♡ Imagine Taehyung - The Neighbor ♡

Capítulo 01

Notas da autora: Para toda história, imagine que se passa na Coréia do Sul, (S/n) nasceu na Coreia do Sul. Só seu nome que é brasileiro, mas a gente finge que é coreano e enfia um "Lee" no sobrenome. É como se toda a escrita portuguesa dessa história estivesse em Coreano.

–Mãããeee! -Gritei do meu quarto na esperança da minha mãe ouvir. Chamei mais uma vez. –Mããe! Viu que chegaram vizinhos novos aí na frente? A gente vai levar bolo pra eles?

–(S/n) eu não ouvi nada, desce aqui!

  Desci as escadas escutando música, pausei-a e repeti. –Mãe. Já olhou a janela? Tem gente nova na casa à frente!

–Tem? –Limpando as mãos em um pano de prato e caminhando até a janela próxima a pia, minha mãe observou os vizinhos tirando vários móveis do caminhão de mudança. –É verdade. O que você acha, aprontamos as boas vindas?

–Claro! 

  Moro no mesmo bairro desde criança. Eu, minha mãe e meu pai nos mudamos pra cá assim que descobrimos a gravidez da minha mãe, que nos fez comprar uma casa que coubessem quatro pessoas, incluindo é claro, um quarto de hóspedes. Assim que chegamos a nossa casa nova, fomos recebidos por bolos, doces e presentinhos de decoração pelos vizinhos. Óbvio que de início estranhamos essas práticas, mas pesquisando mais sobre o lugar, descobrimos que era uma pratica antiga dos moradores alí, com essas recepções seria bem mais fácil manter uma boa convivência. Desde então, nós seguimos a tradição do local, fazendo uma recepção agradável para nossos novos vizinhos e, dessa vez, não faríamos diferente. Eu e minha mãe fizemos um bolo e alguns doces com a "ajuda" de minha irmã mais nova. 

–Ahra! Para de comer a massa! Eu vou te dar o que sobrar da mistura, agora me dá isso aqui! 

Lee Ahra, oito anos de idade e muito irritante, só quando estou perto. Esse é o perfil da minha irmã que, inicialmente torci para que fosse um garoto. Minhas preces não foram ouvidas, infelizmente.

***

  Depois de fazer o bolo e os doces, os colocamos em uma forma de plástico e decoramos com um laço, seguindo para casa dos nossos novos vizinhos que, a essa altura já haviam posto as coisas para dentro de casa. Estava escuro, eram quase oito horas.

Batemos na porta.

–Olá? Viemos dar as boas vindas! –Minha mãe disse batendo com uma das mãos na porta e a outra segurando a mão da minha irmã. Eu estava segurando o bolo cuidadosamente e meu pai, que chegara do trabalho fazia pouco tempo, estava logo atrás de nós. Esperamos um tempo até que a porta fosse aberta, quem abriu foi uma mulher branca, cabelos castanhos na altura dos ombros e uma boca fina que, com ela vinha acompanhado um sorriso lindo e delicado nos lábios.

–Olá! –Ela nos disse.– Acabamos de nos mudar, a casa está uma bagunça, mas entrem!

–Obrigado! –Meu pai respondeu a ela.

Ainda na porta, antes de entrar, nos apresentamos.

–Trouxemos esse bolo como boas vindas a vocês! Eu sou Geum-Hee e esse é meu marido, Keum-Hee. 

–Meu nome é Lee Ahra, tenho oito anos! Eu ajudei a fazer o bolo e comi toda a rapa direitinho!

–Oi Ahra! Por quê não entra? Tem alguém lá dentro que vai adorar te conhecer! –A moça mal terminou de falar e Ahra adentrou a casa tirando os sapatos e correndo para sabe-se lá onde.– E você moça, qual seu nome?

–Meu nome é (S/n). Prazer!

–Pode entrar também, sua irmã já tomou a frente –Ela sorriu.– Fiquem a vontade e não reparem na bagunça!