anxiety

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eram 2 horas da manhã de um sábado.
ela não sabia se continuava acordada ou fingia que sabia como dormir.
seus olhos traduziam tudo o que a arte sempre tentou expressar.
ela sentia toda a luz do mundo, toda a energia do mundo, e nada cabia ali.
seus pulmões pareciam muito pequenos.
seu corpo não era mais dela, era do universo.
porque nada cabia ali.
seu coração batia, e batia, e ela não sentia nada, mas tudo, ao mesmo tempo.
lágrimas tentavam incessantemente acabar com aquilo.
todas as coisas pareciam arder no toque de sua pele.
todos os pensamentos pareciam ferver em sua mente.
havia apenas o desejo abrir uma porta para o céu e não voltar, nunca mais.
ela se perguntava o porquê daquilo tudo.
ninguém sabia explicar.
ninguém estava ali para explicar.
era somente ela.

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