A cor do paraíso | kth + jjk

who is he

Chego em frente ao portão central, e hesito por um momento em entrar, mas então decido que preciso entrar logo antes que aconteça algo. E assim faço, passo pelo o portão às pressas; preocupado com o que me aguardava do outro lado da porta.

Eu não fiz nada que pudesse deixar meu pai ou minha mãe nervosos, então eu não tenho muito pelo qual me preocupar, certo?

Quando abro a porta de onde dava para minha grande sala de estar avisto meu pai sentado em sua poltrona de couro.

-Pai?

-Finalmente você chegou! Por onde esteve, Taehyung?

-Eu apenas saí com meus amigos, como sempre faço.

-Ainda andando com aqueles mendigos?

-Pai! Olhe como fala de meus amigos, tenha mais respeito com eles, por favor.

-Você sabe o que eu acho sobre eles, não sabe?

-Sim, eu sei, mas não acho que deva trata-los desta forma e nem chama-los com esses nomes. Não te mataria tratar alguém de classe mais baixa bem e você sabe disso, não sabe?

-Eu trato todos bem! Eu sou o grandioso Kim Dong-Sun, não se esqueça disso. Todos imploram pela minha companhia, mesmo que eu pise neles.

-Fico feliz que eu não faço parte desse "todos" que acabou de mencionar, inclusive já que você aparentemente não tem nada de útil a me dizer, eu vou me retirar. Prefiro mofar no meu quarto do que ser pisado por você, Kim Dong-Sun.

Me virei e subi as escadas correndo até meu quarto sem nem sequer olhar para trás. As vezes meu pai era cruel demais com as palavras e essa era uma das vezes. Eu nunca o havia respondido dessa forma antes, é libertador. Não imaginava que ele iria levar na boa, pelo menos até agora, já que eu tenho certeza que ele deve me castigar depois. Talvez eu devesse aproveitar meu momento liberdade antes que eu vive para sempre em um cativeiro privado.

Retiro o celular de meu bolso e logo abro um chat onde havia eu, Hoseok e Jimin. Percebi que eles mandaram muitas mensagens lá perguntando aonde eu estava e como estava, lhes respondi com um "estou em casa e bem" e eles responderam rapidamente perguntando sobre tudo o que tinha acontecido. Mandei que eles me ligassem pelo skype para que pudéssemos conversar melhor.

(...)

Depois de algum tempo a gente desligou para que fôssemos dormir, pois no dia seguinte havíamos aula e quanto mais cedo eu acordasse, mais tarde eu viria meu pai. Eu e os meninos também combinamos de ir no parque de diversões da cidade para fazer uma breve despedida a minha liberdade e para tardar meu encontro com meu pai, o que provavelmente iria resultar em mais problemas, mas eu não ligava. Queria aproveitar enquanto podia.

Arrumo tudo direitinho para dormir, incluindo colocar meu despertador para tocar as 05:30 para que eu saísse de casa antes de meu pai e fosse para alguma lanchonete. Amanhã provavelmente estarei morto de cansaço, sem dúvidas, porém essa era a consequência de ter respondido ele naquele dia. Não foi algo tão grande mas eu realmente tinha medo, nunca era ruim se prevenir, não é?

(...)

Acordei imediatamente quando ouvi o soar do meu despertador. Fiz tudo o que tinha de fazer em um pulo e logo já estava no andar de baixo de minha casa pronto para sair da mesma, mas antes deixei um bilhete em cima da mesa de jantar para que ninguém ficasse preocupado comigo. No bilhete havia citado que voltaria mais tarde por causa de um trabalho escolar, o que era mentira porém não acho que isso faça alguma diferença, pelo menos eles estavam avisados sobre meu paradeiro.

Saí de casa com cautela para que eu não acordasse ninguém, e fui direto para uma lanchonete próxima de minha casa para tomar meu cafe da manhã já que não tive tempo de fazer isso em casa. Fiquei algum tempo lá até que Jimin me mandou uma mensagem dizendo que havia acordado e que se eu quisesse eu poderia ficar lá e ir para escola com ele em seguida, e sem pensar duas vezes eu aceitei a oferta do garoto. Nada me prendia ali mesmo.