29 - Ilusões

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Ah, gente. Eu nem sei o que pensar desse capítulo. Só sei que está grande, então sugiro que se hidratem. 

O escritório estava mergulhado quase que totalmente na penumbra, iluminado pelos últimos raios de sol que escapavam por entre as ínfimas frestas deixadas abertas por algum descuidado

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O escritório estava mergulhado quase que totalmente na penumbra, iluminado pelos últimos raios de sol que escapavam por entre as ínfimas frestas deixadas abertas por algum descuidado. Eijiro poderia se dar ao trabalho de se importar com aquele detalhe, mas sentia que seria desperdício de tempo já que em breve sairia para resolver mais um empasse em uma das áreas de fornecimento da área Leste. 

Estava ficando cada vez mais difícil comandar as áreas mais poderosas tendo Gaston, Chlóe e Audrey, seus comandantes mais fiéis no mesmo lugar. Concentrar forças em apenas um ponto era de longe uma estratégia estúpida. 

Mas como ceder se Aiko e Bakugou estavam na mansão e ele precisava de reforço na segurança deles? Jamais confiaria a segurança deles a qualquer um por mais do que algumas horas. Mesmo que não estivessem em contato direto, um dos três estava sempre vigilante, garantindo que não haveriam infiltrados e incidentes, ainda que fossem poucas as possibilidade e situações já neutralizadas. 

Agora que ele estava vivendo seus momentos de romance com Bakugou se tornava ainda mais necessário que houvesse segurança reforçada. A cada oportunidade livre eles aproiveitavam a companhia um do outro para poder apaziguar um pouco o desejo, aplacar o ardor que os fazia ansiar por cada novo encontro, se entregar sem reservas. 

Eijiro estava sendo consumido por um desejo insaciável que só podia encontrar alívio nos braços e beijos de Bakugou, e podia quase afirmar não ser o único necessitado dessa interação e troca. Cada novo encontro atiçava a atração que sentiam um pelo outro e enquanto estivesse ocupado, precisava de alguém para garantir a integridade de Aiko. 

As gêmeas não questionaram, como sempre, e talvez pudesse afirmar o mesmo sobre Gaston caso não o conhecesse desde criança. 

Desde sempre, Gaston era um homem de poucas palavras e ações assertivas. Quando abria a boca, contudo, certamente seria para dizer algo útil e de muito peso, ou não o faria. E Gaston, assim como Eijiro e Jacques, sempre detestou a ideia de insubordinação, crendo piamente no respeito a figura do superior. 

Por isso, ( e por perceber que algo estava terrivelmente errado e Gaston queria avisar sobre) que Eijiro não conseguiu mais apenas ignorar os olhares profundos que lhe eram dedicados. No princípio, Gaston apenas moveu a cabeça negativamente, evitando se pronunciar. 

— Seus pensamentos são barulhentos apesar dos seus lábios não se moverem, Gaston. — iniciou ainda ocupado em analisar os documentos sobre a mesa. 

Como esperado, ele permaneceu mudo, o olhar analítico sobre Eijiro, o despindo de qualquer mito associado a sua imagem. E o inferno sabia o quanto aquele olhar o fazia se sentir um garoto novamente. 

— Diga o que o atormenta. — exigiu, erguendo os olhos para encarar sem temor o semblante estoico de seu braço direito. 

Movendo-se pela sala de modo soturno e cadenciado, Gaston se aproximou da mesa. Seu cabelo negro penteado para trás e os olhos liláses e corpo esguio modelado sob o terno caro que usava compunham uma imagem de respeito e beleza. 

Depois de você me negarOnde histórias criam vida. Descubra agora