O menino e o pássaro mágico

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Degustação:Capítulo 1 completo com ilustração

A família de Juquinha

- Manhê! Ô mãe!

- Que é, Juquinha? – gritou Mariana, lá do fundo do quintal.

- Quero mais broa! Tá gostosa demais! – respondeu o menino, ainda mastigando.

Todos os dias, naquela casa, a rotina era sempre a mesma todas as manhãs. Os quatro irmãos, depois do banho, assentavam-se na mesa rústica (que ficava na sala de visitas), enquanto aguardavam o café, que era preparado pela mãe deles, dona Mariana.

Todos acordavam muito cedo porque o pai, seu Manoel, precisava trabalhar na fazenda do Seu Russo. Já os meninos mais velhos, Juquinha e Zezinho, precisavam ir para a escola. Enquanto isso, a mãe deles preparava as broas para o marido deixar na quitanda do Tonho.

Dona Mariana, a mãe das crianças, disse:

- Criançada, aqui tem mais quatro pedaço pra cada um... e só!

- Oba! – gritaram os meninos, enquanto se deliciavam com as broas.

Os passarinhos já tinham comido todo o alpiste que receberam. As galinhas ciscavam no terreiro e já tinham comido o milho jogado pelo Manoel. Os porquinhos, no chiqueiro, também comeram o milho hidratado. O cachorro Coquinho já estava lambendo os beiços de tanto comer as sobras das broas. O gato Catuzim miava sem parar, sempre querendo pedacinhos da broa que os meninos jogavam para ele comer. Coquinho e Catuzim eram de Manoel e sua família.

Era muita gente, isto é, muitas bocas para tomar café da manhã. Mas todos estavam muito felizes.

Manoel chamou os meninos:

- Ô Juquinha! Já tá pronto?

- Carma, pai! Tô acabano de tomá café.

- Olha a hora! Não atrasa, porque temo que entregá as broa no Tonho.

- Tá bão, pai. Tamo ino.

Manoel foi até o fundo da casa onde sua mulher cozinhava no fogão à lenha, que era mais econômico. Havia lenha em grande quantidade ao redor das matas.

- Mô! A carroça já tá pronta. As broa são essa aqui?

- É.... e mais aquelas ali – dona Mariana apontou para as outras em cima do fogão.

Manoel pegou as vasilhas e as levou para a carroça, onde arrumou tudo com cuidado para que elas não quebrassem no trajeto.

O cavalo Pimpolho, que puxava a carroça, era dócil e inteligente. Ele comia de tudo: capim, grama, milho, folhas de milho, cana, folhas de cana e qualquer fruta. Manoel enchia um balde com água da cisterna e dava para ele beber.

Que cavalo bonito! Nos fins de semana, ele era retirado da carroça e ficava pastando... só no suco! Muitas vezes, Manoel colocava a sela no animal e fazia o cavalo de montaria. Mas só cabiam duas pessoas: Manoel e outra pessoa na garupa, que podia ser sua esposa ou um dos seus quatro filhos.

- Lá...lá... ri...ri...ri...! – Dona Mariana cantava, enquanto ajeitava a lenha no fogão.

O fogão a gás era pouco usado. A cozinha ficava perto da varanda do fundo da casa, de modo que dona Mariana podia cozinhar em qualquer um dos fogões.

O menino e o pássaro mágicoOnde histórias criam vida. Descubra agora