Chapter Three

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Chenobia- 09:31 >>Licya<<

  Logo depois que conseguir sair daquela tal casa, acabei encontrando outra que estava com um cheiro muito mais agradável, o local estava em bom estado comparado a outra. Me levanto do sofá velho que achei pra dormir pelo menos por uma noite, estava realmente com a minha coluna destruida, pois, daquele sofá só tinha as tabuas e um pouco de espuma velha. Tomo coragem e resolvo sair da casa, abro a porta e me deparo com uma rua totalmente destruída, carros abandonados, algo que eu não havia reparado ontem, com toda certeza eu estava tão acabada que não olhei ao redor.

- Onde estou?-falo pra mim mesma enquanto olho, vejo casas derrubadas, outras pela metade, carros abandonados e coisas pelo chão, como se as pessoas estivessem com muita pressa

Saio andando, paro no meio da rua e olho ao meu redor pra ver se encontrava alguém, mas não tinha nada.

- Tem alguém ai?- falo mesmo sabendo que vai ser em vão.

Me sento no chão e apoio meu rosto na minha mão. Vejo algo se mexendo e quando dou por mim, percebo que é aquele homem que eu havia visto na minha formatura ontem.

- Eiii-grito e ele me encara com o mesmo olhar da primeira vez - será que você pode me dizer onde estamos?-pergunto me levantando - eiii, espera!-grito assim que percebo que ele esta indo embora, corro atrás dele o mais rápido que consigo - me ajuda! Por favor...-imploro desesperada, mas ele entra em um beco e o sigo, mas quando entro ele já não esta mais lá, aquilo foi assustador - como ele conseguiu fazer isso?-falo olhando pros lados tentando acha-lo.

Depois de algumas horas andando pelas ruas com sede e principalmente com muita fome, vejo um supermercado e uma esperança tomou conta de mim.

- Obrigada Deus!--falo indo em direção ao mercado, pego um dos carrinhos que está pelo chão na entrada e entro com ele, pois, a porta de vidro estava completamente quebrada - será que é o apocalipse? Fim dos tempos?-falo sozinha.

Saio andando pelo corredor, porém não há muita coisa lá, a não ser prateleiras, poeira, algumas garrafas e latas abertas. Vejo duas latas de feijoada, acho uma garrafa de água e a abro rapidamente, já não aguentava mais de tanta sede.

- Nossa, como isso é bom...-falo assim que bebo alguns goles, me sento perto do refrigerador - o que será que aconteceu?-fico me perguntando, tentando entender essa situação

[...]

CHENOBIA-9:34 >>HENRY<<

[...]

Estou andando a duas horas nessa maldita floresta, até que vejo uma torre com uma luz vermelha piscando e se está aceso é porque tem alguém neste lugar. Uma sombra passa por entre as árvores.

- Tem alguém ai?-pergunto mesmo sabendo que não teria resposta, vi isso em um filme de terror, coisa de gente burra! Saio correndo o mais rápido que consigo na direção da torre - aii!-grito assim que tropeço em um tronco e saio rolando, me arranhando todo - mais que saco!-falo tentando me levantar, por muita sorte meus óculos ainda estavam no meu rosto, levanto e sinto uma dor no pé - só o que me faltava agora!-continuo andando, não quero ter que passar mais uma noite no meio do mato.

[...]

Chenobia- 09:37 >>Sam<<

[...]

Saio andando pelo corredor ainda com as mãos amarradas, depois de algumas tentativas falhas consegui abrir a única porta que havia naquele corredor. Assim que abro vejo algo que não esperava.

- Mas... o que é isso?...-falo olhando pasmo

Estava sem a metade do prédio que continha uns três andares mas pra minha felicidade parecia que a escada bem a minha frente estava intacta, não totalmente, poderia cair com meu peso, mas não custa nada tentar!

- Você consegue Sam!-falo pra mim mesmo enquanto olho as ruínas do prédio

Procuro algo para cortar as cortas das minhas mãos, olho e vejo um caco de vidro, começo a roçar a corda nela pra cortar, acho que passei meia hora fazendo aquilo até que forcei e conseguir soltar as minhas mãos que já estavam marcadas, vermelhas...

- Graças a Deus.-comemoro feliz e me volto pra única saída daquele prédio

Desço o primeiro degrau e sinto como se ele estivesse mole e fosse se desfazer em pedaços, paro ali mesmo

- Vai Sam...-me arrisco a descer o segundo degrau bem devagar, ele parece mais firme que o primeiro- beleza, falta pouco.-chego no segundo andar mas parece que os degraus estão piores do que os anteriores, isso me deixa com receio porem tenho que fazer isso- você já chegou até aqui... Você consegue!-falo e desço o primeiro degrau do segundo andar, vou ao terceiro e assim que piso ele caí, me restando apenas o quarto degrau- mas que merda! O que eu faço?-fico pensativo, dou um pulo sem pensar e continuo pulando degrau por degrau e isso vai fazendo com que eles caíssem atrás de mim, assim que chego no térreo corro pra bem longe sem nem olhar pra trás, meu coração está acelerado!

[...]

CALIFÓRNIA- 3 DIAS ANTES... >>SAM<<

[...]

- E o grande campeão é... Sam, o primeiro a chegar.-escuto o locutor da faculdade dizer e todos gritando meu nome e aquilo é magnífico.

Paro pra beber a minha água, jogo ela no rosto, a felicidade junto com o cansaço toma conta de mim.

- Eu sabia que você ia ganhar!-escuto a Licya dizer e sinto ela pular nos meus braços me abraçando, a pego e sorrio conforme suas palavras de parabéns iam saindo mas eu não conseguia tirar o meus olhos da Ruby, a garota mais linda da faculdade.

- Parabéns!-ela diz vindo na minha direção e a Licya me solta

- Obrigado.-falo e sorrio

- Só não te abraço por que você está muito suado...-diz me olhando e por fim sorri, ela saí rebolando, aquilo me deixa maluco!

- Limpa a boca...-escuto Licya dizer e passo a mão, quando olho, não tinha nada- sua baba ta escorrendo!-ela fala e joga a toalha em mim

- Ei... espera!-grito ao ver ela ir embora balançando a mão em sinal de adeus.

[...]

CHENOBIA- 09:40 >>SAM<<

[...]

Estou em uma praça, tem uma fonte no meio, ou o resto dela, a água está completamente suja, bancos cheio de folhas secas, o chão nem se fala. Olho pro céu, o sol está muito forte! Me sento em um dos bancos daquela praça e fico olhando ao redor.

- O que aconteceu aqui?-falo comigo mesmo- que lugar é este e como vim parar aqui?-tantas perguntas e nenhuma resposta, vejo a moça que tinha visto na frente da loja, ela está sentada em um dos bancos, olhando pro nada.- ei!-grito, me levanto pra ir até ela, realmente não estava acreditando que eu não estava sozinho ali- você pode me dizer onde estamos e como saio daqui?-pergunto mas ela some num piscar de olhos- que merda foi essa?-falo sem entender nada- que droga de lugar é esse?-falo e vou até uma lata de lixo que tem perto de um dos bancos pra ver se acho algo útil, vasculho mas só acho papel, até que acho um jornal- Chenobia?-falo olhando o nome que tem no jornal- Jornal Central da cidade de Chenobia!-repito o que está escrito nele mas não consigo acreditar.

LIVE OR DIE (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora