Capítulo 3

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Jungkook jogou a partida seguinte sem querer deixar barato mas ainda mexido com o que aconteceu. Como nem Jimin nem Jungkook estavam dispostos a perder ficou muito claro que o jogo era uma briga pessoal entre os irmãos. O jogo acabou empatado e cada um voltando pra suas salas.

A semana que se passou foi longa para Jungkook. Descolorante no seu shampoo, suas roupas brancas todas rosa depois de uma meia vermelha do Park ter acidentalmente ir parar na máquina, o pneu do seu carro furado, e quando foi usar a bicicleta, desmontada... Jimim sabia que estava pegando pesado. Mas ele devia isso a Jungkook, foram 3 anos suportando sua frieza calado, sendo submisso demais. Agora ele mostraria que não é só alguem que aceita o que lhe dão. Ele tinha direito de entrar no Steam tanto quanto os outros. Jungkook nem olhava para a cara do irmão mais. Sua raiva crescia cada vez mais e estava quase desistindo da ideia de não deixá-lo entrar. Que droga! Ele só queria protegê-lo. Durante todos esses anos fez o possível para o privar de tudo isso, sabia o quão inocente, delicado e frágil seu irmão era. E tudo estava indo bem, ele tinha aceitado seu afastamento. Porque ele inventou de mudar logo agora? Estavam tão perto de se formar, ele só precisava aguentar mais um pouco e depois ir a uma universidade longe. Ele não desistiria tão fácil. Jungkook se trancou no quarto se previnindo do irmão tentar algo enquanto ele dormia e arrumou a mala para a semana de treinamento com os novos integrantes do Steam. Depois se deitou, pronto pra dormir, mas algo o incomodou. Foi até a janela e viu nuvens se formando. Não era possível... ali  não chovia. Esse foi o motivo de terem se mudado ali. Jungkook tentou se acalmar, dizer a si mesmo que não choveria. Que Jimin estaria bem, mas não conseguiu pregar os olhos. A raiva de tudo que seu irmão tinha feito estava ali, mas lutava com a vontade de ir até ele e o proteger. Ele andava de um lado pra outro no quarto até ouvir o trovão e a chuva começar a cair forte do lado de fora. Foi um péssimo noite pra seus pais viajarem. Ele correu pra o quarto de Jimin mas a porta estava trancada.

-"Jimin? Você está bem?"

-"Sa-a-aia daqui! Me deixe em paz!"-gritou

-"Jimin sou eu, Jungkook, por favor abra a porta!"- Ele o fez, mas ficou encarando-o sem deixá-lo entrar.

-"Você acha que ainda sou um bebê traumatizado que precisa de você? Me deixe em paz. Você fez isso nos últimos três anos não fez? Pois bem, apenas me ignore."-Jimin bateu a porta sem conseguir mais controlar as lágrimas que caiam por seu rosto. Era um egoísta. Depois de tudo que Jungkook tinha suportado essa semana ele ainda se importou em vir ver como ele estava, mas Jimin não conseguia olhá-lo e não se entristecer pelos anos que tanto o magoaram, sua mente estava um turbilhão e quando um trovão forte ecoou por seu quarto ele se encolheu em cua cama se balançando e pedindo a Deus que aquilo acabasse logo. Seu corpo deu um solavamco quando a porta abriu de supetão revelando um Jungkook transtornado invadindo seu espaço, subindo na cama e se enroscando nele.

-"Não me peça pra ficar longe de você. Não suporto ver você assim"-Jimin se afastou o suficiente apenas para olhá-lo nos olhos.

-"Então porque fez isso voluntariamente por todos esses anos Jungkook? Por favor me responda, fale comigo, sim? Porque me impediu de entrar no Steam? Eu só queria me reaproximar de você"-Pediu sem conseguir mais guardar seus sentimentos e lágrimas. A essa altura Jungkook também já chorava. Ele enterrou a cabeça no pescoço do menor e ficou em silêncio por longos minutos. Jimin pensou que ele já tinha dormido quando ouviu seu sussurro baixo.

-"Eu não posso Jimin. Tem muito mais do Steam do que você pensa. Você não sabe no que estaria se metendo. Todos somos perturbados e quebrados. Você não merece aquilo. E saber que você quer entrae por minha causa me dói ainda mais. Eu não mereço isso, eu sou um infeliz perturbado. Por favor, só me deixe só. É o melhor pra você."- Jimin sentia as lágrimas quentes do mais velho escorrerem por seu pescoço e o molharem. Segurou seu rosto com cuidado e o fez olhar pra si.

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