Sofia knows

249 15 0
                                    

NOW

As pessoas estavam reunidas na praia para se despedir de Donna, Sam e algumas pessoas que deixavam a ilha depois da festa. Os amigos de Sky ajudavam a carregar as malas nos barcos que levariam todos a ilha principal onde ficava o aeroporto.

- Tem certeza de que você vai ficar bem? - Donna perguntou a Tanya, que se disponibilizou para tomar conta da ilha enquanto a amiga viajava.

- Claro, querida, eu estou merecendo umas férias por algum tempo já. Então vou aproveitar esse seu paraíso e vocês aproveitem a cidade. - As mãos estavam dadas.

- Tudo bem.

- E eu estou de saída para o oceano! - Rosie anunciou chegando perto das das duas.

- Ah, é mesmo, exploradora? - Tanya cruzou os braços curiosa.

- Sim. Bill e eu vamos velejar. - Sorriu satisfeita. Apenas Tanya sabia de sua paixão secreta por tantos anos.

- Viu? As coisas estão até se encaixando. - Disse a divorciada na tentativa de fazer Donna relaxar.

- Alright! - Abraçaram-se as três e tomaram caminho para chegar mais perto do barco.

- Ah! Só vou te avisar que tem um fotógrafo, amigo meu, que fará uma viagem para Grécia. Logo. E ele vai trazer uma câmera. - Tanya piscou de leve.

- Só não quebre minha cama.

- E não o assuste com os donkey testicles. - Rosie acrescentou fazendo as duas gargalharem.

- Ah, cala a boca! Estou tentando dizer que ele vai tirar umas fotos daqui para que eu possa fazer propaganda para os meus amigos ricos. Vou popular você, garota! - Donna hesitou.

- Você não precisa...

- Era pra ser uma surpresa, né, mas você odeia surpresas...

- Eu agradeço, sério. - Ela segurou as mãos da amiga enquanto Rosie a tomava com um dos braços.

- Donna, hmm... você tem certeza de que isso vai funcionar? - Tanya procurou as palavras com o maior cuidado que conseguiu indicando Sam com o dedo. Esperou pela pior reação possível.

- Por quê? - Questionou parecendo mais confusa do que realmente estava. Tinha consciência do histórico de Sam com as amigas.

- Porque eu já te vi totalmente partida por causa dele. Eu nunca mais quero ter que te ver daquele jeito. - Donna pousou os olhos sobre Sam por alguns segundos e só foi capaz de sorrir. As duas viam o quão realizada e feliz ela estava. Era como se o anos 80 fossem pausados e tempo nenhum tivesse passado: o mesmo sentimento, a mesma carga emocional.

- Nós nos amamos a vida inteira. Tem que dar certo. - Donna deu de ombros e suspirou, não cansada, mas esperançosa.

- Bom, eu concordo com ela. - Rosie sorriu balançando a cabeça para o lado de Donna.

- Ótimo. Vocês duas vão. - Ela disse estendendo a mão direita no meio delas.

- Dynamos! Dynamite! Sleep all day and *whoop* all night!

THEN

- Hey, Sofia. - Donna apressou-se para dentro do bar de Lazaros onde a mãe trabalhava.

- Oi, querida. - Sofia secava alguns copos e organizava o armário. A loura sentou-se no bar acompanhada de um caderninho com anotações e rabiscos.

- Estou pensando em começar a arrumar o local. - Ela mantinha os olhos baixos e batia repetidamente o lápis nos lábios.

- E quais são seus planos?

- Certo, eu não vou demolir nada, estava pensando em subir algumas paredes para ganharmos espaço para os quartos e para que a gente possa chamar de hotel. - Gesticulava e apontava e fazia movimentos animada. - Os móveis pensamos mais para frente e quanto a decoração posso juntar algumas peças com o pessoal da ilha, coisas que eles não usam mais ou como forma de contribuição para nosso pequeno projeto.

- Villa Donna. - Sofia olhou para o horizonte imaginando.

- Com o meu nome?

- Claro! Apenas ao olhar para você as pessoas já querem ficar na aqui.

- Ah, Sofia... - Sorriu sem jeito.

- O que você precisa?

- Um trabalho. Alguma mão de obra masculina. Um banho frio. E uma agenda. Por enquanto...

- Essas coisas eu consigo arranjar para... - Sofia foi interrompida pela jovem, que saiu correndo para o banheiro mais próximo. Aquilo talvez confirmasse suas suspeitas. - Mamma mia... - Ela murmurou baixo em sua língua nativa. Donna retornou pálida. - Então você precisa de mão de obra masculina porque...

- Sim, eu acho que sim.

- É o melhor a se fazer.

Donna's journal.

"Sofia knows I'm pregnant. Quer dizer, eu senti que ela acha que sim, então se ela acha que sim, eu também acho que sim. É que eu confio muito nela. E tenho certeza de que ela vai cuidar de mim e da menininha aqui. Ou menininho.

Sabe, estive pensando na Ruby. Eu não sei, mas acho que deveria visitá-la. Avisar que estou viva... Afinal, acho que um netinho a derreteria um pouco, né? De qualquer jeito eu deveria ir atrás dela. Atrás de mim é que ela não vai vir...

Bom, acho que vou esperar alguns meses, porque quem sabe no momento em que ela vir a barriga não precise de explicação, talvez ela só surte. Se vai ser de alegria ou de vergonha eu vou ter que descobrir sozinha."

Now and thenOnde histórias criam vida. Descubra agora