito alto, eu tropecei na escada.

- É o mais baixo que eu tenho Millie. - Pelo retrovisor, vi seus olhos azuis e suas maçãs mais acima indicando que ela estava sorrindo.

- Mas está tudo bem? - Sadie perguntou, ela era a mais preocupada comigo para qualquer coisa.

- Estou, só está um pouco dolorido.

Depois de uns vinte minutos chegamos à casa de Sophia. A casa dela era realmente grande, com um jardim enorme cheio de adolescentes com bebidas e alguns com drogas, movendo o corpo pra lá e pra cá ou então agarrado à um segundo corpo. Ia em muitas festas junto de minhas amigas, mas não bebia muito, só um pouco.

Eu e Sadie esperávamos na entrada, enquanto Maddie estacionava o carro, Lilia já tinha entrado. Vi Jacob chegar, arrumei meu vestido tirando qualquer amassado.

Jacob é meu amigo de infância, ou melhor, era. Conheci ele logo quando me mudei aos 7 anos, ele passava na minha rua para ir a escola e minha mãe via o pequeno indo a pé à escola, então já que estudávamos juntos ela optou em dar carona para ele, assim ficamos melhores amigos. Me apaixonei por ele aos meus 14 anos, afinal, ele era super legal e lindo, mas ele tinha arranjado uma namorada, e isso afastou muito a gente, pois ele vivia saindo com ela, algumas. Na minha festa de 16 ele confessou que era apaixonado por mim, mas pediu paciência pois sua namorada tinha acabado de perder o primo e não queria deprimí-la mais com um termino. Acontece que mesmo depois desse termino ele continuou afastado de mim. Hoje em dia, aos quase 17 anos, ele só anda com os populares, ou melhor, ele não anda comigo. Calma, eu não sou a nerd, solitária, feia dos filmes que se apaixona pelo melhor amigo lindo, só sou a última parte, e também sou uma garota normal.

- MILLIE - Maddie me sacode. Acho que fiquei tempo de mais pensando na minha paixão por Jacob. - Temos que entrar, vamos!

Maddie me arrastou pelo braço sem dar tempo de eu falar algo.

[•••]

Todos tinham copos vermelhos na mão, com bebidas coloridas dentro. Eu tinha no copo, uma bebida azul que não tinha certeza, mas acho que era vodka de blueberry, já disse que não bebo muito. Enfim, eu estava sentada no sofá quase 15 minutos, e deduzi que aquele era o sofá da pegação, porque além de mim sentada alí, sempre tinha alguém se pegando ao meu lado. De saco cheio procurei alguém que conhecia, e consegui ver Noah com Grace e Gaten. Me levantei e fui até eles que pareciam bem felizes. Sim, eu sei que é por conta da bebida essa felicidade.

- Os três patetas tão aqui, ihuuul - falei com as mãos ao lado do rosto agitando as mesmas.

- Millie, você tava esperando alguém no sofá dos amassos? - Gaten disse rindo, exibindo os dentes tão brancos como pérolas.

- O que? Claro que não, só estava descansando um pouco, meu tornozelo tá doendo.

- Se você quiser posso chamar o Wolfhard! Você sabe, para ir no sofá com você- Noah arregalou os olhos com a empolgação, já eu fiquei confusa. Espera, ele nem se importou com meu tornozelo! Meu melhor amigo!

- Quem é "Wolfhard"? - perguntei fazendo aspas com os dedos.

- Aquele ali babando por você. - Noah apontou atrás de mim, onde estava o garoto que tinha cachos escuros, e logo quando fizemos contato visual, e ele percebeu que eu tinha percebido que ele me olhava,abriu a boca um pouco assustado e virou o rosto. Pude ver sua língua azul por conta da iluminação do celular do garoto ao seu lado, deduzindo que ele bebia o mesmo que eu, e sim, ele estava babando com Noah disse. Tá legal, to sendo convencida, era só um pouco do líquido azul escorrendo no canto de seus lábios ressecados, por conta da bebida que ele ingeria.

Eu o conhecia, ele era da minha aula de artes e também de literatura. Nas duas aulas aulas, eu juro por Deus, eu me sentia observada e quando olhava em volta, ele estava me olhando. Pois é, acho que alguém gosta de mim.

- Agora ela ficou hipnotizada pelo babão - Ouvi a voz doce de Grace se pronunciando pela primeira vez aquela noite. Me virei revirando os olhos.

- Na verdade ele fica me olhando na aula de literatura e artes também.

- Não se esqueça do intervalo. - Noah fala e dá uma risada nasal.

- Sério? Eu não tinha percebido. - falo pois não tinha mesmo.

- Sempre que ele tá perto de você ele fica te encarando. Uma pena que não toma coragem pra falar com você. - Penso um pouco.

- Isso não é verdade

- OI?

- Uma vez ele chegou em mim, eu tinha feito as relíquias da morte na aula de artes e ele disse "Oi, você assiste Harry Potter? Eu fiz um desenho da Hermione" - Ou melhor, eu entendi que ele queria dizer isso porque ele ficou gaguejando a frase toda.

- Nossa, eu não esperava - Gaten disse apoiando a cabeça no ombro de Noah

[•••]

Eu não aguento mais, quero tirar meu salto. Meu salto vírgula, da Maddie. Tiro eles e vou em direção a cozinha atrás de gelo.

- AE GALERA, VERDADE OU DESAFIO... QUEM TOPA? - Um garoto gritou. Várias pessoas foram para a sala onde algumas pessoas sentavam e outras observavam, por isso, algumas pessoas saíram da frente e eu vi.

PUTA MERDA

AH NÃO

ISSO NÃO ESTÁ ACONTECENDO

O Jacob tá com a língua na garganta da Loren. DA LOREN. O JACOB. OS DOIS. AOS BEIJOS.

Loren, a garota do rosto perfeito e agora percebi que talaríca.

Eu e Loren éramos melhores amigas à três anos atrás, e os 2 meninos que gostava ela pegou na minha frente, na cara dura. Eu perdoava claro, mas ela não almoçava comigo, e sim com os populares (sim, a mesma coisa de novo, azar), me tratava mal na frente dos outros, então preferi me distanciar.

O gelo em minha mão quebrou por conta da raiva. Sequei as mãos em um pano de prato e fui a passos fortes até a sala. Okay, não tão forte, meu pé e meu tornozelo ainda estava doendo.

- Eu posso entrar?

- Já fizemos duas rodadas, mas claro. - um garoto de pele negra respondeu

- Ótimo!