Prólogo

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É como dizem, após a tempestade sempre vem a calmaria...

[...]

O sangue escorria lentamente por minha face e terminava seu trajeto de encontro ao gélido chão, mal conseguia sentir meu corpo, tinha mais que certeza que diversos ossos estavam quebrados, minha respiração se encontrava irregular e piorava a cada segundo que se passava, lentamente eu caminhava em direção a minha casa ou o que restou dela. Era possível se ouvir os gritos misturados a pedidos de socorro dos inocentes.

Os destroços do prédio era tudo o que eu conseguia ver, não havia nenhum sinal de vida, algumas barras de ferro soltas estavam sujas com sangue mas nenhum sinal de vida, as lágrimas incessantemente escorriam pelo meu rosto, meu coração já me dizia, minha mente já me dizia mas eu recusava a aceitar, continuei a caminhar, sempre em frente, havia muita fumaça no local, porém eu era o único que estava fazendo uma busca pelo local, chamava incansavelmente pelo nome da minha mãe.

Eu já não tinha noção de quanto tempo me mantive por aquele local, gritando, eu apenas me recusava a parar e mentalmente torcia pelo melhor, torcia para que minha mãe estivesse bem e longe de toda aquela situação, torcia para que o meu pai estivesse chegado antes do ocorrido e salvado ela, pouco a pouco esses pensamentos foram resgatando a pouca esperança que havia em mim. Continuei a andar, cada vez mais rápido, foi quando eu percebi que nada daquilo tinha sentido, foi quando eu percebi ou melhor, notei o corpo de minha mãe caído entre alguns escombros.

Com o restante de energia que havia em mim utilizei o One For All em meu corpo e corri em sua direção, retirando escombro por escombro rapidamente, as lágrimas que haviam desaparecido, voltaram tão rápido que eu não havia percebido quando elas sujaram o vestido  sujo que minha mãe vestia, a retirei dos escombros e a afastei o máximo que pude do local.

- Mãe, mãe sou eu. Eu cheguei para a senhora - Um nó se formou em minha garganta - Mãe..eu estou aqui para salva-la.

Eu não tive nenhuma resposta, nem sequer um mero "oi", eu não tive nenhuma nada.

- Por favor...Por favor...- Eu nunca senti tamanha dor em toda minha vida...- Eu te imploro...por favor...Não me deixe...

Era como se uma faca tivesse rasgado meu coração, dilacerado minha alma, e tirado aquilo que eu mais amava em toda minha vida.

- Eu estou aqui mãe...- Eu já não conseguia dizer mais nada, não conseguia pensar mais nada..- Me perdoa...Eu estou aqui agora...

Sempre me disseram que após a tempestade vem a calmaria, eu sempre acreditei nisso, mas o que nunca me contaram é que com a calmaria sempre vem o resultado da destruição da tempestade....

Meu nome é Izuku Midoriya e essa é a história de como eu matei o All Might.

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