Capítulo 04

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Vendo aqueles dois mascarados no meu campo de visão,só pensei em uma coisa

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Vendo aqueles dois mascarados no meu campo de visão,só pensei em uma coisa. Perigo.


AMELIA

Um mascarado parte para cima de mim com um taco de madeira. Viro-me de lado e lhe transfiro um chute em seu peito, mas o próprio sem se importar com a dor, me puxa pela perna e me dá um soco na boca do estômago.

Enquanto eu tento me recompor depois daquela pancada, o outro mascarado vem para cima apontando seu taco de madeira em direção a minha cabeça, mas antes de me acertar, agacho-me rolando para o lado.

Começo a lutar com os dois ao mesmo tempo. Pego um deles e dou-lhe um soco perto de seu maxilar, onde o mesmo perder a compostura, e através dessa brecha, dou-lhe ma rasteira, deixando-o no chão. Já o outro me puxa pelo braço e eu avanço para frente em rumo ao mesmo com toda minha força e dou-lhe uma porrada direcionada ao nariz e sinto o osso se deslocar.

Diante daquela situação, não reparei que o cansaço já me consumia de forma absurda, com uma respiração totalmente pesada e ofegante.

Com a respiração desregular, reparo no homem com nariz sangrando vindo em minha direção junto com o outro, e ali se vai mais um tempo de trocação de chutes e socos.

Já não aguentando mais, começo a perder a minha consciência e força,os adversário percebem minha fraqueza, aproveitando-se para me jogar no chão e transferir socos e chutes com muito furor, sentindo uma grande pontada em minhas costelas.

Rapidamente minha visão começa a escurecer diante de tanto cansaço e dor, mas antes de desfalecer totalmente, fixo meu olhar em um homem que me olhava com preocupação e raiva, fazendo-me vibrar. Seus olhos estavam cheios de raiva e ódio, algo que eu nunca tinha visto em qualquer ser-humano. O homem estava com sua visão direcionada aos mascarados, que logo após isso, vejo-o correr até eles, e antes de eu perceber o que aconteceu, acabo perdendo os meus  sentidos.

Aos fundos, escuto uma voz conhecida por mim junto aos bipes de máquinas.

Acordo aos poucos e foco minha visão na sala que eu me encontrava. Rondando a sala com o olhar, paro o mesmo e fixo em um homem que estava de costas para mim,que aparentemente conversava com uma moça de jaleco branco.

Fecho os olhos e pigarreio, chamando a atenção do homem.

Quando ele se vira, não era,nada mais e nada menos de que Pitter, meu ajudante junto com a moça de jaleco,onde a mesma solta um suspiro aliviada por me ver acordada.

Pitter vem em minha direção meio que de imediato, segurando a minha mão, ele pergunta.

— Você está bem? Sente dor em algum lugar? — diz um pouco preocupado.

Diante dessas palavras, paro para me observar. Eu estava um caco. Minha mão estava enfaixada igual à parte torácica do meu corpo, então concluo que eu havia quebrado alguma costela.

Tento me sentar na cama, com muito esforço e com ajuda de Pitter, eu consigo.

— Estou bem, só sinto algumas pontadas, mas tirando isso, estou ótima. — digo suspirando.

— O que houve? Quando cheguei, você já estava no chão com machucados. — diz Pitter com dúvidas.

— É uma longa história — fiz uma pausa e Pitter me olhou com atenção — Quando coloquei meus pés fora da sala, recebi uma mensagem em anônimo dizendo que estaria á minha espera no beco que tem atrás do prédio. Quando li, hesitei um pouco,perguntando-me se eu deveria ir sozinha ou não, mas fui burra e acabei indo.

— Prossiga

— Chegando no local marcado, fui adentrando ao beco, e quando fui perceber, tinha dois mascarados pulando em cima de mim. Então começou uma troca de socos, machuquei os dois algumas vezes, entretanto, eu não estava com força suficiente para lutar contra os dois. Logo jogam-me no chão e começam a me espancar, até eu ver você na minha frente, e então apaguei. — digo lembrando da cena.

— E porquê você foi sozinha sabendo que tinha um risco? Se não fosse por mim, você teria morrido.

— Fui ingênua e acabei me arriscando, mas obrigada por me salvar, Pitter. — digo dando enfase em seu nome.

Após minha frase, um silêncio instalado no ar do cômodo, decido mirar seus olhos. Eu não tinha reparado antes, mas ele possuía cílios grandes e uma linda esmeralda em suas pupilas. Meu olhar foi abaixando, percebendo seu nariz delicado e logo caiu sobre sua boca. Ela tinha um formato médio, com uma textura que a deixava rosada. Naquele momento, senti-me com um desejo imenso de toca-lo, e se assim fez.

Coloco minhas duas mãos em seu rosto e ele repete o mesmo ato, aproximando seus lábios lindos aos meus. Faltando centímetros para ter o encosto de lábios com lábios, alguém abre a porta com brutalidade chamando meu nome, fazendo-nos se soltar com rapidez.

Voltando aos devaneios, minha bochecha rapidamente se ruboriza em um tom avermelhado com o que estava prestes de acontecer antes do interrompimento.

Retiro meu olhar do seu,encarando a porta. Meus irmãos estavam ali, junto com suas amadas, e não estavam com olhares bondosos.


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