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Naquele dia criamos uma amizade, você era tudo para mim já no primeiro momento.
As vezes eu tinha até um ciúmes possessivo de você, o que sempre te fazia rir e bagunçar meus cabelos dizendo a frase: "o lugar especial no meu coração sempre será seu".
Aquilo era tão meloso, e admito que talvez eu tenha tido mais crises de ciúmes e birras apenas para ti ouvir dizendo isso.
Era um eu te amo implícito. Era no que eu podia me agarrar e sonhar, você era aquela pessoa especial, o príncipe do cavalo branco com que todos sonham e... Estava bem ao meu lado, eu só queria poder te tocar mais, algo além de abraços.
Seus beijos talvez...
E numa noite fria de inverno, nosso primeiro Natal juntos, foi que eu cheguei bem perto do paraíso.
Passamos a noite entre brincadeiras, risadas e alguns copos de vinho.
Algumas fotos com poses estranhas e que certamente só serviriam para dar risada algum dia.
E então eu senti seus lábios nos meus, eu senti o doce do vinho misturado ao seu hálito, eu senti meu corpo mais leve ao ter sua língua na minha boca, podia jurar que Deus tinha me chamado mais cedo.
Então você me olhou e sorriu, coçou a nuca e correu para fora do meu apartamento com alguma desculpa.
Eu tive que me apegar a desculpas estúpidas como "ele estava bêbado, não sabia o que estava fazendo", "ele não fala mais comigo porque está constrangido", "ele ainda me ama, só não sabe como recomeçar nossa amizade".
