13.

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guardo as minhas ultimas palavras nas lágrimas, escondo me por detrás de todos aqueles sorrisos plastificados, não encontro o real eu dentro desta prisão imaginária. as vozes não silenciam, elas gritam comigo. tento correr mas só consigo rastejar, no escuro do quarto dia, as paredes brancas deste lugar contam me mil histórias do que eu fui e já não sou. perdi me ao longo dos anos sem ter para onde ir. jurando amor ao fim no fundo do abismo. guardo os meus últimos dias na esperança que eles demorem a chegar. nada é como antes, tudo se perdeu, tudo o que eu alguma vez amei, acabou por ser tudo o que eu perdi. entorpecida de tudo o que já senti, o pânico toma conta de mim . eu tremo, sem saber o que fazer, o pânico toma conta de mim mais uma vez, as lágrimas teimam em sair. calma só mais umas horas. eu tremo e tento não cair, este sentimentos deixam me assim. calma, nada que não tenha acontecido. escrevo a minha carta de suicídio, não consigo mais um dia. tremo e tento não borrar a tinta, sei o que me espera quando termina-la. por que que partiste? tu com esses olhos castanhos que me observavam enquanto estavas deitada naquela maca de hospital, por que que não ficaste? mais uma das infinitas noites, eu já não suporto mais as lágrimas escorrem como torneiras abertas, este é o fim? este reflexo que me pertence é de alguém que já não conheço, não temo mais pelo final.

 por que que partiste? tu com esses olhos castanhos que me observavam enquanto estavas deitada naquela maca de hospital, por que que não ficaste? mais uma das infinitas noites, eu já não suporto mais as lágrimas escorrem como torneiras abertas, es...

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