A proposta -shawmila-

Dançarino exótico

Shawn suspirou ao ver Camila saindo e foi na direção contrária, seu pai estava jogando golfe, a casa deles era em uma ilha pequena dentro de outra ilha, logo, é cercada por água, coisa que Camila odiava, ela morre de cair no rio porque ela não sabe nadar.

– Queria falar comigo?

– A sua mãe achou essas bolas de golfe ecológicas que dissolvem na água. – Manuel acertou a bola com o taco e ela voou em direção ao pedacinho de terra que estava a 100 metros de distância, onde se encontrava o buraco em que a bola deveria cair –Não sei como ela consegue essas coisas.

Shawn apenas continuou olhando para seu pai, o rapaz estava com as mãos no bolso do casaco e uma cara de cansaço.

– Bem... Ela está um pouco brava comigo. Pelo visto eu não fui o mais simpático dos anfitriões ontem. Foi um pouco chocante descobrir que você ia se casar, principalmente porque ninguém sabia que você estava namorando. A questão é que, eu te devo desculpas. – Manuel estendeu a mão em direção ao filho.

– Aceitas. – Shawn pegou a mão do pai e apenas deu um aperto não muito forte, depois voltou a colocar as mãos no bolso do casaco.

– Tem mais uma coisa. Andei vendo meus planos de aposentadoria. – Shawn pegou um dos tacos, decidiu que também iria jogar. – Eu já fiz muita coisa nessa vida, quase do nada construí um império com sua mãe, mas isso não significa nada a não ser que...

– A não ser que tenha para quem deixar. – Shawn colocou o taco atrás do pescoço e o segurou com uma mão de cada lado e seu humor que estava começando a melhorar voltou para estaca zero. – Já discutimos isso.

– É, mas precisamos discutir de novo. – Manuel levantou o tom de voz. – Você tem responsabilidades aqui. Eu já fui muito compreensivo sobre essa perda de tempo em Nova York. Eu quero que você pare de brincar e comece a fazer o certo.

– Lá vem você de novo com essa história. Quando vai levar a sério o que eu faço?

– Quando começar a agir seriamente.

– Desculpe. Eu sinto pena de você, pai. De verdade, queria que tivesse outro filho. Um que quisesse ficar aqui e assumir os negócios da família, que quisesse se casar com alguém que você aprovasse, mas esse alguém não sou eu. Pode parecer estranho minha vida em NY sentado em um escritório, lendo livros. Mas é isso que me faz feliz, você entende?

– Já que é isso que te faz feliz, filho, não tenho nada a dizer.

– Tá bom. Quer saber? Não aceito suas desculpas. Divirta-se com seu golfe. – Shawn jogou o taco na grama e saiu, Manuel apenas suspirou frustrado e tentou voltar para seu jogo.

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– Não poderiamos ter deixado ela em casa. Você precisava ver isso. – Vovó falou empolgada.

- Ela vai adorar isso aqui. - Hailey falou igualmente animada.

Karen, vovó e Hailey haviam levado Camila para um bar em que elas costumavam ir no fim de semana.

– Eu espero que esteja pronta para sua surpresa, porque esse é um dos maiores tesouros de stika. – Karen falou animada.

– Ah... ok. – Camila falou sem entender muito, apenas as seguiu e sentou com elas em uma mesa.

A luz apagou e o local ficou completamente escuro, até que um refletor se voltou para um canto específico onde tinha uma cortina e uma corda na frente. Alguém abriu a cortina e é para surpresa de Camila foi um dos garçons da festa da vovó. Ela fez uma cara estranha pois o rapaz desceu pela corda e ele não era o padrão de gogoboy. O latino que certamente era do tamanho de Camila ou até menor era um pouco barrigudo e nada sexy. Ele foi até o centro do palco após balançar na corda e a música que havia começado a tocar na hora em que o refletor foi aceso ficou ainda mais alta.