chapter ten - he remembered

101 16 8
                                    

Harry procurou em todos os lugares que ele pôde pensar: a cafeteria, o ateliê, a casa do Liam. Louis Tomlinson não estava em lugar nenhum, mas Harry continuou correndo pelas ruas de Londres, e para piorar o seu estado, estava chovendo.

Estava chovendo.

Harry quase pulou de felicidade ao perceber isso. Mas é claro, tá chovendo! Ele correu até o parque, rezando para que quando chegasse lá, ele visse a figura pequena de Louis, sentado no balanço amarelo embaixo do telhadinho vermelho.

Milhões de pensamentos passavam por sua cabeça, gritando com ele por permitir que algo desse tipo acontecesse, pensando no que dizer, mas quando ele finalmente chegou no parque e viu a figura pequena de Louis sentado no chão, fora do telhadinho, deixando a chuva ensopar todas suas roupas e seu cabelo, seu coração se partiu. Ele havia feito isso.

Ele caminhou lentamente até Louis, tentando não assusta-lo e ver até onde poderia ir. Louis olhou pra cima com seus olhos inchado, as lágrimas escorrendo se misturando com as gotas de chuva. Ele parecia tão frágil, tão pequeno, tão quebrado. Não havia nada que ele poderia dizer para consertar o que ele tinha feito com Louis, então ele só parou lá, congelado. Tudo o que ele queria fazer era abraçar Louis e envolve-lo em seus braços.

Louis tinha passado as últimas duas horas nadando em seus pensamentos, alternando entre sentir raiva e mágoa.

Raiva porque ele o deixou, mesmo prometendo que nunca o faria. Raiva porque ele não acreditou que eles poderiam lidar com qualquer dificuldade que o universo colocasse no caminho deles. Raiva porque ele usou uma maneira tão covarde de se explicar. Agora, tudo que ele sentia eram os pingos de chuva rasgando sua pele enquanto olhava para Harry, cada gota quebrando um pedaço dele até que ele estivesse completamente quebrado.

- Harry... Eu quero te odiar. Eu devia te odiar, mas eu não acho que um dia eu seria capaz. Eu não me sentei no balanço embaixo do telhadinho porque eu não queria estragar todas as memórias boas que compartilhamos ali, porque por mais que eu tente fugir e parar de pensar em você, o universo sempre te traz de novo. - ele soluçou por conta do choro. - Eu passei os últimos três anos fugindo, e fugindo, e porra, eu tô cansado disso. Quando você me mandou aquela mensagem meu mundo inteiro parou de girar, eu estava finalmente recebendo notícias suas depois de três anos, e então todas as memórias me atingiram em cheio. Eu pensei que podia te ajudar, Harry, e eu realmente ajudei, mas estar com você essas últimas semanas trouxe de volta as melhores partes da minha vida, mas também me fez reviver os piores três anos dela.

Ele fez uma pausa, parecia estar prendendo todo o ar dentro de si.

- Enquanto você não se lembra do seu antigo eu, eu me lembro. E eu te amo pra caralho, Harry Styles, mas eu não acho que consigo continuar fazendo isso, estar com você e fingir que está tudo bem quando na verdade não está. Eu te desejo toda a sorte do mundo durante sua recuperação, mas por enquanto, isso é um adeus.

Louis se levantou e saiu andando, sabendo que poderia ser a última vez que veria Harry.

Harry quis fazer alguma coisa, dizer algo, interromper ele, mas ele sabia que já havia dito demais naquela carta, e não tinha nada para se explicar, a carta colocou todas as cartas na mesa, e Harry nem mesmo fazia ideia do que tinha acontecido.

Ele se sentou no balanço amarelo, embaixo do telhado vermelho, ele assistiu a chuva caindo e não foi capaz de segurar as lágrimas. Ele havia perdido a única coisa que o fazia se sentir completo depois do acidente, e não tinha nada que ele pudesse fazer a respeito. Ele fechou seus olhos ouvindo os sons da cidade e da chuva, deixando eles o tirarem dessa dura realidade.

Chovia muito, e eles estavam sentados no balanço. Louis desenhava algo em seu caderninho e Harry não sabia o que era, ele sempre mantinha em segredo até que sua obra de arte estivesse finalizada. As vezes ele consegui se se inclinar e dar uma espiada, mas sempre que Louis via isso acontecendo lhe dava um tapa e dizia "Hey! Olhe para o seu próprio caderno, Babycakes." Mas naquele dia Harry não tentou olhar, ele estava maravilhado olhando para algo muito mais complexo, muito mais bonito.

De repente, sem aviso prévio, Harry quebrou o confortável silêncio que pairava sobre eles.

- Eu te amo, Lou.

Eles já haviam dito aquilo antes, quando eram apenas amigos, mas daquela vez, significava muito mais pra ele.

- Eu sei. Eu te amo também, babycakes.

Seus olhos abriram repentinamente. Ele havia lembrado.

xxx

notas: O HARRY LEMBROU

mas vamo com calma que ele só lembrou desse momento

comentem aí o que vocês estão achando, comentários são mega importantes e incentivam demais!

ps: agora com tempo livre eu ando fazendo capa pra fanfic, se você precisar ou conhecer alguém que precise, entre em contato comigo ;)

xxIvy

letters to the future | larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora