Longa Noite, longo dia

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O jogo:
Dizem que a pessoa leva jeito para o negócio, ou não.
Minha mãe era uma das melhores, eu por outro lado... sou meio perdida

Acordo com o barulho do despertador e percebo que estou nua deitada no sofá... e com um homem também nu dormindo no chão ao meu lado com apenas uma coberta o cobrindo.

Trato logo de pega-la e colocar sobre o meu corpo. Jogo uma almofada no cara que agora estava literalmente pelado e me levanto rapidamente procurando minhas roupas pela sala.

- Isso aqui é... - O cara acorda levantando me sutiã em sua mão.

-Nossa que situação surreal - Passo por ele rindo - Melhor ir embora.

- Porque não volta pra cá e a gente continua de onde parou - Ele fala enquanto se senta no chão.

- Não sério, vai nessa olha eu me atrasei e não é legal se atrasar logo no primeiro dia.

- E você mora aqui mesmo? - Ele pergunta se levantando e pegando suas roupas.

- Não

-Ahh

- Moro, mais ou menos

-Ah - Ele veste as calças - É  bonito, empoeirado, esquisito mas é legal. Como é morar mais ou menos aqui?

- Tem duas semanas que eu cheguei de Boston, essa aqui era a casa da minha mãe vou vende-la

- Ohh, lamento

- Porque?

- Você disse "era"

- Ahh, minha mãe não morreu não. Olha, não tem que rolar essas coisas.

- A gente faz o que você quiser - Ele diz enquanto veste sua camisa.

-Esse lance de entrar em detalhes, fazer de conta que se preocupa. Eu vou lá encima tomar um banho tá? E quando eu descer você não vai estar mais aqui. Então... tchauzinho... aah

- Derek - Ele estende a mão

- Derek - Eu sorrio e a aperto - Legal, Meredith

- Meredith - Ele sorri me deixando sem graça - Prazer

- Tchau Derek - Subo as escadas para encerrar o assunto.

Tomo meu banho, e me arrumo o mais rápido possível por ter acordado tarde. Saio correndo entrando no carro e dirijo até o hospital. Parece que terá uma breve palestra de início e eu para começar bem já chego na metade do processo.

- Vocês vieram aqui hoje na esperança de entrar no jogo, há um mês estavam na faculdade de medicina tendo aula com médicos, hoje... vocês são os médicos. Os sete anos como residentes de cirurgia serão os melhores e os piores de suas vidas, vão ser testados até o limite. Olhem ao redor. Cumprimentem os adversários. Oito de vocês irão mudar para uma especialização mais fácil. Cinco não vão aguentar a pressão. Dois vão ser convidados a sair. Este é o ponto de partida, essa é a sua arena. Como vão jogar... é com vocês. - Um homem moreno termina de falar enquanto todos nós nos olhamos.

Como eu disse... eu sou meio perdida.

O dia começou, estamos todos no vestiário colocando o uniforme e esperando as ordens sobre o que fazer.

- Ok, Martin, Robinson, Bond, Hawkins.

Um homem mais velho entra chamando alguns nomes, ele deve ser residente. Muitos ainda permanecem esperando ser chamados.

- Seis mulheres em um grupo de vinte!- Comento sobre meu espanto com uma mulher asiática ao meu lado.

- É, soube que uma é modelo, agora que não irão respeitar a gente - Ela responde enquanto termina de se arrumar.

- Você é a Cristina não é? - Me levanto para me aproximar.

- Patton, Moroe... - Outro residente chama mais alguns de nós.

- Que residente você pegou? Peguei Bailley - Cristina pergunta enquanto veste o jaleco.

- O nazista? Eu também.

- Pegaram o nazista? Eu também - Um homem baixinho comenta enquanto fecha seu armário - Pelo menos vão torturar a gente junto né. Prazer George O'Malley, a gente se viu naquela festinha, você estava de vestido preto com uma fenda do lado, sandálias de tiras e ... - Cristina e eu nos olhamos sorrindo - Você está achando que eu sou gay né, olha eu não sou gay não tá, é que, é que su..sua presença foi meio marcante pra mim...

- O'Malley, Grey, Yang, Stevens - O residente nos chama e eu saio de perto do tal George, mas ouço ele falar.

- E eu não marquei presença...

- Bailley? - Cristina pergunta para um homem.

- Fim do corredor.

- É ela? Cristina me pergunta enquanto seguimos até uma morena baixinha.

- Pensei que o nazista fosse um homem - George comenta.

- Pra mim nazista é nazista sem lei.

- Vai ver é inveja da eficiência, ela deve ser genial e chamou de nazista porque tem inveja ela deve ser legal - Uma loira alta comenta ao nosso lado.

- E essa é a modelo - Cristina aponta para a loira que nos encara enquanto passa por nós.

- Oi Isobel Stevens, mas todo mundo me chama de Izzie - A loira se apresenta estendendo a mão para a Nazista que apenas a encara.

- Eu tenho cinco regras. Decorem logo. Regra número um: Não adianta me bajular eu já odeio vocês nada vai mudar isso. Prontuários, lista de telefones e bipes - Ela ponta para cada um encima do balcão - As enfermeiras vão ligar e vão atender logo todos os chamados voando. Voar essa é a segunda regra - Bailley começa a andar pelo corredor e todos nós a seguimos-  Seu primeiro plantão começa agora e dura 48 horas. Vocês são internos, a ralé, ninguém, a base da cadeia alimentícia da cirurgia. Fazem exames, anotam pedidos, trabalham cada noite até cair e não reclamam - Ela entra em uma sala nos apresentando cada lugar do hospital - Sala dos plantonistas, os médicos adoram, durmam quando e onde puderem o que me leva a regra número três: Se eu estiver dormindo, não me acordem a menos que o paciente esteja morrendo. Regra número quatro: É melhor o moribundo não estar morto quando eu chegar lá, pois além de ter matado alguém vão ter me acordado sem motivo. Entenderam?

Penso um pouco e levanto a mão esperando que ela me deixe falar

- Sim?

- Você disse que eram cinco regras, porém só disse quatro.

Bailley me olha como se estivesse de mal humor, quando de repente seu bipe toca.

- Regra número cinco: Quando eu andar vocês me seguem. - Ela sai da sala e todos nós a seguimos.









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⏰ Última atualização: Jan 01, 2019 ⏰

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