Capítulo 13

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Hyunseong passou aquela tarde toda falando do Jeongmin para Minwoo, entre palavras de ódio por ter sido trocado e chutado, algumas eram de arrependimento do jeito que falou com ele. Seu amigo observava toda a história com um olhar de julgamento das ações do outro, esperando só ele terminar para começar a dar sermão.

– Hyunseong, você vai morrer sozinho e a culpa é sua.

– O que? Você vai defender o Jeongmin agora?

– Você entrou na casa dele, falando um monte de coisa sobre alma gêmea, tentando controlar a vida do cara que acabou de transar com você e ainda acusando sem deixar ele explica. E não duvido, que foi com a mão na cintura, batendo o pé e gritando que nem todos os seus dramas.

– Mas...o que? – Hyunseong colocou a mão na cintura e tirou rapidamente

– Ele deixou claro pra você que é amigo dele, amigos não dormem na casa um do outro?

– Sim, mas--

– Custava perguntar?

– O Jeongmin não acredita em mim, por que eu vou acreditar nele?

– Se for pra você começar esse relacionamento não confiando nele, nem começa, Hyunseong.

Hyunseong sabia que nisso o Minwoo estava certo. E ele odiava ter que assumir isso, nem que seja mentalmente. Ele olhava seu celular de cinco e cinco minutos esperando ter alguma notificação de Jeongmin, nem que seja xingando ele. Ele já estava pensando que não daria mais certo e isso tudo era um sinal, que talvez a ideia de alma gêmea entrou na cabeça dele depois que a Bora falou e ele acabou criando expectativas sobre o relacionamento.

– Vai atrás dele.

– O que? Por que?

– Você não gosta dele? Então vai conversar com ele. Hyunseong, a vida não é um filme não fica esperando vocês se encontrarem aleatoriamente em uma cafeteria sempre. Vai atrás dele e conversa com ele.

– Ele não vai me receber na casa dele.

– Então vai até onde ele trabalha, ele não pode te expulsar de um lugar publico.

A ideia do Minwoo veio como um presente para as esperanças de Hyunseong. Apos o trabalho ele se arrumou e foi até o bar onde o Jeongmin tinha levado ele uma vez e por sorte, era um dia que Jeongmin tocava lá. Ele chegou perguntando para o barman se ele sabia se o Jeongmin apresentaria hoje e uma voz conhecida, sentando ao seu lado, informou que sim. Quando ele olhou era Kwangmin acenando ao levantar seu copo de bebida e pediu uma igual para Hyunseong, chamando para ficar com ele, esperando a apresentação de Jeongmin.

– Ele tá muito bravo comigo? – perguntou, dando um gole na bebida amarga que recebeu do barman

– Olha, Hyunseong...Jeongmin é um cara muito difícil de ficar bravo por dias, ele sempre é muito animado sabe, mesmo que ele se irrite, ele esquece no dia seguinte e deixa pra lá. Vamos dizer que a briga que vocês tiveram é uma exceção.

– Droga, ele nunca vai falar comigo.

– Acredito que por enquanto vai ser difícil, mas você vim até aqui já é algo que ele vai levar em consideração.

– E você, tá sendo legal comigo por que? Ele é seu amigo.

– Eu sei mas, meu sonho era alguém colocar o Byunghun no lugar dele, além que eu nunca o vi com tanto medo de perder o Jeongmin, tá divertido. Então, obrigado. – Ele disse, brindando.

– Eu me precipitei né?

– Ele não tem nada com o Jeongmin, realmente são só amigos. Depois que eles terminaram, ficaram nessa loucura de saírem e as vezes se pegarem, mas desde que você chegou ele só tem olhos pra você. E um dos problemas do Byunghun é a possessividade.

– E eu fiz isso também.

– Pois é, você caiu no jogo dele. Ok, eu não posso julgar, o Byunghun é bom pra enganar as pessoas mas não desista do Jeongmin, ele precisa de alguém como você.

A conversa dos dois foi interrompida no momento que ouviram a voz do Jeongmin no palco falando que cantaria algumas músicas que escolheu para o dia de hoje. A escolha de Jeongmin eram letras sobre tristeza e dificuldade no amor.

– E por favor, volte logo para esse menino, ninguém aguenta essas músicas de corno. – comentou Kwangmin, colocando a mão no rosto.

Apos algumas músicas, Jeongmin terminou o show, foi direto para o bar e só chegando lá viu Hyunseong. Ele fechou a cara, após cumprimentar Kwangmin e não disse nada para Hyunseong, fingindo que ele não estava lá.

– Como eu fui? – perguntou Jeongmin para Kwangmin, roubando sua bebida

– Triste e melancólico.

– Então estava perfeito.

– Alguém veio te ver hoje, Jeongmin.

– Eu não quero falar com ele. – Jeongmin dá as costas para Hyunseong que segura seu braço. Ele olha de uma forma brava que faz o mesmo soltar – Você não entendeu que eu não quero falar com você?

– Jeongmin...

– Eu acho que eu fui claro na minha casa ou você acha que eu preciso ser mais rude com você pra entender?

– Ah, dá uma chance pro menino, Jeongmin – disse Kwangmin, se levantando e ficando na frente de Jeongmin

– Dá você pra ele, eu já cansei desse drama todo. E para de me seguir, Hyunseong. Acabou, você não entendeu ainda?

Hyunseong não falou nada, apenas saiu de lá segurando suas lágrimas que já não sabia se era de tristeza, de orgulho ferido ou os dois. Jeongmin senta na cadeira ao lado do Kwangmin, passando a mão no rosto, tentando ficar calmo.

– E todas as suas burradas, Jeongmin, essa é a que você vai mais se arrepender. 

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