Dance To Me - Dahyun

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Dahyun Pov

É engraçado o quanto me sinto bem mesmo em um relacionamento em que minha família não sabe que eu tenho e nem a família da minha então namorada. Essas coisas conservadoras me enchem.

Para minha família eu sou a filha perfeita. Vou bem a escola, não bebo nem fumo, nem nada do tipo e nem namoro ainda porque "estou me guardando para a pessoa certa". Mas não é bem isso a minha realidade. Por exemplo, agora mesmo acabei de roubar um vinho e um maço de cigarros de uma conveniência perto da casa da minha namorada (S/N) e estou indo direto lá. É tão empolgante, fiz isso pela primeira vez e vou pedir para ela me "ensinar" a fumar.

Chego na frente da casa dela e mando uma mensagem avisando, não demora muito e ela já está abrindo a porta para eu entrar, subimos correndo para seu quarto antes que sua mãe perceba.

- Estava com saudades – digo assim que ela fecha a porta e coloco as coisas que roubei em cima da mesa do computador dela.

- Também estava bebê – ela se aproxima me abraçando pela cintura e me beijando com amor e saudade, um beijo calmo e carinhoso.

- Viu o que eu trouxe? – pergunto assim que o beijo se cessa.

- Como conseguiu isso sendo de menor? – ela diz olhando as coisas e me soltando devagar.

- Eu meio que roubei... – falo um pouco envergonhada.

- Meu Deus Dahyun – vejo ela dar um riso nasal e balançar a cabeça negativamente.

- Desculpa – falo a abraçando por trás escondendo meu rosto em sua nuca – você me ensina a fumar?

- Por que você quer fumar? – ela diz pegando o maço de cigarros na mão.

- Parece ser legal – digo tirando o rosto de sua nuca e ponho meu queixo em seu ombro direito – eu sei que faz mal pra saúde, mas de vez em quando... – ela me olha de canto e dá um sorrisinho – quero experimentar tudo com você.

- Entendo – ela se vira encostando na mesa do computador e me puxando pela cintura para mais perto – irei te ensinar – me dá um selinho demorado.

Ela abre o maço tirando dois cigarros dali e coloca delicadamente sob meus lábios e faz o mesmo nos seus. Pega um isqueiro dentro da gaveta do lado direito da mesa.

- Vamos alí na janela – ela diz e vou na frente segurando sua mão a levando junto.

Sentamos na janela uma de frente pra outra, era um pouco desconfortável, ainda mais pela altura, mas tudo bem, cruzo minhas pernas e encosto na batente da janela, ela acende o cigarro que ainda estava em meus lábios e me dá instruções de como tragar, e acho que fiz errado, porque comecei a tossir um pouco e ela riu. Depois de um tempo peguei o jeito e estávamos as duas conversando enquanto fumamos. Sorriamos o tempo todo uma pra outra e sempre que possível ela me dava um selinho de surpresa.

Quando terminamos ela apagou os cigarros, passou um perfume no quarto e os jogou no lixo que tinha no seu banheiro. Desci da janela e ouvi batidas na porta.

- Filha? – era a mãe dela.

- O que eu faço? – sussurro olhando para ela.

- Vai embaixo da cama – ela diz e eu vou. Ela vai em direção a porta a abrindo – Oi mãe.

- Tem alguém aqui? Parece que ouvi você conversando com alguém... – ela a olha desconfiada.

- Não, estava conversando com uma amiga pelo telefone – diz em um tom desinteressada e por algum motivo me dá vontade de rir e eu tento me segurar.

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