CAPÍTULO I

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A rua estava cheia naquele momento. Muitas pessoas chegavam com seus pertences para embarcar no majestoso Titanic. Algumas pessoas já embarcadas acenavam com seus chapeis ou lenços para os parentes e amigos deixados em chão.

O barulho era absurdo, carros, objetos de valor, bagagem e muitos outras coisas eram postas dentro do grande navio. Em meio a todo barulho e circulação de pessoas, um carro chegara buzinando pedindo passagem, era o carro dos Estrabao's, onde estava a bela jovem Camila Estrabao e Austin Mahone.

A jovem moça de belos e penetrantes olhos castanhos, analisou cuidadosamente tudo a sua volta após descer do automóvel junto ao seu noivo.

- Eu não vejo o porquê de tanta euforia. – Falou a jovem para seu noivo com um certo desdém em sua voz. Já o rapaz olhava tudo com um sorriso bobo nos lábios. – Não me parece maior que o Mauritânia!

- Pode saber sobre qualquer coisa Camila, menos sobre o Titanic- início o rapaz a falar sobre o navio. – Tem 33 metros a mais que o Mauritânia, e é bem mais luxuoso!

Austin foi ajudar Sinuhe a sair do outro automóvel.

- Sua filha é difícil de se impressionar.

- Então esse é o navio que não naufraga? – perguntou Sinuhe ignorando completamente o que o rapaz acabara de falar.

- Ele não afunda, nem Deus seria capaz de afundar esse navio! – contou animado até ser interrompido por um dos funcionários do navio.

- Senhor, a sua bagagem tem que passar pelo terminal principal. É por ali senhor.

- Pegue a minha bagagem, eu confio no senhor. – falou retirando algumas notas do seu bolso e entregando ao homem já dando as costas.

- Obrigado senhor, e se eu puder fazer mais alguma coisa para o senhor é só me avisar.

- Senhoras, apressem-se. – falou Austin olhando em seu relógio de bolso. – Vamos!

Os três seguiram subindo a pequena rampa que dava acesso ao grande navio desviando da grande multidão da terceira classe que passava por inspeção. Na porta de entrada da primeira classe se viam funcionários recepcionando alegremente os ricos, e fúteis, que alimentavam a maior parte da viagem.

"Era um navio dos sonhos, para todos os outros, para mim, era um navio de escravos, me levando acorrentada de volta à América. Por fora, eu era tudo que uma garota educada tinha que ser, mas por dentro, eu estava gritando."

Em um bar próximo ao porto, se encontravam Lauren Jauregui e Dinah Jane, jogando todas as suas fichas em um jogo de baralho junto a mais dois cavalheiros. Era o jogo da sorte, quem vencesse levaria o dinheiro e a passagem da terceira classe direto para o navio dos sonhos: o Titanic.

- Lauren, você é louca de apostar tudo o que tem? - Perguntou Dinah aos sussurros – E se você perder?

- Quando não se tem nada, não se perde nada, minha amiga! – Respondeu Lauren após soltar a fumaça de seu cigarro.

Com alguns movimentos e conversas paralelas, os homens estavam confiantes que ganhariam a partida, e assim, levariam os bilhetes junto com o pouco dinheiro apostado por Lauren e Dinah.

- Tudo bem, agora é a hora da verdade. - Iniciou Lauren olhando para todos os outros que sentavam na mesa. - A vida de alguém aqui está preste a mudar. Dinah, pode mostrar suas cartas?

E assim a polinésia fez mostrando um vinte.

- Vinte? - Perguntou Lauren apenas para confirmar.

Titanic - Versão CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora