Cathrine's pov
London, UK xx 04 de setembro de 2020 17:47 xx Casa do cowell
O que eu posso fazer para sair daqui papai? ... Estou completamente deslocada, esse vestido não era para estar sendo usado agora, minha vida não era para tomar esse rumo tão cedo! E pensar que tudo foi culpa de uma mulher que diz ser minha mãe...
Flash back on xx
LA, Estados Unidos xx 30 de agosto de 2020 14:53 xx Casa dos Slovel's
- Cathrine? - Ouvi sua voz chamar com sua típica rispidez.
- Aqui na biblioteca! – Disse alto suficiente para que ela ouvisse.
- Coisa boa não deve ser... – Meu irmão disse ao meu ouvido e eu assenti.
- Oh, ai estão vocês! – Ela disse como se não soubesse. Revirei os olhos em pura sintonia com meu irmão.
- Estamos ocupados, fale logo. – Pietro disse calmo abaixando o livro que estava lendo, logo fiz o mesmo.
- Nós vamos para Londres! – Disse olhando em seu relógio de pulso.
- Quando? – Perguntei voltando minha atenção ao livro.
- Amanhã! – Ouvi seus passos se aproximarem e pude senti-la sorrir com desprezo.
- Por quanto tempo? – Foi a vez de meu irmão perguntar.
- Só tempo para o casamento, eu e você voltaremos logo! – Ela apontou para meu irmão.
- Boa viagem! – Desejei aos dois.
- A senhorita vai também! – Meu sorriso se desfez, dando lugar a uma expressão de tédio.
- Por quê? A senhora disse que os dois voltariam logo. – Dei ênfase em "Dois" e tentei voltar ao livro, pensando que poderia ficar ou que ela me deixaria em paz.
- Porque casamento sem noiva, não é casamento.
Flash back off xx
Uma lágrima escorreu pela minha bochecha, mas logo a limpei. Ainda tenho tanta esperança de que tudo seja um sonh... quero dizer, pesadelo. E que logo vou acordar ou talvez seja uma brincadeira boba dela. Mas não, ela é séria e talvez eu nunca a tenha sorrindo de verdade desde que me entendo por gente. Ouvi três batidinhas na porta, fechei os olhos com força e desejei que quando os abrisse, eu estaria em meu quarto e tudo não havia passado de um pesadelo como tantos que já tive.
- Cath? - ouvi a doce voz de meu irmão me chamar, fazendo-me abrir os olhos lentamente e encará-los, tão azuis quanto os meus.
- Já está na hora, Pi?- perguntei num sussurro ao perceber mais dois homens de ternos presentes ali, além de meu irmão. Ele apenas assentiu sorrindo triste, me levantei e o abracei forte, não querendo mais soltá-lo. - Não tem como nós sairmos daqui? Sei lá, pelos fundos? - perguntei o apertando mais, meus olhos já estavam marejados.
- Cathrine, meu anjo... Me perdoa. – Ele disse passando sua mão em meus cabelos negros cuidadosamente, para não desfazer o penteado. – Eu juro que, se tivesse algum jeito de acabar com isso, já teria acabado.
- Eu sei... – Dei um beijo em seu rosto. – Vamos acabar com isso logo, está bem?
Virei-me e os dois homens me olhavam atentamente. Tinha algo de errado comigo? De acordo com o enorme espelho atrás deles, não. Respirei fundo, tentando achar forças em algum lugar para poder pelo menos, andar.
- É um prazer, senhorita Slovel. – O homem de olhos claros aproximou-se acompanhado pelo outro que ainda me olhava de um jeito estranho, mas agora sorrindo. – Sou Simon, Simon Cowell. – Estende-me a mão.
- É um prazer, senhor Cowell. – Sorri apertando sua mão.
- Esse é Paul, o segurança da banda. – Disse apresentando-nos, sorri e apertei sua mão, cumprimentando-o.
- Desculpe, mas que banda? – Perguntei sorrindo educadamente, enquanto eles me ajudavam a entrar num carro grande e preto que me levaria até a igreja.
- A banda de seu futuro marido... – Simon respondeu assim que entrou no carro. Pietro estava ao meu lado e passou a observar os vultos que passavam depressa pela janela. Detestava ver que Pietro se sentia culpado, mas eu sabia que a culpa não era dele. – A senhorita não sabia?
- Não, na verdade eu nem sei o nome dele... – Vi Paul e ele trocarem um olhar e depois se calarem.
O caminho foi tenso, eles se olhavam e faziam caras estranhas me deixando um pouco desconfortável. O carro parou em frente a uma enorme Igreja perfeitamente decorada, e em poucos segundos surgiram flashs por todos os lados.
-Posso fazer uma pergunta? – Ouvi a voz de Simon e assenti, me virando para ele. – Você está aqui por vontade própria? – Eu poderia dizer não e acabar com essa palhaçada. Porém, a porta do carro foi aberta revelando Johana, minha mãe, sorrindo forçadamente para mim. Voltei meu olhar para Simon, e apenas assenti.

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Tudo de Mim [h.s. fanfic]
FanfictionNão me entenda mal, mas eu quero apenas ser feliz, sem me importar com o futuro, quero fazer acontecer, aqui, no presente. Minha garganta arde, sinto-me covarde, como se fosse explodir. Quero gritar o que sinto, expressar da melhor maneira possível...