Boy caliente(hot) - Erick Brian

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Meu nome é Karine Gonçalves, tenho 21 anos e sou dona de um restaurante. Sou nova pra isso, né? Pois é. Meus pais antes de saírem pra um cruzeiro sem volta, passaram tudo o que eles tinham pro meu nome. E cá estou eu. Meus clientes são fiéis a mim e frequentam o restaurante todos os dias. Cada dia que passa, aumenta mais a quantidade de pessoas nele. Preciso de um garçom pra me ajudar. Pedi ao meu amigo Pablo pra fazer um anúncio de emprego pra mim.

- Pablito meu amor, preciso de um favor seu.

- Fala gata.

- Quero que você faça um anúncio de emprego e espalhe pela cidade. Preciso de um garçom. Não precisa ter experiência, porque eu ensino. Cê faz pra mim? - fiz cara de pidona.

- Claro amor. O que você não pede chorando, que eu não faça sorrindo? Mas aqui, você quer um garçom mesmo ou um boy magia pra você levar pra casa? - riu.

- Ah para, né? Cê tá vendo meu sufoco aqui todo dia e fica de gracinha...? Mas se ele for gostoso, eu posso levar pra casa. - a gente riu.

- Eu sabia. Você não tem jeito, bebê.

- É. Eu sei. Agora vai, que eu preciso disso de preferência pra hoje. Aproveita que ainda tá cedo. Quem sabe o guri já não começa hoje mesmo!?

- Tá bom chefinha! - ele virou, jogou os cabelos e olhou pra mim.

- É pirua mesmo, né? Ele bateu na própria bunda e foi rebolando pro fundo do restaurante, onde eu mandei fazer um pequeno escritório. Só pra fazer um balanço das coisas que precisa aqui, aqui mesmo, pra não ter que levar pra casa.

O Pablo fez tudo no computador e me mostrou. Tava ótimo. Então ele saiu pra espalhar. Ele é meus dois braços aqui no restaurante. Me ajuda muito.

Eu fui lá pra dentro da cozinha, dar uma arrumada lá, quando escutei o Pablo me gritando. Voltei correndo achando que tinha acontecido alguma coisa. Mas não... eu já deveria ter me acostumado com isso. Ele é escandaloso de natureza.

- Chefinha, olha quem eu encontrei na rua. Eu tava colando o anúncio num poste e ele veio ver o que era. Aí eu disse que você tava precisando de alguém aqui. Ele disse que precisava de um emprego. Aí eu trouxe ele de uma vez. Tem problema?

- Não. Tem não. Leva ele lá no escritório, por favor, que eu já tô indo lá.

- Tá bom. Vem gato! - chamou ele e pegou em sua mão. Eu ri. Logo depois ele voltou virando os olhos.

- Menina, que par de olhos que ele tem! - se abanou.

- Para de sem-vergonheira, que tu tem um em casa. Gulosa!

- Ai gente, mas esse aí é tudo de bom. Eu já tô chorando e não é nem pelo olho. Senhor...

Eu ri e bati nele com um pano.

- Vai trabalhar safada! Ele deu um gritinho e saiu.

Me ajeitei e fui no escritório. Ele me esperava sentando na cadeira. Passava a mão na perna, parecia nervoso. Me sentei de frente pra ele. Realmente tinha olhos lindos.

- Então... - fiquei olhando pra ele, esperando que me dissesse seu nome.

- Ahm... Erick. Meu nome é Erick. - nome combina perfeitamente com os olhos.

- Erick. Eu sou Karine e como você já deve saber, eu sou a dona do restaurante.

- Ele é muito bonito por sinal. Muito bem organizado e limpo.

- Ah... obrigada! - creio que tenho ficado vermelha.

- Então, você tem alguma experiência no ramo?

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