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O caminhão de mudança parou em frente ao casarão cinza e desgastado. Logo um carro vinha atrás, e dele desceu Jisung e seus pais, e o menino nunca esteve tão triste em sua vida.

-Mãe, tem certeza que nós precisamos ficar aqui? Lá na cidade estava tãão bom...-o Park mais novo falava para a mais velha, que apenas revirou os olhos e bufou.

-Eu já te expliquei isso, e não vou fazer de novo.-e assim entrou para dentro de casa, pegando as caixas e colocando em um pequeno espaço que tinha na sala.

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Jisung resolveu sair um pouco, ir explorar fora de sua casa, já que a mesma cheirava a mofo e o menino tinha alergias. Pegou sua capa de chuva, sua bota saiu pela porta dos fundos. Avistou um arbusto e logo pegou um graveto, apontando para frente e vendo para onde o vento soprava. Resolveu seguir a direção do graveto.

Caminhava tranquilamente pelas pedras altas de um pequeno penhasco, um passo e ele morreria. O menino estava distraído e não percebeu que algo o seguia, até escutar barulhos estranhos vindos de trás de pequenos arbustos. Acelerou o passo.

-Ah! Você me assustou, gato safado.-reclamou quando viu um gato, vulgo dono do barulho, pular de trás das folhas em que se escondia seguindo Jisung. O bichano apenas miou e piscou lentamente os olhos.

A vontade de voltar para sua casa atingiu Jisung, que resolveu apontar os gravetos para o alto de novo e dessa vez falar a simples- mas mágica- frase:

-Gravetos mágicos, gravetos mágicos, mostrem-me o caminho para casa.

De repente um barulho muito alto e assustador tomou conta da floresta onde estava. Olhou para onde vinha o som estranho e viu um homem em uma moto com uma máscara estranha, e convocou todos os deuses daquele momento para não ser assassinado, não ali.

-Ahh, tá louco?!-gritou quando viu o 'homem' tirar a máscara, mas riu completamente quando viu o que era.

-Tá rindo por quê?-o menino parecia sem graça. Tinha cabelos loiros e era baixinho, tinha um nariz fofinho e um sotaque chinês.

-Eu achei que fosse alguém mais... perigoso.-e continuou a rir. De uma coisa Jisung tinha certeza, ele era muito debochado, e ria nas piores situações.

-Prazer, Zhong Chenle.-disse como se quisesse acabar com aquela piada começada por Jisung.

-Prazer, Park Jisung.-respondeu parando de rir e tomando fôlego.

-Hum... Belo nome.-Chenle estava literalmente sem saber o quê falar.-É novo aqui, certo?

-Sim, me mudei hoje, com os meus pais.

-Ah sim... sinto falta dos meus pais as vezes, mas morar aqui com minha vó é bem melhor.

-Cara, como você consegue morar aqui? É muito chato, prefiro mil vezes a cidade...-Jisung parecia sentir falta de algo.-Daria tudo para ter meus amigos comigo aqui... Seria bem mais legal.

-Eu tenho muitas coisas que gosto de fazer aqui, não sinto nenhuma necessidade de voltar para a cidade.-o jeito que o Zhong falava era como se temesse algo muito sério lá. Os dois ficaram se encarando em um silêncio constrangedor em ambas partes até que os meninos ouviram um grito.

-Acho melhor eu ir... minha vó está me esperando...-Chenle sorriu sem graça.-Até, Park Jisung.

-Até, Zhong Chenle.-e assim o loiro saiu com sua moto, sendo seguido pelo gato que observava até agora toda a conversa seriamente.

blue hair boy [nct dream]Where stories live. Discover now