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Baekhyun acordou com os olhos sendo incomodados pela luz quente do sol, que brilhava em seu rosto pelas frestas da cortina. O menor se remexeu, percebendo estar em um lugar aparentemente mais confortável do que o acolchoado a qual caiu no sono. Assustado, o Byun se levantou de supetão, gemendo de dor ao sentir seus pulsos serem pressionados com força contra as algemas que lhe prendiam na cama na qual se encontrava. Baekhyun chutou o lençol da cama e grunhiu de raiva, se perguntando como pôde ser enganado tão facilmente pelo estudante de gastronomia.
Para sua surpresa, seus órgãos auditivos captaram o som de um raio forte cuja o barulho chegava a machucar seus ouvidos com facilidade, logo em seguida o praguejar de um palavrão alto e uma, ao menos assim pensava, panela caindo no chão.
Baekhyun estava sentindo uma dor terrível em seu estômago, achava, na verdade, que estava com dor de barriga ou coisa do tipo, mas o som do roncar de sua barriga indicava claramente o que se passava: estava com fome. Muita, pelo sinal. Suas presas eram molhadas por uma quantidade considerável de saliva, essa que estava quase escapando de sua boca.
A chuva caía forte do lado de fora, as janelas tremiam com o vento que as empurrava de modo rude. Baekhyun pensou que poderia chorar e implorar para que Chanyeol e Sehun aparecessem e lhe dessem algo para comer, mesmo que fosse algo fútil como uma galinha ou coisa do tipo, precisava de sangue. Estava tão insano que pensava poder caçar os mosquitos que voavam sobre o quarto.
No entanto, por mais que quisesse muito a ajuda de seus irmãos, sabia que eles não poderiam lhe ajudar, pois a chuva estava forte demais, e sair em tal tempestade era perigoso para qualquer um.
Gemeu alto ao sentir uma pontada mais forte em sua barriga, suas pernas chutaram novamente o lençol, suas presas esfregavam-se em sua língua, Baekhyun estava pronto para perfurar a mesma e sugar do seu próprio sangue se possível, no entanto, a voz do D.o invadiu o cômodo, como uma luz, o Byun olhou para o mesmo que se apoiava na porta do quarto, com uma tigela na mão e uma colher na outra.
— Está com fome? — perguntou, se aproximando, entretanto, seu corpo estava acanhado e suas mãos tremiam. Seu cabelo pingava água em sua blusa azul, esta que parecia ser velha, pois estava desbotada e com muitas manchas.
— Me responda, não fique só me encarando, é assustador. — Baekhyun, dessa vez, apenas assentiu com a cabeça e abriu a boca, esperando o pulso do menor, no entanto, isso não aconteceu. A confusão em seus olhos fora clara quando o outro usou a colher para recolher o líquido marrom da tigela, assoprar com delicadeza o mesmo e lhe dirigir a colher.
Baekhyun podia comer comida humana, sim, mas não era muito fã da mesma, achava que era gordurosa demais. Sangue era seu alimento principal, então sabia que a tal sopa que Kyungsoo lhe dava na boca não iria lhe alimentar de forma alguma.
— Eu cozinhei para você. — Baekhyun assentiu, esperando o outro assoprar o líquido para abrir a boca novamente e recebê-lo. — Está quieto. Você era mais falante antes. — Baekhyun lhe deu um olhar de pura cólera, antes de impulsionar as mãos para frente e escutar o tintalhar das algemas, em seguida abrindo a boca novamente e engolindo forçadamente a comida.
Kyungsoo percebeu o que se passava e suspirou pesadamente, a consciência pesada lhe abatendo. Assoprou o líquido novamente, e o levou para a boca do Byun, no entanto, dessa vez, deixou um pouco da sopa que fizera cair sobre os lábios e escorrer até sujar o queixo do outro. Praguejou, deixando a tigela de lado e usando uma mão para segurar o queixo do outro e outra para limpar o rosto do Byun.
— Sinto muito por ter te algemado. Você me assusta um pouco, achei que iria me morder durante a noite, acho que estava errado. — Baekhyun queria prestar atenção no que o D.o estava dizendo, pois parecia ser importante, realmente queria, mas o dedo estava tão perto, tão pertinho de suas presas, conseguia quase sentir o gosto do sangue em sua boca, o cheiro...
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Presinhas de Mentira
FanfictionBaekhyun é um vampiro diferente dos outros, ao contrário dos demais, o mais novo nunca havia tomado sangue de um ser vivo, se alimentava de simples saquinhos de líquidos artificiais feitos para si. No entanto, isso muda quando seus dois irmãos mais...