Natasha

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No final do dia, não aguentava mais ficar no apartamento. Dispensei a Vilma e disse que terminava tudo depois. Não faltava quase nada. Já estava tudo limpo, e no lugar. Só tinha que desfazer minhas malas e ir no supermercado.

Depois que Vilma foi embora, eu caminho duas quadras até o supermercado, estava chovendo e ia ser uma droga carregar muitas coisas, então pensei em levar o mínimo de coisas possíveis.

Entro no enorme supermercado, procuro refeições rápidas, mas estava indecisa do que comprar, talvez biscoitos, miojo, frutas.

Vou até a prateleira de biscoitos e procuro por cooks, são meus favoritos. Levo algumas laranjas e uvas.

Passo com as sacolas no caixa e caminho até a saída abrindo a sombrinha.

_ Ei, moça, espera!

Eu olho pra trás, procurando a dona da voz feminina.

_ Ei, você está de a pé?_ Pergunta uma mulher com cabelos castanhos, ela tem os olhos castanhos claros, cabelos longos, até o meio das costas, é magra. Seu rosto tem um nariz fino, com grandes olhos e uma boca rosada, tão rosada quanto suas bochechas. Eu diria que ela é linda.

_ Falou comigo? _ Pergunto.

_ Sim, desculpe. Você deve ser a nova moradora do Devon. Eu moro no mesmo prédio.

_ Ah, sim. Sou eu. Porque me chamou?

_ Eu ia perguntar se não quer carona. Ninguém merece andar na chuva.

_ Ninguém merece mesmo. Olha, vou aceitar sua carona...

_ Natasha. _ Diz ela completando minha frase.

_ Sou Kate.

Espero ela voltar ao caixa e pegar suas sacolas, e vamos pro estacionamento do supermercado. Eu abro a sombrinha e ficamos próximas tentando não nos molhar.

Seu carro era um Peugeot 307 prata e estava na área coberta, o que foi uma pena, por que tive que sair de perto dela, e ela estava usando um perfume delicioso.

_ E então _ Digo._ O que te leva a dar carona à uma estranha?

_ Você não é uma estranha, somos vizinhas agora.

_ E você mora aqui a muito tempo?

_ Não, estou em Bela Vista a um ano. Não é muito, mas sei bastante sobre a cidade. Por que ao invés de comer biscoitos, _ ela olha pra minha sacola_ você não janta comigo? Posso te mostrar a cidade.

_ Uau, isso me parece melhor do que desfazer as malas e comer biscoitos.

_ Ótimo. Chegamos._ Diz ela.

Ela estaciona o carro na garagem e descemos. Pegamos o elevador.

_ Qual o seu andar?

_ 13°. E o seu?

_ 15°.

Eu saio do elevador e a agradeço pela carona. Marcamos de jantar as 20h então vou pro banho. A água quente relaxa todo meu corpo que estava quebrado de tanto arrumar o apartamento. Saio do banho sem saber que roupa vestir. Visto uma calcinha e um sutiã e decido secar o cabelo. Olho meu corpo no espelho, estou extremamente branca. Há séculos não tomo sol, também estou magra, meio flácida. Já faz um mês que não vou à academia.

Com os cabelos secos, procuro uma roupa descente. Não quero nada extremamente chamativo, nem apagadinho demais. Acho que não tenho essa roupa. Então decido usar um jeans preto com uma regata de renda branca e uma jaqueta vermelha.

Deixo a roupa em cima da cama e fico de roupão. Vou passar um rímel no rosto pra não ir de cara limpa. E sempre dou um jeito de me sujar. Então o roupão é ideal.

Quando termino olho a hora e vejo que já são 19h40. Ouço baterem na porta, fecho o roupão e vou atender.

_ Oi, esqueci de te falar o número do meu apartamento._ Disse Natasha.

_ É verdade. E como sabia o número do meu apartamento?

_ Eu vi a mudança ontem vindo pra cá. Imaginei que fosse aqui.

_ Bem, _ percebo que estou apenas de roupão _ entre. Vou só me vestir e já podemos ir.

_  Não tenha pressa. _ Ela entra e senta no sofá, meu pai tinha razão sobre ele. Eu me apresso pra vestir as roupas, calço uma sapatilha preta com dourado e volto pra sala.

_ Bem, eu estou pronta.

_ E está linda. _ Ela responde.

_ Obrigada, você está ótima também.

_Obrigada.

Saímos pela porta e descemos no elevador até a garagem. Entramos no carro e saímos em direção às lindas ruas de Bela Vista.

Finalmente EuOnde histórias criam vida. Descubra agora