Capítulo doze

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O mistério da profunda cratera foi desvendado, mas ainda restava muito deles pelo universo. Havia centenas de duvidas e perguntas, todas sem uma resposta ou mesmo uma confirmação, chegava a ser frustante imaginar quanto mais descobririam até encontrar a opala negra.

Ao menos uma certeza havia entre eles: a história sobre a autodestruição da Terra contado à todos da nova geração, não passava de uma mentira esfarrapada. E mentiras, normalmente, escondem grandes segredos. Afinal, por que destruir o próprio planeta, aquele que deveria ser seu respeitoso lar? Era confuso.

Entretanto, Jimin sabia. Ele sempre soube. Humanos não precisam de motivos para destruir, eles apenas... destroem.

— No fim, a pedra não estava aqui — Eight é a primeira a reclamar, decepcionada, ainda que no fundo estivesse muito intrigada com tudo o que viu.

— Só acabamos descobrindo o que não devia — Four jogou no ar, pronto para causar uma certa tensão com suas palavras seguintes e que, por mais pesada que soasse, era a realidade. — E a verdade costuma cobrar um preço.

O caminho de volta à espaçonave foi mais rápido por ser uma descida e estarem todos juntos, ajudando um ao outro no que fosse preciso. Nos primeiros minutos, houve muita especulação entre os membros, tentando entender o que poderia ter acontecido há quase duas décadas atrás, quando houve a grande imigração. Sem uma resposta, o assunto morreu aos poucos, e o silêncio voltou a fazer-se presente no ambiente.

Calmo e genuíno, ele chegou e permaneceu. Parecia bom deste modo, as vezes a quietude é o melhor remédio para determinadas ocasiões, mesmo que, em outras, ela seja ensurdecedora.

Jimin estava sentindo-se um pouco solitário, na verdade. Desde o abraço repentino — e diga-se de passagem, muito caloroso —, seguido das palavras capazes de confortá-lo em poucos instantes, Zero não se aproximou mais, nem mesmo para perguntar se ele estava bem ou qualquer outra coisa.

O moreno estava distante, parecia se arrepender do que fez, como se houvesse quebrado algum código de conduta — talvez um próprio e que, honestamente, soava um pouco patético, pois o que era um abraço? Nada demais, não passava de um ato afetuoso, usado para demonstrar carinho.

Não era digno de afeto, é isso? Pensar nisto machucou um pouquinho.

E Rose, a quem se tornou um tanto apegado, e que também vinha se tornando uma companhia constante e confortável, o deixou sozinho desta vez. Não de propósito, Jimin jamais poderia julgá-la de tal modo, a garota só não estava no melhor dos humores, pode notar isso de longe, ao vê-la com uma expressão fechada na face. Qual o motivo? Realmente não sabia, e não a encheria com isso, seja lá o que for, ela o dirá se quiser. Não tinha intimidade o suficiente para chegar nela forçando um desabafo.

Ao chegar no veículo espacial, cada um seguiu seu próprio rumo, indo até seus respectivos quartos tomar um banho e relaxar. O fato da missão ainda estar em andamento era exaustivo o suficiente para todos da equipe usufruírem de qualquer mínimo momento de descanso, pois eles seriam raros a partir de agora.

Numbers · jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora